sexta-feira, 4 de maio de 2012

Crítica: Era Uma Vez na Anatólia (2011)


A Natureza e as tormentas de cada um andam de mãos dadas com a própria morte nos 150 minutos de um filme profundo e visualmente fantástico. Era Uma Vez na Anatólia chega-nos da Turquia e percorre os medos dos seus personagens, conseguindo igualmente fazer vir ao cima os do próprio espectador. De Nuri Bilge Ceylan, realizador de Uzak – Longínquo, Climas ou Os Três Macacos (com sessões no Espaço Nimas nos próximos dias 4 (hoje), 5 e 6 de Maio, respectivamente), Era Uma Vez na Anatólia chegou ontem finalmente a Portugal.

O filme misterioso e cativante, que ganhou o Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes do ano passado, acompanha, durante uma longa noite, um grupo de polícias e detectives numa árdua busca por um cadáver enterrado nas estepes da Anatólia. Com a exumação deste corpo, também medos e pensamentos há muito escondidos nas cabeças destes investigadores obstinados serão desenterrados.

2 comentários:

Sam disse...

Já o havia dito no Espalha-Factos, contudo reitero os meus parabéns por este excelente texto.

Concordo inteiramente com tudo o que partilhas nestas linhas, capturaste e transmites na perfeição a ambiência e os temas daquele que será um dos melhores filmes que veremos, este ano, nas salas portuguesas.

Cumps cinéfilos :*

Inês Moreira Santos disse...

Uma vez mais, obrigada, Sam. :)
Cumprimentos cinéfilos :*