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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Crítica: Até que o Fim do Mundo nos Separe (2012)


Multiplicam-se os filmes sobre o fim do mundo. De entre os mais recentes, lembremo-nos de Melancolia, 4:44 – Último dia na Terra ou Procurem Abrigo, por exemplo. Até que o Fim do Mundo nos Separe traz ao grande ecrã um registo mais leve, mas não menos poderoso, dos últimos dias no planeta.

Uma comédia dramática que resulta (talvez inesperadamente) da melhor maneira possível, com Steve Carell e Keira Knightley ao comando da acção. O aparente tom descontraído em que tudo se passa, depressa ganha contornos mais sérios e comoventes. Primeiro filme realizado por Lorene Scafaria, Até que o Fim do Mundo nos Separe pretende levar-nos a reflectir sobre temas profundos, mas sem mergulharmos no mais profundo dos dramas.

Um asteróide está em rota de colisão com a Terra e a derradeira tentativa para o evitar falhou. A notícia de que o mundo vai acabar em 21 dias leva a mulher de Dodge a deixá-lo de imediato. Ele é um homem que sempre jogou segundo as regras, enquanto a sua vizinha Penny é uma extrovertida mulher que nunca o fez. Contudo, ambos encaram o iminente fim do mundo de forma diferente dos restantes. Dodge recusa-se a juntar aos seus amigos que se comportam de forma cada vez mais impensada, enquanto Penny se concentra nos problemas da sua relação. A partir de uma carta de Olivia, uma ex-namorada de liceu de Dodge, que Penny lhe entrega, ele percebe que deve ir à sua procura antes que seja tarde demais, enquanto Penny toma a decisão de passar os seus últimos dias com a família, em Inglaterra. Aproveitando a ocasião, Dodge promete ajudar a vizinha a chegar até à sua família, se ela providenciar transporte imediato para os dois no seu carro. Juntos, pela estrada fora, as vidas destes improváveis companheiros vão florescer, ao contrário do que está a acontecer com o mundo. 

Uma abordagem diferente de um tema que começa a tornar-se mais banal do que o esperado, certo é que Até que o Fim do Mundo nos Separe traz uma lufada de ar fresco aos filmes sobre o apocalipse. E não se pense que, por se tratar de uma comédia, não se leva o assunto a sério. O importante aqui não é o como vai acabar – o asteróide é logo anunciado na primeira cena do filme – mas sim tudo o que resta nos últimos 21 dias de vida na terra.

2 comentários:

Sam disse...

Estou mais ou menos curioso.

Confesso que, com a tradução portuguesa do título deste filme, poderia muito bem passar-me ao lado.

Sobretudo, ao lado da minha atenção... :)

Cumps cinéfilos :*

Inês Moreira Santos disse...

Acho que devias ter mais alguma curiosidade. :) Vale a pena.

Cumprimentos cinéfilos :*