domingo, 25 de novembro de 2012

Crítica: A Oeste de Memphis (2012)

*7/10*

É A Oeste de Memphis que tudo acontece, um caso polémico, que mostra como a (in)justiça funcionou num caso de assassinato. O nome de Peter Jackson como um dos produtores dá uma visibilidade ainda maior a este documentário, que, apesar de forte, detém um tom especialmente parcial.


Começando com uma análise incisiva da investigação policial de 1993 sobre o assassinato de três rapazes de oito anos Christopher Byers, Steven Branch e Michael Moore na pequena cidade de West Memphis, no Arkansas, o filme revela novas provas acerca da prisão e condenação de outros três jovens acusados deste crime chocante – Damien Echols, Jason Baldwin and Jessie Misskelley. Os três eram ainda adolescentes quando se tornaram alvo da investigação policial; perderam 18 anos das suas vidas, presos por um crime que, veio-se mais tarde a descobrir, não cometeram.

O documentário é em si parte da luta de Damien Echols, o único dos três condenado à morte, para salvar a sua própria vida. O filme mostra quão perto ele, a sua mulher Lorri Davis, a sua equipa de advogados, amigos e apoiantes estiveram de perder esta batalha. Ao passar 18 anos no corredor da morte, Echols afirmou “ao enfrentar tal horror, ao passar por tanta dor e sofrimento, não se pode desistir… nunca se deve desistir”.

Ao longo das cerca de duas horas e meia de filme, A Oeste de Memphis apresenta-nos, cuidadosa e exaustivamente, todo o caso do assassinato das três crianças. Somos introduzidos e colocados no local do crime, junto dos familiares das vítimas, partilhando inicialmente a sua indignação com a brutalidade do sucedido. De seguida, vão-nos sendo introduzidos novos dados e a certeza de uma série de imprecisões, ocultação de factos, que só levam a crer que foram presos três inocentes. Daí para a frente, ficamos a par das novas investigações e desenvolvimentos.

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