sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Crítica: Guia para um Final Feliz / Silver Linings Playbook (2012)

"I have a problem? You say more inappropriate things than appropriate things."
Tiffany 
*5/10*
Um Guia para um Final Feliz foi o que o novo filme de David O. Russell pretendeu ser para todos aqueles que o vissem. Mas longe ficaram as intenções, e nem os actores o livraram de ser mais uma comédia romântica pouco original e onde já se adivinha o final antes da metade da longa-metragem.

O realizador de The Fighter – Último Round ficou muito aquém do seu último trabalho, mas a crítica internacional continua, porém, a estar-lhe rendida. Certo é que, Guia para um Final Feliz não consegue passar do mediano, apesar de um início que promete. Os problemas mentais do protagonista sobrepõem-se a qualquer ideia romântica, mas cedo percebemos que a tendência se inverte, infelizmente.

Pat Solatano (interpretado por Bradley Cooper) perdeu tudo – a casa, o trabalho como professor e a mulher – e depois de passar oito meses numa instituição estatal para pessoas com distúrbios mentais, regressa a casa dos pais. Pat está determinado a reconstruir a sua vida e reconciliar-se com a mulher e é também isso que os seus pais desejam – e que partilhe com eles a obsessão familiar com o clube Philadelphia Eagles. Todavia, tudo muda quando Pat conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher misteriosa e problemática.

Guia para um Final Feliz é tudo menos novidade quando comparado com o que já foi feito. Quando se espera que no centro do enredo estejam os problemas psiquiátricos de Pat, a sua bipolaridade que o leva às atitudes mais inesperadas, a relação entre ele e Tiffany ganha de tal modo protagonismo que o espectador, e parece que também o realizador, se esquecem do que seria o motor deste filme. Não havendo igualmente profundidade no que toca às personagens, apenas o protagonista e o seu pai se apresentam com especial interesse, devido pois às perturbações que ambos manifestam e que muito se denotam nos pormenores. Contudo, a partir do momento em que se coloca de lado a doença de Pat, tudo perde a razão de ser.

Lê a crítica completa no Espalha-Factos: "Um Guia pouco Feliz"

2 comentários:

Vanessa disse...

Acabei de ver o filme e confesso que chegou a aborrecer-me.
Não sou fã de comédias, mas sei dar-lhes o devido valor quando é merecido.
Este filme além de não trazer nada de novo (não é sempre necessário), tem um argumento básico demais, sem nenhuma surpresa e sem nenhuma motivação para o espectador.

Inês Moreira Santos disse...

Exacto, Vanessa. Também me senti aborrecida a certo momento do filme. Sendo tão básico, ainda me custa a crer como é que está nomeado em tanta categoria...

Obrigada pelo comentário.
Cumprimentos cinéfilos.