sexta-feira, 11 de outubro de 2013

DocLisboa'13: Programação, júri e novidades

Depois de ter dado a conhecer os filmes que fazem as honras de abertura e encerramento - Pays Barbare, de Yervant Gianikian e Angela Ricci Luchi, e Dast‑Neveshtehaa Nemisoosand (Manuscripts don’t burn), de Mohammad Rasoulof - o DocLisboa apresentou esta semana a programação completa, júri e outras novidades relativas à edição deste ano. De 24 de Outubro a 3 de Novembro, Lisboa será palco da exibição de 244 filmes, oriundos de 40 países, num total de 123 longas e 121 curtas‑metragens.


Na Competição Internacional de Longas‑metragens são dez os filmes a competir pelo prémio, entre eles estão: E agora? Lembra‑me, de Joaquim Pinto, The Island of St. Matthews, de Kevin Jerome Everson, Jai Bhim Comrade, de Anand Patwardhan, Pays Barbare, de Yervant Gianikian e Angela Ricci Luchi ou Sangue (Blood), de Pippo Delbono, por exemplo. Nove são as curtas-metragens na Competição Internacional. A Competição Portuguesa de Longas‑Metragens recebe sete documentários. Entre eles estão, por exemplo, A Campanha do Creoula, de André Valentim Almeida, A Mãe e o Mar, de Gonçalo Tocha,  ou Twenty‑One‑Twelve the day the world didin’t end, de Marco Martins. São igualmente sete as curtas-metragens na Competição Nacional.

A secção Investigações regressa, uma vez mais, com dez filmes que se relacionam com questões contemporâneas, propondo o cinema como meio de investigação sobre uma realidade. Bagheban (The Gardener), de Mohsen Makhmalbaf, Chroniques Equivoques (Equivocal Chronicles), de Lamine Ammar ‑Khodja, e Kutchi Vahan Pani Wala (From Gulf to Gulf to Gulf), de Shaina Anand Ashok Sukumaran (membros do colectivo CAMP), são alguns dos filmes que compõem a secção.

Também a secção Riscos está de volta. Comissariada por Augusto M. Seabra, criada em 2007, esta secção visa alargar o âmbito do Doclisboa abrindo‑se a variadas abordagens do real e das suas representações e dá atenção às propostas de inovação, desafiando as categorias, formatos e durações mais habituais. Nesta secção serão exibidos 20 filmes, onde constam títulos como Buffalo Death Mask, de Mike Hoolboom, O Corpo de Afonso (The King’s Body), de João Pedro Rodrigues, Eclipses, de Daniel Hui, Pardé (Closed Curtain), de Jafar Panahi e Kamboziya Partovi, ou Redemption, de Miguel Gomes.

Em Retrospectiva este ano está a obra de Alain Cavalier, apresentada pelo DocLisboa em parceria com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema. Alain Cavalier veio progressivamente a dedicar-se a um cinema intimista e autobiográfico, abrindo um novo território com o seu mais recente filme, Pater: o íntimo ficcional. Com uma obra complexa, Cavalier integra, na sua prática, um questionamento profundo sobre problemas que tocam os binómios corpo próprio e corpo filmado, dentro e fora de campo, materialidade e imaterialidade, vida e morte, oferecendo nos diários filmados que são também uma reflexão sobre o mundo. Com esta retrospectiva, o festival traz para primeiro plano o questionamento dos meios e métodos de produção e a sua implicação na renovação de formas e na maneira de pensar o mundo. Por seu lado, A Retrospectiva Moving Stills – Fotografia, Fotógrafos e Documentário, comissariada por Federico Rossin (programador da retrospectiva United we stand divided we fall na passada edição do DocLisboa), procura dissecar a relação entre o filme documental e a fotografia.

A música e as artes performativas voltam a ser alvo de especial atenção na secção Heart Beat, que este ano conta com títulos como Death Metal Angola, de Jeremy XidoI love Kuduro, de Mário PatrocínioOlho Nu, de Joel Pizzini, ou Pokazatelnyy protsess: Istoriya Pussy Riot (Pussy Riot – A Punk Prayer), de Mike Lerner e Maxim Pozdorovkin.


As secções Passagens, Cinema de Urgência, Verdes Anos (filmes de estudantes de cinema) e Retratos (sobre Hélio Oiticica, Béla Tarr, Joaquim Benite, Donald Rumsfeld e Manuel Vieira) estão de volta nesta 11ª edição do DocLisboa. Por outro lado, o Golpe Militar no Chile tem direito a um lugar especial na programação do festival este ano na secção: 1973‑2013. O Golpe Militar no Chile: 40 anos depois. O DocLisboa'13 traz consigo ainda diversos Programas Especiais e a nova secção Doc Alliance.

O júri da Competição Internacional será composto por Philippe Dubois, Vera Mantero, Louise Wilson e Boris Nelepo. Como já havia sido anunciado, o Presidente do Júri, o realizador Mohammad Rasoulof, não marcará presença no DocLisboa por estar proibido de sair do Irão pelas autoridades do país. A organização do festival decidiu deixar o seu lugar como Presidente do Júri vazio, num acto de apoio e solidariedade para com o cineasta. Michael RenovTeresa Villaverde e Birgit Kohler compõem o júri da Competição Nacional. Na secção Investigações, os jurados serão Christa BlümlingerSylvain GeorgeJorge Wemans. Os Prémios Revelação contam com Alan BerlinerMargarida MedeirosStoffel Debuysere no júri.

O DocLisboa'13 - Festival Internacional de Cinema conta ainda com diversas actividades paralelas como o Colóquio Internacional Passagens, duas masterclasses e um workshop, Mesas Redondas, entre outras.

Mais informações sobre o DocLisboa e programação completa, AQUI.

Sem comentários: