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sexta-feira, 9 de maio de 2014

IndieLisboa'14: Competição Internacional Curtas-metragens

Depois de breves análises à Competição Novíssimos e Competição Nacional de Curtas-metragens, debruço-me agora, para finalizar, sobre a Competição Internacional de Curtas. Dos mais de 30 títulos, apenas pude assistir a 12. Fica aqui um breve olhar sobre eles.

Symphony No. 42 - 7.5/10

Em 47 cenas, Symphony No.42 apresenta-nos situações surreais, baseadas na interacção dos homens com a natureza. Uma forte mensagem ecológica é-nos aqui transmitida, de forma irónica. Chegando mesmo a alcançar o mórbido e macabro, certo é que a curta-metragem de Réka Bucsi é muito eficaz. 

Até o Céu Leva Mais ou Menos 15 Minutos - 7/10

Até O Céu Leva Mais ou Menos 15 Minutos junta numa curta viagem de carro duas mães e três crianças barulhentas. A sorte é que até ao céu a viagem não é longa. Camila Battistetti traz-nos uma ternurenta curta-metragem com três pequenos protagonistas que entre birras, disputas, distracções e doces, irão conquistar os sorrisos da plateia.

Heights - 7/10

Em Heights, qual janela indiscreta, dialogam tempos e espaços captados com um iPhone, a partir de uma única janela, ao longo de um ano. Em split screen, observamos os espaços e tempos diferentes, numa espécie de voyeurismo que aguça a curiosidade do espectador. Um excelente e original trabalho de Calum Walter.

Substanz - 6.5/10

A partir de imagens captadas pelo realizador no Japão, em 2011, poucas semanas após o terramoto e o tsunami que atingiram o país, Substanz sobrepõe imagens e som para recriar a sensação de se estar perdido num país em estado de emergência. Ao recorrer à sobreposição de imagens, Sebastian Mez deixa-nos atordoados, mas também bem atentos para o cenário de caos e destruição que filma. Entre a catástrofe, o regresso à vida quotidiana dos japoneses e os noticiários, Substanz faz um retrato competente de um país e de uma catástrofe.

Förår - 6/10

Förår é uma ficção que tem por base um acontecimento inusitado, ocorrido numa pequena cidade sueca. Todavia, a memória não tem uma sequência linear e cada momento tem o seu próprio peso na sua reconstrução. Apesar do argumento pouco consistente, a curta-metragem de John Skoog é visualmente fascinante, obscura, perdida no isolamento do local onde vemos a imagem inesquecível da criança protagonista de arma das mãos. 

Reign of Silence - 6/10

Reign of Silence é uma ficção que experimenta, numa única cena, a acção do homem sobre a natureza imóvel e o regresso da paisagem à normalidade. São apenas sete minutos de contemplação. E, apesar de não vermos mais do que descreve a sinopse, a ondulação circular desta curta-metragem experimental de Lukas Marxt capta a nossa atenção como poucas.

The Man who mistook his wife for a hat - 6/10

The Man Who Mistook His Wife For a Hat é uma animação que com um traço muito simples adapta o conto homónimo de Oliver Sacks sobre uma estranha desordem neurológica. Ross Hogg oferece-nos uma curta-metragem divertida, leve e de traço agradável. 

As seguintes curtas-metragens já foram analisadas no post sobre a Competição Nacional de Curtas.





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