quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Crítica: Alexandre e o Terrível, Horrível, Nada Bom, Péssimo Dia / Alexander and the Terrible, Horrible, No Good, Very Bad Day (2014)

*7/10*

De uma comédia familiar não se pode pedir mais do que entretenimento, diversão e bons valores. Quando pelo menos estes três pedidos são cumpridos, então, vale a pena deixarmo-nos levar. Alexandre e o Terrível, Horrível, Nada Bom, Péssimo Dia tem, provavelmente, o título mais longo das estreias deste ano mas faz-lhe jus, trazendo consigo toneladas de gargalhadas e uma família protagonista muito divertida e azarada.

A Disney e Miguel Arteta não traz um filme inesquecível, mas presenteia-nos com bons momentos de descontracção e uma forma muito positiva de encarar os problemas. Acompanha as aventuras de Alexandre Cooper (Ed Oxenbould), de 11 anos, naquele que é o dia mais horrível e terrível da sua curta vida, mas depressa percebe que não está sozinho quando a sua mãe (Jennifer Garner), o pai (Steve Carell), o irmão (Dylan Minnette) e a irmã (Kerris Dorsey) se encontram a viver o seu próprio terrível, horrível, nada bom, péssimo dia.

Porque todos temos dias maus, dias em que acordamos e tudo corre mal, Alexandre dá-nos uma lição - bem como à sua família, até ali tão afortunada. Em Alexandre e o Terrível, Horrível, Nada Bom, Péssimo Dia vamos conhecer esta família no dia do 12º aniversário de Alexandre e no dia anterior, seguindo as peripécias de pais e filhos. Começamos por saber que tudo correu mal, e recuamos para perceber o que realmente aconteceu, no meio de um misticismo inocente e muito curioso.


Steve Carell é Ben Cooper, o pai desta família, um engenheiro desempregado, que, enquanto procura emprego, assume as funções de mãe e toma conta do filho mais novo, o pequeno Trevor. Jennifer Garner é a mãe Kelly com uma carreira de sucesso - pelo menos até este "terrível" dia chegar. Os outros irmãos de Alexandre são Anthony, um jovem prestes a tirar a carta que namora com uma das raparigas mais bonitas do liceu, e Emily, rigorosa consigo mesma que não descura os ensaios para a peça da escola em que encarna Peter Pan.

São estas seis personagens que seguimos atentamente, entre escola, trabalho, entrevistas de emprego, teatro e festas de aniversário. É com eles que vamos rir e deles teremos dó, contudo serão eles que nos darão uma lição: não vale a pena queixarmo-nos tanto, pois dias terríveis, horríveis, nada bons, péssimos todos temos, principalmente a família Cooper.

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