sábado, 21 de fevereiro de 2015

Oscars 2015: As Actrizes Secundárias

Depois das actrizes e actores principais, passemos a uma breve análise a uma das categorias mais fracas desta edição dos Oscars: Melhor Actriz Secundária. Um desempenho interessante, dois medianos e outros dois muito fracos. Eis as nomeadas:

1. Patricia Arquette por Boyhood: Momentos de Uma Vida (Boyhood)


Aqui está o desempenho mais merecedor da estatueta dourada. Patricia Arquette é esta sofrida mãe que acompanhamos ao longo de 12 anos, cuja interpretação é a que mais se destaca em Boyhood. Sem medo nem vergonha de abraçar um projecto que mostra o seu envelhecimento, as mudanças físicas - e psicológicas - e a sua total entrega à personagem, a mãe sempre presente, que escolhe mal os maridos, Arquette oferece-nos uma das melhores prestações femininas do ano (não foram assim tantas, é verdade). É com ela que vamos lamentar a passagem do tempo - tão rápida - e compartilhar a revolta e explosão de sentimentos desta mãe, perto do final.

2. Meryl Streep por Caminhos da Floresta (Into the Woods)



Sabemos que ela faria esta personagem na perfeição mesmo com uma perna às costas, mas certo é que o seu talento é notável em todas as personagens e a Academia rende-se a Meryl Streep quase todos os anos. Em Caminhos da Floresta, a veterana é uma bruxa, responsável por grande parte das peripécias do filme. Entre um coração gelado pela vingança e uma ternura escondida - afinal, até quer ajudar o casal protagonista a quebrar a maldição que ela lhes lançou -, esta bruxa também quer realizar os seus desejos.

3. Keira Knightley por O Jogo da Imitação (The Imitation Game)



Numa interpretação simples e muito ao seu jeito elegante, mas sensabor, temos Keira Knightley. Ela é Joan Clarke, provavelmente a mais interessante personagem de O Jogo da Imitação: a mulher entre os homens, tão inteligente ou mais que eles, a mulher emancipada e decidida. Não que a actriz lhe dê toda a vivacidade que ela pede, mas será ao percurso de Joan no filme que daremos maior atenção.

4. Emma Stone por Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (Birdman)



Eu adoro a Emma Stone mas esta nomeação não se justifica. Uma única boa cena em Birdman não consegue desculpar a ausência de nomes como Jessica Chastain (ou mesmo Oprah Winfrey, que em pouco mais de cinco minutos no ecrã em Selma, merecia mais a nomeação que Emma). Stone é a desequilibrada filha do protagonista de Birdman e pouco mais há a dizer...

5. Laura Dern por Livre (Wild)



E depois de questionar a nomeação de Emma Stone, que dizer de Laura Dern? Os sorrisos e simpatia  de uma mãe lutadora e dedicada aos filhos em curtíssimos flashbacks não chegam para me convencer.

2 comentários:

Ana disse...

Ai se eu fosse a Meryl Streep nem me dava ao trabalho de aparecer por lá. É sempre outra a ganhar e normalmente nem chega às pontas dos pés dela!

Inês Moreira Santos disse...

Ela é sempre uma simpatia. :) Mas tens razão, merecer ela merece sempre, e nós gostamos de vê-la por lá, mesmo que não ganhe. :P

Obrigada pelo comentário, Ana!
Cumprimentos cinéfilos.