quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Oscars 2015: O Resumo

Neil Patrick Harris foi o anfitrião da 87.ª edição dos Oscars, mas a cerimónia foi apenas morna, com pouca animação, poucos momentos marcantes e poucas surpresas. Todos os nomeados para melhor filme levaram pelo menos um Oscar consigo. Entre os vencedores, Birdman conquistou a Academia (em detrimento de Boyhood), que parece rever-se no actor em decadência que vive iludido pelo artifício (a.k.a. o próprio filme de Iñárritu), e levou para casa quatro estatuetas (Melhor Filme, Realizador, Fotografia e Argumento Original). Boyhood conquistou apenas o Oscar de Melhor Actriz Secundária para Patricia Arquette, mas fica a certeza de que, de todos os nomeados, será o mais (senão o único) lembrado na História do Cinema.


Com quatro estatuetas ficou também Grand Budapest Hotel - Melhor Caracterização, Guarda-roupa, Direcção Artística e Banda Sonora (prémio que roubou a A Teoria de Tudo) -, ficando Wes Anderson sem o seu merecido Oscar para Melhor Argumento Original que lhe foi injustamente roubado por Birdman. Por seu lado, Whiplash conquistou três Oscars, Melhor Actor Secundário, Melhores Efeitos Sonoros e Melhor Montagem, sendo que este último era tido como quase certo para Boyhood, que o merecia, sem sombra de dúvida. Com um Oscar ficaram os restantes A Teoria de Tudo (Actor Principal), Sniper Americano (Montagem de Som), Selma - A Marcha da Liberdade (Canção Original) e O Jogo da Imitação (Argumento Adaptado).

Inesperada foi a categoria de Melhor Filme de Animação onde a longa-metragem da Disney+Marvel, Big Hero 6  - Os Novos Heróis, levou a melhor sobre Como Treinares o Teu Dragão 2, grande vencedor da temporada de prémios na animação.

Para além do interessante número inicial ou da homenagem aos 50 anos de Música no Coração - que trouxe ao palco Julie Andrews, que não parece envelhecer, para apresentar o prémio de Melhor Banda Sonora Original -, o momento mais alto por parte do anfitrião foi, sem sombra de dúvida, ao recriar uma icónica cena de Birdman (com uma breve referência a Whiplash), com Neil Patrick Harris a surgir em cuecas no palco.

Segue um pequeno resumo dos melhores momentos da noite:

Os Discursos da Noite: Patricia Arquette, J.K. Simmons e Common e John Legend


Arquette trouxe preparado um forte discurso feminista, num apelo à igualdade salarial entre homens e mulheres, J.K. Simmons, num tom mais sentimental, lembrou todos os pais e as mães, e Common e John Legend levaram a plateia às lágrimas com a sua canção e discurso, lembrando a luta pela igualdade de direitos entre negros e brancos.

O Beijinho Desconfiado da Noite: John Travolta e Scarlett Johansson
Travolta podia ser o homem da noite pelas cenas que protagonizou. Neste caso, porque estaria Scarlett desconfiada do seu beijinho?

Oprah também venceu um Oscar:
É de Lego mas até eu queria um.

A Mulher da Noite nas Redes Sociais: Lady Gaga
Muitas foram as piadas - especialmente relacionadas com limpezas - que circularam pelas redes sociais acerca das luvas vermelhas de Lady Gaga.

A Vingança da Noite: Idina Menzel e John Travolta
Depois de, na cerimónia de 2014, ele lhe trocar o nome, este ano ela vingou-se e chamou-o ao palco pelo nome: Glom Gazingo

O Mais Fofinho da Noite: Wes Anderson
As imagens falam por si...

O Melhor Momento de Neil Patrick Harris:

Qual Michael Keaton, Neil Patrick Harris recriou esta famosa cena de Birdman, onde não faltou uma banda sonora à bateria de... Miles Teller.

O Mais Nervoso da Noite: Eddie Redmayne
O britânico Eddie Redmayne parecia não esperar conquistar este prémio e foi, certamente, o vencedor mais nervoso da noite.

Os Vencedores da Noite: J. K. Simmons, Patricia Arquette, Julianne Moore e Eddie Redmayne
Ninguém pode negar que todos eles mereciam.

Para o ano há mais!

3 comentários:

V. disse...

Foi um grupo de filmes muito fracote este ano e de Neil Patrick Harris esperava-se mais, ou então fui eu que criei uma expectativa tão grande que me pareceu tudo muito forçado! Mas o número inicial foi verdadeiramente bom!

Caminheiro disse...

Achei que o momento de Neil a recriar o Birdman foi assim para o forçado, especialmente quando no cruzamento com o Whiplash diz "not my tempo" :-P O auge da noite foi de longe o Everything is Awesome :DDDDDD

Inês Moreira Santos disse...

Eu também esperava mais do Neil Patrick Harris. Alias, se o ano passado a Ellen não tinha sido nada de especial, este ano foi-me ainda mais difícil encontrar momentos marcantes, comparando com o artigo do ano passado. :P

Mas gostei da brincadeira com o Birdman. Mas o Lego realmente animou aquilo tudo! :P

Cumprimentos cinéfilos.