segunda-feira, 30 de abril de 2018

IndieLisboa'18: Hip to da Hop (2018)

*6/10*

Sala cheia para ver Hip to da Hop, de António Freitas e Fábio Silva, o filme que relança o debate sobre a cultura hip hop e a coloca no centro das atenções. Um documentário que fazia falta.

Os realizadores muniram-se de muito bom material e construíram um filme que faz compreender melhor um movimento cultural com muita história e que tem sofrido mutações que não agradam a todos os seus seguidores. Rappers, DJs, breakdancers e artistas de graffiti contam as suas histórias e expressam os seus pontos de vista acerca da arte que escolheram como modo de vida. 


Os realizadores vão de norte a sul de Portugal em busca das diferentes manifestações da cultura hip hop, focando-se nestas quatro vertentes principais do movimento: o rap, o DJ, o breakdance e o graffiti. Inclui dezenas de entrevistas a artistas nacionais, entre eles, Mundo Segundo, Orelha Negra, NBC, Slow J, DJ Ride, Stereossauro, Bdjoy, TNT, Sanryse ou Sensei D.

Hip to da Hop peca, no entanto, pela montagem que se torna confusa, sendo que não tem um fio condutor da discussão e os temas vão-se repetindo e misturando. Uma remontagem mais distanciada iria fazer a diferença e potenciar em muito os excelentes testemunhos que os realizadores recolheram. 

A opção pela utilização de cartoons em determinados momentos do filme foi um ponto muito positivo que deveria ter sido utilizado mais vezes. Funciona muito bem. Da parte que mais me diz respeito gostei de ver o foco no trabalho de Odeith, e apenas senti falta de uma viagem às ilhas, e do testemunho de alguns nomes mais comerciais como Boss AC.


Uma presença portuguesa de relevo no IndieMusic desta edição do IndieLisboa.

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