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terça-feira, 21 de agosto de 2018

FUSO: Festival de videoarte de 28 de Agosto a 2 de Setembro

A 10.ª edição do FUSO - Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa regressa entre os dias 28 de Agosto e 2 de Setembro. Este ano, o festival é dominado pelo tema (r)evolução e (r)esistência na videoarte.


O FUSO quer confrontar linguagens canónicas com as contemporâneas, cruzando artes plásticas, performance, cinema, literatura e meios digitais, propondo uma nova interpretação da imagem em movimento no século XXI. 

O festival abre com um filme de Daniel Blaufuks, Mein Kampf, no dia 28 de Agosto, na Travessa da Ermida. Mein Kampf evoca uma poderosa imagem de destruição e reflecte sobre alguns dos grandes tabus da nossa sociedade, como a proibição de obras literárias de cariz “perigoso”. A sessão competitiva (Open Call) da edição de 2018 acontece no dia 29 de Agosto no Jardim do Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT).

O  programa Reload, com curadoria de Marta Mestre, pretende celebrar os artistas premiados no Open Call do FUSO ao longo das suas 10 edições, exibindo os seus novos trabalhos na área da videoarte e da curta-metragem, em sessão dupla no dia 30 de Agosto, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado.

O Museu Nacional de Arte Antiga será o palco do programa Os Cinétracts de Maio de 68: A Revolução no Cinema, de Bernardette Caille. Realizados de forma colectiva e sem assinatura, por vezes por autores conhecidos como Godard ou Chris Marker, durante as manifestações de maio de 1968 em Paris, os cinétracts foram feitos sem qualquer edição, sem som e são agora exibidos pela primeira vez fora do território francês. No mesmo local, a diretora da Electronic Arts Intermix (EAI), Lori Zippay, apresenta o programa Sensação de Poder: Corpos de Resistência, uma viagem ao núcleo do vídeo activismo.

No dia 1 de Setembro, no Jardim do Museu Nacional de História Natural e da Ciência é exibido Diálogo de Mãos, um programa  de Kiki Mazzucchelli. A curadora toma emprestado o título da obra que a artista Lygia Clark realizou em parceria com Hélio Oiticica em 1966, em que dois participantes, cujos pulsos são atados por uma faixa elástica em forma de uma fita de Möbius, para propor uma espécie de livre associação entre trabalhos que exploram o potencial formal, linguístico e simbólico das mãos na produção audiovisual. Na mesma noite, a curadora Evanthia Tsantila mostra Imaginar o Futuro uma Grécia antes e depois da crise internacional que atingiu o país em 2009.

A encerrar o festival no dia 2 de Setembro, no Claustro do Museu da Marioneta, serão apresentadas obras seleccionadas pela curadora palestiniana Reem Fadda. O anúncio dos vencedores do Open Call 2018 será feito nessa noite.

Mais informação e programa completo em http://www.fusovideoarte.com/2018/.

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