domingo, 15 de setembro de 2019

Crítica: O Terramoto / The Quake (2018)

*6.5/10*


O Terramoto estreou na secção Serviço de Quarto do MOTELx (e logo de seguida nas salas de cinema) e trouxe o realizador norueguês, John Andreas Andersen, a Lisboa para apresentar a longa-metragem.

O filme apresenta-se como uma sequela do anterior Bolgen - Alerta Tsunami, de 2015, mas funciona bem sozinho e os factos anteriores são introduzidos de modo a que a plateia fique a par dos acontecimentos, sem ser exaustivo.

A longa-metragem norueguesa gira em torno da questão: Como seria se um terramoto de grande magnitude estivesse prestes a acontecer? Em 1904, um terramoto de 5.4 na escala de Richter abalou a cidade de Oslo. O epicentro foi o Rifte de Oslo, que atravessa a capital. Há registos diários de actividade sísmica neste rifte e há indícios de que terramotos de grande escala possam vir a ocorrer nesta zona, ainda que os geólogos não o possam confirmar com certeza.


Depois de ter sobrevivido ao tsunami, Kristian Eikjord (Kristoffer Joner) e a sua família estão de novo no centro de mais um desastre natural. Desta vez, o subsolo de Oslo apresenta alarmantes sinais de perigo iminente. Para geólogos como Kristian, o estudo do registo sísmico diário prova que já não é uma questão de "se", mas sim de "quando” vai haver o próximo evento catastrófico e será este mais devastador do que o terramoto que destruiu a cidade em 1904?

Dentro do subgénero disaster movie, O Terramoto não é perfeito mas encontra-se acima da média. A construção da história é muito boa até ao pequeno sismo inicial que confirma as suspeitas do protagonista. Depois disso, torna-se mais consistente, o suspense aumenta e há uma enorme tensão até ao final. Há momentos muito angustiantes para as personagens que são vividos com intensidade do outro lado do ecrã.

Tecnicamente é feito um bom trabalho, com imagens impressionantes, onde os efeitos especiais têm um papel fundamental. As interpretações são esforçadas e convincentes, conquistando facilmente a empatia da plateia.


Contudo, os grandes problemas do filme de John Andreas Andersen surgem, em especial, perto do fim, apressado e pouco provável. Há uma relativização da tragédia imensa que nos é relatada ao longo de mais de uma hora de filme, e, de repente, parece que nada de mais aconteceu. Cai por terra a seriedade inicial da temática dos desastres naturais.

1 comentário:

Os Filmes de Frederico Daniel disse...

O Terramoto: 5*

Deixou-me com a sensação de que estava dentro da história, contudo tem um começo um pouco parado.

Cumprimentos, Frederico Daniel.