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sábado, 21 de setembro de 2019

Queer Lisboa 23 já começou e traz muito cinema até 28 de Setembro

O Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer começou esta Sexta-feira, dia 20, e prolonga-se até 28 de Setembro no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa.


O activismo LGBTI+ e as recentes ameaças políticas às suas conquistas, são temas em destaque nesta edição. Da celebração dos 50 anos dos Motins de Stonewall aos 20 anos da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, reflecte-se ainda sobre os recuos das últimas décadas, que comunidades mais beneficiaram destas conquistas e quais se viram postas de lado, vítimas por vezes do preconceito vindo de dentro da própria comunidade queer

O Filme de Encerramento do Queer Lisboa 23 será Skate Kitchen, de Crystal Moselle. Na sua primeira longa de ficção, a realizadora desenha uma história imbuída da cena skater feminina de Nova Iorque, em que Camille, uma adolescente introvertida, faz amizade com um grupo de raparigas skaters, chamado Skate Kitchen, onde rapidamente se integra. A abrir esteve Indianara, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa.

Júris e Competições

O Júri da Competição de Longas-Metragens é composto pela actriz Isabél Zuaa, a cineasta Teresa Villaverde, e o programador, e ex-diretor do Berlinale Panorama, Wieland Speck. Em concurso estão os filme: And Then We Danced, de Levan Akin; Breve Historia del Planeta Verde, de Santiago Loza; Carmen y Lola, de Arantxa Echevarría; Greta, de Armando Praça; Las Hijas del Fuego, de Albertina Carri; Memories of my Body, de Garin Nugroho; Port Authority, de Danielle Lessovitz; e Sócrates, de Alexandre Moratto.

O Júri da Competição de Documentários é composto pela programadora Joana de Sousa, pela apresentadora da RTP Margarida Mercês de Mello, e por So Mayer, jornalista e escritor. Na competição estão: El Silencio Es un Cuerpo que Cae, de Agustina Comedi; Game Girls, de Alina Skrzeszewska; Irving Park, de Panayotis Evangelidis; Man Made, de T Cooper; My War Hero Uncle, de Shaked Goren; Ni d'Ève ni d'Adam. Une Histoire Intersexe, de Floriane Devigne; One Taxi Ride, de Mak CK; e Una Banda de Chicas, de Marilina Giménez.

O Júri da Competição Queer Art é composto pelo actor, e co-director do Alkantara Festival, David Cabecinha, pelo artista plástico Francisco Queirós e pela Web Designer Sara Orsi. Os filmes a concurso são: Capital Retour, de Léo Bizeul; Doozy, de Richard Squires; Ilha, de Ary Rosa e Glenda Nicácio; Letters to Paul Morrissey, de Armand Rovira; Manta Ray, de Phuttiphong Aroonpheng; Normal, de Adele Tulli; Searching Eva, de Pia Hellenthal; e Sol Alegria, de Tavinho Teixeira e Mariah Teixeira.

A Competição de Curtas-Metragens tem como júri o actor e realizador Alexander David, o actor e programador Mickaël Gaspar e a cineasta Catherine Boutaud. O mesmo júri avaliará a competição In My Shorts de filmes de escolas de cinema europeias.

Panorama e Queer Pop

Na secção Panorama, o festival apresenta cinco filmes que marcaram o cinema queer no último ano: The Spark: the Origins of Pride, de Benoît Masocco; Can You Ever Forgive Me?, de Marielle Heller; JT LeRoy, de Justin Kelly; Making Montgomery Clift, de Robert Clift e Hillary Demmon; e Rafiki, de Wanuri Kahiu.

O Queer Pop apresentará, nas suas duas primeiras sessões, um programa intitulado Portugal Hoje. Os documentários Conan, O Rapaz do Futuro, de Daniel Mota, e Lena d’Água - Nunca Me Fui Embora, de Hugo Manso e Nuno Galopim, compõem a primeira sessão. Uma segunda sessão traz-nos telediscos recentes de alguns músicos portugueses do panorama actual que, no seu imaginário, mais têm vindo a explorar todo o espectro queer com humor e audácia, Filipe Sambado, Capicua, Moullinex, Luís Severo, Surma ou Isaura. Para finalizar, há uma terceira sessão dedicada ao Hip Hop com foco em artistas como Princess Nokia, Mykki Blanco, Big Dipper, e Brooke Candy.


Nas Hard Nights, encontramos Alfredo Não Gosta de Despedidas, de André Medeiros Martins, em que um artista obcecado por sexo cria, através de relatos familiares, um documentário autoficcional; An Illicit Affair, de Goodyn Green, inspirado na confissão de alguém que mantém um caso com uma ex-amante, e Second Shutter, do mesmo realizador, retrato da cena porno queer de Berlim, e segunda parte da sua trilogia Shutter.

A Carta-Branca a Cláudia Varejão apresenta exclusivamente filmes realizados ou co-realizados por mulheres portuguesas em que a curiosidade investigativa se faz diálogo com o território e a paisagem natural. Do programa fazem parte os filmes: A Torre, de Salomé Lamas; Insert, de Filipa César e Marco Martins; Paisagem, de Renata Sancho; Retrato de Inverno de uma Paisagem Ardida, de Inês Sapeta Dias; e Um Campo de Aviação, de Joana Pimenta


Destaque para a Sessão Especial de Mister Lonely, de Harmony Korine, o filme onde um imitador de Michael Jackson que faz espectáculos de rua, em Paris, para sobreviver, se apaixona por uma bela sósia de Marilyn Monroe, que lhe sugere mudarem-se para uma comunidade de imitadores nas Highlands escocesas.

Entre outras actividades, não faltam as festas, os Debates e Conversas que se relacionam com alguns dos filmes ou secções programadas. Programa completo, horários e outras informações em http://queerlisboa.pt/.

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