"Let me get some toys"
Abby Russell
Tinha tudo para ser, pelo menos, sensual, mas A Enfermeira não atinge sequer esse nível mais carnal, tornando-se, desde cedo, sádico e sem propósito. Diverte pouco, choca ainda menos, e não aterroriza o bastante. Paz de la Huerta vem provar ser provavelmente uma das piores actrizes da actualidade, e nem os atributos físicos lhe compensam o fraco desempenho como protagonista. Por seu lado, o filme de Douglas Aarniokoski candidata-se fortemente ao título de pior filme do ano.
De dia, Abby Russell (Paz de la Huerta) é uma enfermeira dedicada aos seus pacientes do All Saints Memorial Hospital. Mas, à noite, torna-se uma perversa predadora, percorrendo discotecas com o objectivo de atrair homens infiéis. Depois da jovem enfermeira Danni (Katrina Bowden) integrar a equipa do hospital, Abby conquista a sua amizade. Mas quando a amizade se transforma em obsessão, Danni rejeita-a, desencadeando nela um descontrolo de fúria e terror.
A premissa de uma assassina em série com um certo toque de vingadora de mulheres casadas até podia ter algum interesse, mas depressa a história segue um rumo de obsessão inexplicável. O motivo para esta mudança no argumento dá pelo nome de Danni, que poderia ser uma óptima parceira de crime para Abby, mas que os argumentistas preferiram colocar como a sua conquista falhada. Renegada e enlouquecida, A Enfermeira muda então o seu alvo, que passa a ser Danni e todos os que se colocarem no seu caminho.
A história que já prometia pouco, cai então numa sequência de momentos ridículos, nudez despropositada - mas compreende-se que seja preciso mais do que a narrativa para cativar o público -, e um rumo pouco feliz, com a introdução de uma nova personagem - a demasiado sorridente gestora de recursos humanos, Rachel Adams -, que parece saber demais sobre o obscuro passado da protagonista.
Visualmente, A Enfermeira é apelativo. Seja pelas cores fortes, onde o vermelho-sangue tem natural destaque, seja pelos planos feitos especialmente a pensar no 3D, os aspectos estéticos são realmente os pontos fortes da longa-metragem. Já os cartazes faziam antever - pelo menos - essa qualidade visual.
É uma pena que esta serial killer feminina seja tão pouco convincente e tenha saídos das mãos que não lhe souberam dar a garra que poderia ter. A Enfermeira dificilmente seria um bom filme, mas também poderia não ficar na história dos piores filmes dos últimos tempos.
Talvez vc tenha visto poucos filmes para dizer que este está entre os piores de todos os tempos, estude mais ok
ResponderEliminar