"I need you to trust me. One last time."
Ethan Hunt
*7/10*
E ao oitavo filme da saga, Missão: Impossível - O Ajuste de Contas Final, Tom Cruise ainda está aí para as curvas. O actor e o realizador Christopher McQuarrie anunciaram que este é o derradeiro filme Missão: Impossível, mas será mesmo assim?
"Após escaparem de um violento acidente de comboio, Ethan Hunt (Tom Cruise) e a sua equipa continuam a enfrentar o maior adversário de sempre: a Entidade, uma inteligência artificial implacável e manipuladora, capaz de alterar o mundo tal como o conhecemos. Hunt e os seus companheiros da IMF, Luther (Ving Rhames), Benji (Simon Pegg) e Grace (Hayley Atwell), esta última, entretanto, convertida à causa, enfrentam um futuro incerto. Perseguidos pelos agentes Briggs e Degas e enfrentando Gabriel, precisam da ajuda da antiga oponente Paris, enquanto tentam recuperar a única arma capaz de destruir a Entidade. Uma arma que se encontra sob o gelo da calota polar, no fundo do Mar de Bering, entre os destroços de um submarino russo afundado, o Sevastopol."
Com o poder desmedido da Inteligência Artificial como mote, e no seguimento do filme anterior, Missão: Impossível - O Ajuste de Contas Final traduz-se numa luta contra vários inimigos, sendo o mais perigoso deles invisível: a Entidade.
Assim que começa este oitavo filme de Tom Cruise como Ethan Hunt, percebe-se que há um saudosismo antecipado a pairar. Há um recordar - ligeiramente insistente - de missões anteriores e personagens, desde 1996 até à actualidade, especialmente na primeira metade do filme. A acção tarda em chegar, entre muitas conversas, ameaças ou teorias demasiado técnicas que fazem antever os desafios "impossíveis" que se seguirão.
E eis que Ethan tem de salvar o Mundo e começa a verdadeira Missão. Christopher McQuarrie oferece fabulosas sequências de acção de suster o fôlego, seja a muitos metros de profundidade, nas águas geladas do Mar de Bering, explorando submarinos afundados, seja com os pés bem assentes na terra, a correr sem parar, ou a muitos metros de altura, fazendo acrobacias em avionetas. E, apesar de ser o protagonista que vive as mais entusiasmantes aventuras, o realizador não esquece a importância do trabalho em equipa, que tudo faz para que a Entidade não vença o Bem.
Tom Cruise, o motor desta saga com quase três décadas, mostra-se tão bem ou melhor do que quando tinha 33 anos, em 1996. A maturidade e a experiência deram-lhe o rigor e perfeccionismo que pretende alcançar a cada novo filme e, mais uma vez, não precisou de duplos.
Ainda no elenco, destaque para a presença poderosa - e quase política, tendo em conta os dias que correm - de Angela Bassett como Presidente dos Estados Unidos da América. Com o Mundo num autêntico caos, onde ninguém sabe o que é verdadeiro ou falso e os arsenais nucleares dos países em perigo, só o mais ponderado dos líderes saberá como reagir.
Missão: Impossível - O Ajuste de Contas Final assume-se como uma despedida, construída com esse propósito, num início lento que resulta depois numa explosão de impossibilidades que só Tom Cruise é capaz de resolver. Fica a vaga esperança de que este fim possa, um dia, tornar-se num regresso.
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