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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Oscars 2017: Melhor Filme

A cerimónia dos Oscars 2017 está mesmo a chegar e nada como a breve análise do costume aos nomeados. Num ano em que os nomeados para Melhor Filme não foram, certamente, os melhores de 2016, ficaram de fora títulos como o meu tão querido Animais Noturnos. Dos nove filmes na corrida, há especialmente três que mereceriam vencer o grande prémio da noite e dois que nem deviam fazer parte da lista. Aí ficam os nomeados, por ordem de preferência.

É quase o outsider da lista de nomeados e, é quase certo, que não vence. Não deixa, ainda assim, de ser o meu favorito dos nove. O contacto cinematográfico com extra-terrestres tem-se repetido, ao longo dos anos, das mais variadas formas. Contudo, são poucos os que conseguem alcançar a subtileza de Denis Villeneuve. O Primeiro Encontro é um filme sobre a humanidade e a falta de compreensão entre humanos - e extra-terrestres. Vale bem a aventura.

Comovente, romântico e sonhador são qualidades do mais recente filme do empenhado Damien Chazelle. Só mesmo o argumento apressado quebra ligeiramente a magia do musical moderno que homenageia os veteranos. La La Land não deixa apesar disso de reunir um dos melhores casais protagonistas de sempre e um trabalho técnico soberbo.

Praticamente empatado com La La Land nas minhas preferências está MoonlightBarry Jenkins coloca no ecrã uma bela história de vida, com uma realização de génio forte. O filme apregoa a liberdade de ser, escolher e sonhar, para que todos possam brilhar como o luar, sem preconceitos.

Quando deixamos de pertencer à terra onde nascemos ou crescemos, nem os laços familiares podem, por vezes, curar a ferida. Manchester by the Sea faz-nos seguir a trágica família Chandler, e a sua realidade dura e triste. Kenneth Lonergan escreve e filma um drama familiar bem construído, focado essencialmente em dois elementos da mesma família: tio e sobrinho - os dois que restam. 


Hell or High Water - Custe o Que Custar! é uma obra consistente de David Mackenzie, que supera as expectativas. Um retrato cru dos tempos que correm, onde também o elenco em muito contribui para o sucesso do produto final. É mais um outsider na lista de nomeados.

Elementos Secretos realça bem a segregação racial (e mesmo de género) que se vivia ainda nos anos 60, tratando um tema sensível com humor, com os diálogos a assumirem um papel fulcral. Ao mesmo tempo, o filme de Theodore Melfi homenageia três importantes nomes femininos da História da NASA. Actualmente, num momento sociopolítico tão instável e incerto para o ocidente, esta longa-metragem é uma excelente forma de relembrar que a História foi feita por todos.

Vedações traz o teatro ao cinema, mas consegue fazê-lo cativando a plateia que, apesar de estranhar tantas palavras e menos estímulos visuais, vai embrenhar-se da história da família Maxson e segui-la com verdadeiro interesse e preocupação. É muito mais um filme de emoções e sentimentos do que de acontecimentos ou acções, e vive, em especial dos seus actores, com destaque para o casal protagonista Denzel Washington e Viola Davis.

Mel Gibson regressa à realização com O Herói de Hacksaw Ridge onde fé e patriotismo se alistam em conjunto. Entre o drama do religioso objector de consciência, traumatizado desde a infância, e a brutalidade da guerra, o filme parece dividir-se em dois, com ritmos bastante distintos. É claramente um dos mais fracos desta lista.

Sabe-se que o epíteto "baseado numa história verídica" nem sempre é sinónimo de qualidade e Lion - A Longa Estrada para Casa é mais um exemplo disso. Realmente, o argumento do filme tem por base o passado de um homem com muito para contar. Denuncia desigualdades e problemas muito preocupantes no que respeita às crianças indianas, contudo, isso não chega. É o outro elo mais fraco.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Os Melhores do Ano: Top 20 [20º-11º] #2016

Demorou, mas chegou. Em jeito de balanço de 2016, o Hoje Vi(vi) um Filme apresenta, como sempre, o seu top 20 (sempre tendo em conta a estreias no circuito comercial de cinema em Portugal ao longo do ano) do que de melhor se fez no cinema.

Aqui ficam os meus eleitos, do 20º ao 11º lugares.

20. Snowden, de Oliver Stone, 2016


Oliver Stone regressa com as suas teorias da conspiração. Snowden é um filme simples, mas que entusiasma até ao final. O bom trabalho de montagem e a excelente adaptação da realidade à ficção contribuem para o resultado positivo e viciante.

19. Deadpool, de Tim Miller, 2016


Nunca um filme de super-heróis me cativou tanto e me fez dar gargalhadas sem fim. Só mesmo Deadpool e Ryan Reynolds, naquela que terá sido, certamente, a melhor interpretação da sua carreira. A auto-paródia, o humor mordaz e sem preconceitos superam o baixo orçamento do filme. E é aí que ele vence todos os outros super-heróis da moda. Deadpool é o super-anti-herói, Tim Miller é o super-realizador de filmes da Marvel em quem ninguém aposta e Ryan Reynolds descobriu aqui a sua vocação.



Estreante na realização, Brady Corbet recuou ao pós-primeira guerra e construiu um universo gelado de sentimentos, no meio das negociações do Tratado de Versalhes. Uma criança é o centro das atenções - das nossas, não tanto das dos pais -, e a sua educação é o que mais está em jogo.



Um filme cruel e realista, que coloca os nossos valores num dilema, entre a justiça da lei e a injustiça dos bancos, entre a polícia a cumprir o seu dever e os assaltantes a lutar pelo que é da sua família. O conservadorismo de Marcus em conflito com o desespero de Toby e Tanner, numa espécie de "olho por olho". O título, em português Custe o Que Custar, é válido para os dois lados da barricada - tudo pela justiça.



American Honey vive na doce rebeldia da sua protagonista. Balança entre a juventude perdida, nómada e fora da norma, e os sonhos. Entramos numa road trip pela América profunda conduzida pela realizadora Andrea Arnold e deixamo-nos levar.



Num desafio trágico-cómico, Jaco Van Dormael questiona Deus e tudo o que sabemos sobre Antigo e Novo Testamento, arriscando-se ele mesmo a escrever o Novíssimo Testamento (tradução literal do título original, Le Tout Nouveau Testament). No meio de acontecimentos hilariantes - para alguns até demais -, brinca-se com milagres, com a sagrada família, com a religião como a conhecemos, mas sem ofender ninguém.



Sempre com o medo do desconhecido a pairar, O Primeiro Encontro é uma boa surpresa na ficção científica, com opções técnicas e narrativas plausíveis e bem fundamentadas. Tudo o que vemos é credível e talvez pudesse mesmo acontecer assim. Para além do natural receio, o filme cultiva também na plateia sentimentos de admiração e proximidade para com os visitantes de outro planeta. O Primeiro Encontro é um filme sobre a humanidade e a falta de compreensão entre humanos - e extra-terrestres.



Duas mulheres de fibra, numa sociedade cruel, constroem o delicado e amargo Carol, com Todd Haynes ao comando. A câmara, o ambiente e as protagonistas unem-se numa viagem de emoções, onde os olhares sussurram juras de amor.



The Revenant - O Renascido é uma experiência inebriante e cruel para o espectador. Um filme pesado, onde o instinto de sobrevivência é alimentado pelo desejo de vingança, numa jornada violenta e visceral. Desta vez, Iñárritu exibe-se mas com brilhantismo e proporciona aos actores um desafio como poucos.



Tradição e fantasia, rebeldia e um fabuloso sentido estético, eis a fórmula de O Ornitólogo, de João Pedro Rodrigues. O auge cinematográfico do realizador português é uma surpresa bucólica, onde nos perdemos e reencontramos. A descoberta e transformação de Fernando são directamente proporcionais às sensações que O Ornitólogo irá despertar no público. Um filme para descobrir sem medo da aventura.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Crítica: O Primeiro Encontro / Arrival (2016)

"Now that's a proper introduction."
Louise Banks
*8/10*

O contacto cinematográfico com extra-terrestres tem-se repetido, ao longo dos anos, das mais variadas formas - umas com maior sucesso que outras. Contudo, são poucos os que conseguem alcançar a subtileza de Denis Villeneuve. O Primeiro Encontro é um filme sobre a humanidade e a falta de compreensão entre humanos - e extra-terrestres.

O realizador gosta de experimentar géneros e depois de drama, thriller e guerra, atirou-se de cabeça na ficção científica - e deve ter gostado pois está a filmar a sequela de Blade Runner. Certo é que o resultado é muito positivo: profundo, sensível e humano.


Quando 12 naves extra-terrestres chegam a diversos pontos do globo, o Governo dos EUA contrata a especialista em linguística Louise Banks (Amy Adams). Ela fará parte de uma equipa multidisciplinar que se deslocará ao interior de uma das naves, a fim de estabelecer contacto com os alienígenas e entender o propósito da sua visita. Pretende saber-se, sobretudo, se vêm em paz.

Sempre com o medo do desconhecido a pairar, O Primeiro Encontro é uma boa surpresa na ficção científica, com opções técnicas e narrativas plausíveis e bem fundamentadas. Tudo o que vemos é credível e talvez pudesse mesmo acontecer assim. Para além do natural receio, o filme cultiva também na plateia sentimentos de admiração e proximidade para com os visitantes de outro planeta.

Há uma não-linearidade temporal em O Primeiro Encontro que em nada o prejudica, e a inicial desorientação do espectador é uma curiosa arma do realizador para nos colocar no mesmo patamar que Louise. Ela vive atormentada por memórias que conhecemos graças à montagem arriscada mas eficaz de Joe Walker.


A acompanhar a incerteza global e as visitas à nave extra-terrestre, a banda sonora de Jóhann Jóhannsson mantém o suspense e aguça os sentidos, em busca de significação para a linguagem dos recém-chegados.

No meio de um argumento fascinante e, ao mesmo tempo, aterrorizante, há planos soberbos que não sairão da memória. No verde dos campos até perder de vista, a nave espacial paira, como se levitasse sobre eles. Esse e outros planos, de cores um tanto esbatidas e misteriosas - muito ao estilo dos filmes de Villeneuve - são fruto de um excelente trabalho da direcção de fotografia de Bradford Young.

Amy Adams é doce e corajosa, com uma performance sentimental e íntima - Louise cativa-nos e é o coração da equipa militar que acompanha a nave extra-terrestre. Jeremy Renner como Ian Donnelly e Forest Whitaker na pele do Coronel Weber acompanham eficazmente a protagonista nesta expedição.


Uma experiência diferente e entusiasmante de contacto extra-terrestre, que peca apenas pela forma como mostra a vida pessoal da protagonista - um tanto melodramática. O Primeiro Encontro é um renascer do género da ficção científica pela mão do sempre prometedor realizador Denis Villeneuve. Vale bem a aventura.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Sugestão da Semana #246

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca O Primeiro Encontro, de Denis Villeneuve.

O PRIMEIRO ENCONTRO


Ficha Técnica:
Título Original: Arrival
Realizador: Denis Villeneuve
Actores: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker
Género: Drama, Ficção Científica, Mistério
Classificação: M/12
Duração: 116 minutos

domingo, 13 de novembro de 2016

Estreias da Semana #245

Na passada Quinta-feira, chegaram nove filmes às salas de cinema nacionais. O Herói de Hacksaw Ridge e O Primeiro Encontro são duas das estreias.

Califórnia (2015)
O ano é 1984. Estela vive a conturbada passagem pela adolescência. O sexo, os amores, as amizades; tudo parece muito complicado. O tio Carlos é seu maior herói, e a viagem à Califórnia para visitá-lo, o seu grande sonho. Mas tudo desaba quando ele volta magro, fraco e doente. Entre crises e descobertas, Estela irá encarar uma realidade que mudará, definitivamente, a sua forma de ver o mundo.

Chocolate (2016)
Chocolat
Em plena Belle Époque, Chocolat (Omar Sy) torna-se no primeiro palhaço negro em França e conquista as audiências da época. No entanto, o dinheiro fácil, o vício do jogo e a descriminação racial depressa  ameaçam a sua carreira.

Noite de Amadores (2016)
Amateur Night
Guy Carter é um estudante de arquitectura premiado. É casado com uma mulher bonita e em breve será pai. O problema? Guy não tem a vida organizada, o que alimenta as suas dúvidas quanto a ser um bom pai. Há mais de um ano procura trabalho na sua área, mas sem sorte. Em desespero de causa, Anne, a mulher, descobre uma hipótese de trabalho como motorista. Guy vai à entrevista, pensando que vai entregar pizzas, mas depressa percebe que terá como função ser motorista de acompanhantes de luxo. Com falta de dinheiro, aceita a proposta. Desta forma conhece Nikki, uma profissional desinibida e durona, e as suas duas hilariantes colegas, Jaxi e Fallon. No papel de motorista e protector, Guy é empurrado para um mundo onde as mulheres são poderosas e os homens vulneráveis.

O Herói de Hacksaw Ridge (2016)
Hacksaw Ridge
Na primavera de 1945, as tropas norte-americanas na ilha de Okinawa encontraram alguma da resistência mais feroz que alguma vez viram e um soldado destacou-se dos restantes. Desmond T. Doss, objector de consciência, apesar do seu voto de nunca matar, serviu como socorrista desarmado na infantaria, e sozinho salvou as vidas de dúzias dos seus camaradas feridos, sem efectuar um único disparo.

O Primeiro Encontro (2016)
Arrival
Após a chegada de 12 naves extraterrestres a vários pontos do mundo, a especialista em linguística Louise Banks (Amy Adams) é contratada pelo governo dos EUA para fazer parte de uma equipa interdisciplinar que se deslocará ao interior de uma das naves, a fim de tentar entrar em contacto com os alienígenas e entender o propósito da sua visita. Sobretudo, pretende-se descobrir se vêm em paz, ou se constituem uma ameaça.

Saca - O filme de Tiago Pires (2016)
Depois de uma brilhante carreira de 20 anos, o melhor surfista português de todos os tempos retirou-se dos palcos internacionais. Inspirador de sucessivas gerações, o percurso único de Tiago Pires é o tema deste documentário.

Toda a Verdade (2016)
The Whole Truth
Defender um réu num julgamento por homicídio já é, por si só, intenso. Mais ainda para o advogado Richard Ramsay (Keanu Reeves).O seu cliente é o jovem Mike Lassiter (Gabriel Basso), de 17 anos, acusado de ter assassinado o seu pai, Boone (Jim Belushi). Ramsay é, desde há muitos anos, amigo da família, e jurou à viúva Loretta (Renée Zellweger) que Mike não irá para a prisão. O problema é que Mike não proferiu uma única palavra desde o crime, excepto uma confissão inicial onde admitiu ter apunhalado o pai. A lado de Ramsay está uma nova colega, Janelle (Gugu Mbatha-Raw) que parece ter uma capacidade inata para ver além das mentiras das testemunhas.

Top Cat: o Início (2015)
Top Cat Begins
O charmoso Top Cat é conhecido de todos, mas como começou a sua vida repleta de aventuras? E como conheceu os seus amigos e companheiros de peripécias? O  filme responde a estas e outras perguntas, acompanha, de perto, tudo o que gira em volta deste gato tão especial e dá a conhecer a galeria completa de personagens, dos amigos Spook, Brain, Choo-choo, Fancy Fancy e Benny, ao grupo de vilões com o Mauzão, o Sr. Big, o Rato e a Agáta e ainda o Agente Dibble e o Gonçalves.

Um Namoro à Espanhola - Aventura na Catalunha (2015)
Ocho apellidos catalanes
Após terminar a sua relação com Rafa, Amaia apaixona-se por um catalão. Koldo, o pai de Amaia, viaja até Sevilha para persuadir Rafa a recuperar o amor da filha.