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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sugestão da Semana #102

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana recai sobre o filme de Stephen Frears. Filomena traz-nos um drama de uma mãe que procura o seu filho, há 50 anos. A fé que a faz continuar a procurá-lo é a mesma que a atraiçoa. Judi DenchSteve Coogan protagonizam esta crítica à Igreja que é, ao mesmo tempo, a homenagem a uma mãe.


Ficha Técnica:
Título Original: Philomena
Realizador: Stephen Frears
Actores: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark, Barbara Jefford
Género: Drama
Classificação: M/12
Duração: 98 minutos

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Crítica: Filomena / Philomena (2013)

*7.5/10*

Um elogio a uma mulher e uma crítica acérrima à religião, assim chega Filomena, de mansinho, ingénua, mas simplesmente surpreendente, como a protagonista. Nomeado para quatro Oscars da Academia, o filme de Stephen Frears (A Rainha, 2006) tem por base a história verídica de Philomena Lee e balança entre o drama e os sorrisos que o típico humor britânico faz surgir.

Filomena faz-nos recuar até à década de 50, a uma Irlanda profundamente católica. Philomena (Judi Dench) engravida ainda adolescente e, ao ser rejeitada pela família, entra para o convento de Roscrea, onde é forçada a entregar o filho para adopção. 50 anos depois, Philomena continua sem se conformar com os acontecimentos e faz inúmeros esforços para encontrar o filho, sem resultados. Até que conhece o jornalista Martin Sixsmith (Steve Coogan).

O argumento não é original, mas é único na história que lhe deu origem. Baseado na obra The Lost Child of Philomena Lee, escrita pelo verdadeiro Martin Sixsmith, o filme – tal como o livro – é uma denúncia, uma chamada de atenção, uma forte crítica social. Os acontecimentos que estão na base de Filomena são tudo menos fáceis de digerir, por muitas que sejam as críticas à religião que já surgiram no Cinema. Stephen Frears espelha neste trabalho o drama de muitas irlandesas, que, ainda hoje, procuram os seus filhos.

Apesar da temática pesada, o humor surge subtilmente personificado em Philomena e nos comentários mais inesperados de Martin. As conversas entre ambos são encantadoras. Aliada a essa empatia, toda a história está construída para nos aproximar da protagonista e do jornalista, partilhando a dor desta mãe e a indignação do seu companheiro de viagem na procura do seu filho – a certo momento, também nós faremos parte desta jornada.

Ao desencontro entre mãe e filho, está directamente relacionada a fé e a descrença dos protagonistas. Philomena e Martin têm duas visões bastante diferentes do mundo e da religião: ele é agnóstico, pouco interessado em histórias de “interesse humano”, arrogante e sarcástico. Ela é extremamente religiosa, apesar de tudo o que já passou e que a poderia fazer perder a fé, ingénua e preocupada com o que para si são as questões maiores (será que o filho é obeso? Tudo por causa das enormes doses que servem nos EUA). É nestas duas personagens, contudo, que acompanharemos uma forte mudança de perspectivas – quer de personalidade e atitude, quer nas suas crenças. É assim que Philomena e Martin Sixsmith se tornam marcantes para o espectador.

Estreias da Semana #102

Quatro novos filmes chegaram hoje aos cinemas nacionais. Filomena e Quando Tudo Está Perdido reúnem a maioria das atenções.

Aquele Estranho Momento (2014)
That Awkward Moment
Três amigos encontram-se naquele confuso “momento” de todas as relações amorosas, quando têm de decidir se pretendem continuar solteiros e sem compromissos ou perguntar: "Então... onde é que isto nos leva?".

Filomena (2013)
Philomena
Filomena faz-nos recuar até à década de 50, a uma Irlanda profundamente católica. Philomena (Judi Dench) engravida ainda adolescente e, ao ser rejeitada pela família, entra para o convento de Roscrea, onde é forçada a entregar o filho para adopção. 50 anos depois, Philomena continua sem se conformar com os acontecimentos e faz inúmeros esforços para encontrar o filho, sem resultados. Até que conhece o jornalista Martin Sixsmith (Steve Coogan).

Quando Tudo está Perdido (2013)
All Is Lost
Sozinho numa viagem pelo Oceano Índico, um velho marinheiro descobre que o seu veleiro está a meter água após ter colidido com um porta-contentores à deriva. Com o equipamento de navegação e o rádio avariados, o homem viaja às cegas de encontro a uma violenta tempestade. A luta pela sobrevivência começa aqui e o experiente marinheiro é obrigado a enfrentar a hipótese da morte.

Voltar a Nascer (2012)
Venuto al mondo
Gemma visita Sarajevo com o seu filho Pietro. Há dezasseis anos tinham escapado da cidade em plena guerra, tendo, Diego, o pai da criança, ficado para trás e acabado por morrer. Enquanto tenta reparar a relação com o filho, Gemma confronta o seu passado.