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terça-feira, 11 de março de 2014

Balanço: O Cinema de 2013

Muitos foram os filmes que passaram pelas salas de cinema portuguesas ao longo dos 12 meses de 2013. Em geral, o ano passado trouxe-nos bom cinema, oriundo de várias partes do Globo, onde, todavia, por motivos já muito conhecidos, o cinema português não esteve muito presente.

Tal como fiz relativamente a 2012, aqui vos deixarei, como apontamento ou referência, uma lista dos filmes que vi ao longo do ano (dos que tiveram estreia comercial em 2013 em Portugal), com a respectiva classificação (de 1 a 10), mês a mês.

[classificação + título português + ano de produção]


Janeiro
9 - Django Libertado (2012)
8 - Lincoln (2012)
7 - 00:30 A Hora Negra (2012)
7 - Bárbara (2012)
6.5 - Seis Sessões (2012)
6 - Decisão de Risco (2012)
6 - O Impossível (2012)
6 - Os Miseráveis (2012)
4.5 - Guia para um Final Feliz (2012)


Fevereiro
8.5 -The Master - O Mentor (2012)
8 - Bestas do Sul Selvagem (2012)
8 - Zarafa (2012)
7.5 - Laurence Para Sempre (2012)
6 - A Arte de Amar (2011)
6 - Hitchcock (2012)


Março
7.5 - A Caça (2012)
7.5 - Efeitos Secundários (2013)
7 - Um Caso Real (2012)
6.5 - Branca de Neve (2012)
6.5 - Terra Prometida (2013)
6 - A Última Vez que Vi Macau (2012)
5.5 - Irmã (2012)
5 - Oz - O Grande e Poderoso (2013)
4.5 - Ferrugem e Osso (2012)
4 - Comboio Nocturno para Lisboa (2013)


 
Abril
7.5 - Esquecido (2013)
7.5 - Não (2012)
7 - Os Amantes Passageiros (2013)
7 - Nome de Código: Paulette (2012)
7 - Professor Lazhar (2011)
6.5 - O Frágil Som do Meu Motor (2012)
6.5 - Transe (2013)
6 - Cativos (2012)
5.5 - Regra de Silêncio (2012)
5 - A Melhor Oferta (2013)


Maio
7.5 - Os Nossos Filhos (2012)
7 - A Essência do Amor (2012)
7 - O Outro Lado do Coração (2010)
6.5 - Velocidade Furiosa 6 (2013)
6 - O Grande Gatsby (2013)
6 - Para Lá das Colinas (2012)
3.5 - Fragmentos de uma Observação Participativa (2013)
3 - Spring Breakers - Viagem de Finalistas (2012)



Junho
7 - Camille Claudel 1915 (2013)
7 - Monstros: A Universidade (2013)
6.5 - WWZ: Guerra Mundial (2013)
6 - Antes de Meia-noite (2013)
6 - Lore (2012)
6 - Homem de Aço (2013)
5 - Os Mestres da Ilusão (2013)


Julho
9 - Só Deus Perdoa (2013)
8 - Dentro de Casa (2012)
7.5 - Assassinos de Férias (2012)
7 - Batalha do Pacífico (2013)
6.5 - Paixão (2012)
4 - Depois da Terra (2013)
3 - Paixões Proibidas (2013)


Agosto
8 - Até Ver a Luz (2013)
7.5 - A Gaiola Dourada (2013)
6.5 - Bling Ring - O Gangue de Hollywood (2013)
7 - Elysium (2013)
6 - Noiva Prometida (2012)
6 - Um Homem de Família (2012)

Setembro
7.5 - Blue Jasmine (2013)
7.5 - Como um Trovão (2012)
7 - Like Someone in Love (2012)
7 - O Mordomo (2013)
7 - Por Detrás do Candelabro (2013)
6.5 - Armadas e Perigosas (2013)
6 - Dark Horse - Diários de um Falhado (2011)
3.5 - Insensíveis (2012)


Outubro
9 - Gravidade (2013)
8 - Fuga (2012)
8 - Raptadas (2013)
7.5 - Dá Tempo ao Tempo (2013)
7.5/10 - Ernest & Célestine (2012)
7.5 - Hannah Arendt (2012)
7.5 - Rush - Duelo de Rivais (2013)
7 - Capitão Phillips (2013)
7 - Isto é o Fim (2013)
6.5 - Plano de Fuga (2013)
6 - Frances Ha (2012)
5 - Don Jon (2013)



Novembro
8.5 - Redemption (2013)
8 - Vénus de Vison (2013)
8 - O Conselheiro (2013)
7.5 - A Vida de Adèle (2013)
7 - Frozen - O Reino do Gelo (2013)
6.5 - Virgem Margarida (2012)






Dezembro
9 - A Propósito de Llewyn Davis (2013)
7.5 - China - Um Toque de Pecado (2013)
7.5 - O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013)
7.5 - Temporário 12 (2013)
7 - O Grande Mestre (2013)
7 - Chovem Almôndegas 2 (2013)
6 - O Passado (2013)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Top Festivais 2013

Pelos festivais de cinema portugueses passaram muitos filmes que - pelo menos em 2013 - ainda não estrearam por cá nas salas de cinema comerciais. Ainda em jeito de balanço do passado ano, é sempre bom lembrar esses mesmos títulos que nem todos tiveram oportunidade de ver.


Top 11 - Longas-metragens:

1. The Act of Killing, de Joshua Oppenheimer (IndieLisboa)

5. Fruitvale Station, de Ryan Coogler (Lisbon & Estoril Film Festival)




9. Miele, de Valeria Golino (Lisbon & Estoril Film Festival)

10. Jeune et Jolie, de François Ozon (Festa do Cinema Francês)

11. Leviathan, de Lucien Castaing-Taylor e Véréna Paravel (IndieLisboa)

Menção especial às curtas-metragem:

1. Redemption, de Miguel Gomes (DocLisboa)

2. O Coveiro, de André Gil Mata (IndieLisboa e MOTELx)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Actores do Ano #2013

Depois das actrizes, passemos aos actores que mais se destacaram no cinema que por cá estreou em 2013. Relativamente a interpretações masculinas, não consigo falar em menos de 11 nomes.


11. Mads Mikkelsen por A Caça (Jagten)
Nos cinemas vimo-lo em Um Caso Real e A Caça, mas foi no segundo que se destacou. Mads Mikkelsen apresentou-nos uma prestação poderosa, na pele de um homem acusado injustamente... por uma criança. A empatia com o espectador é imediata e a sua dor será partilhada. Pelo menos, nós estamos do seu lado.

10. Michael Douglas por Por Detrás do Candelabro (Behind the Candelabra)
Douglas não precisa de provar o excelente actor que é, mas neste filme consegue voltar a surpreender-nos  com uma personagem excêntrica e egoísta no seu amor - por si e pelo seu companheiro.


9. Matt Damon por Por Detrás do Candelabro (Behind the Candelabra)
Matt Damon reinventa-se e mostra-nos aqui mais uma das suas facetas numa personagem inesperada. As mudanças físicas são enormes, os gestos, o modo de agir e de falar, tudo se junta para nos surpreender.

8. Matthew McConaughey por Fuga (Mud)
McConaughey prova a cada nova personagem que merece reconhecimento e, se possível, muitos prémios. Fuga não é excepção, onde veste a pele do protagonista, Mud, um fugitivo apaixonado, que encontra aliados em duas crianças locais.

7. Tom Hanks por Capitão Phillips (Captain Phillips)
Tom Hanks encarna e bem o protagonista Phillips, capitão de um navio atacado por piratas somalis. A tensão que se gera, o medo que se apodera dele e a força de vontade em zelar pela vida dos seus subordinados, acima de tudo, mostra como Hanks não deixa nenhum papel ficar mal.

6. Daniel Brühl por Rush - Duelo de Rivais (Rush)
Das parecenças físicas à atitude demonstrada em Rush, poderíamos acreditar estar perante o verdadeiro Niki Lauda, há alguns anos. Uma interpretação cheia de brilho faz com que Daniel Brühl não seja esquecido nesta temporada de balanços e de prémios.

5. Christoph Waltz por Django Libertado (Django Unchained)
Hilariante, implacável e, claro, fiel aos seus princípios e promessas, ninguém ficou indiferente a Christoph Waltz como o dentista caçador de recompensas Dr. Schultz.

4. Oscar Isaac por A Propósito de Llewyn Davis (Inside Llewyn Davis)
Um dos actores revelação de 2013. Já o tínhamos visto noutros - pequenos - papéis, mas nunca nos tínhamos apercebido do talento que Oscar Isaac comporta em si. Finalmente, uma personagem profunda e à sua altura, que canta e encanta, e traz consigo uma onda de nostalgia como poucas conseguem.

3. Hugh Jackman por Os Miseráveis (Les Misérables)Raptadas (Prisoners)
Foram muitos os filmes com Hugh Jackman no cinema em 2013. Os Miseráveis, Raptadas e Wolverine trouxeram consigo papéis que reforçam o talento do actor. Destacando os dois primeiros, Jackman surge quase irreconhecível em Os Miseráveis, e o seu papel em Raptadas é brilhante, na pele de um pai desesperado e com sede de vingança, que tudo faz para encontrar a sua filha.

2. Joaquin Phoenix por O Mentor (The Master)
Fenomenal está Joaquin Phoenix em O Mentor na pele de um homem desequilibrado e traumatizado, marcado um amor irrecuperável e por um passado doloroso.

1. Daniel Day-Lewis por Lincoln
As semelhanças físicas são evidentes, e Daniel Day-Lewis provou uma vez mais que é capaz de incorporar todos os desafios que lhe propuserem e sempre de forma magistral. Ponderado e teimoso, Lincoln deu-lhe mais um Oscar.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Actrizes do Ano #2013

Foi difícil fazer uma selecção de actrizes que se tenham destacado ao longo de 2013, pois os nomes foram muitos mais do que esperava. Optei por realçar 10 actrizes - entre secundárias e principais - que me marcaram verdadeiramente ao longo do ano cinematográfico.


10. Oprah Winfrey por O Mordomo (The Butler)
Um desempenho emotivo e cheio de entrega, na pele de uma mulher apaixonada, solitária e com problemas com o álcool, é o que Oprah Winfrey nos oferece em O Mordomo.



9. Brie Larson por Temporário 12 (Short Term 12)
A jovem actriz já pedia por um papel assim. Brie Larson encarna a protagonista Grace, que, no meio dos problemas dos adolescentes com quem trabalha, tem ainda de lidar com o seu passado conturbado que deixou marcas mais presentes do que parecem.

(cuidado com os spoilers)


8. Léa Seydoux por A Vida de Adèle (La vie d'Adèle)
Já todos conhecemos Léa Seydoux de outras andanças, mas provavelmente nunca esperaríamos uma interpretação tão competente e inesperada como na pele de Emma.



7. Adèle Exarchopoulos por A Vida de Adèle (La vie d'Adèle)
A Vida de Adèle trouxe Adèle Exarchopoulos para as luzes da ribalta ao interpretar a protagonista com quem partilha o nome. Ela oferece-nos uma fusão de rebeldia, inocência e sensualidade nesta auto-descoberta.



6. Anne Hathaway por Os Miseráveis (Les Misérables)
O Oscar já ninguém lhe tira, e o pouco tempo de antena que tem em Os Miseráveis vale a visualização de um filme que se revelou decepcionante. Hathaway encontrou em Fantine a personagem certa para mostrar todo o talento que tardava em desabrochar.



5. Kristin Scott Thomas por Só Deus Perdoa (Only God Forgives)
Deslumbrante, fria, maliciosa, Kristin Scott Thomas deixou-nos boquiabertos com o seu magistral desempenho enquanto Crystal. A actriz prova aqui, uma vez mais, o seu talento e glamour, até na pele da mais asquerosa mulher.



4. Kaitlyn Dever por Temporário 12 (Short Term 12)
É difícil encontrar online exemplos do talento da jovem Kaitlyn Dever em Temporário 12. Contudo, a actriz de 17 anos tem uma das personagens mais fortes da longa-metragem, Jayden, uma adolescente magoada, desequilibrada e que esconde em si um segredo arrepiante.

(há muito poucos clips deste filme com os actores secundários)


3. Quvenzhané Wallis por Bestas do Sul Selvagem (Beasts of the Southern Wild)
Foi a mais jovem nomeada de sempre na categoria de Melhor Actriz, e, aos nove anos, deu uma lição de representação a muitas actrizes consagradas. Wallis é selvagem como a sua personagem e deixa-nos impressionados com as expressões certeiras, cheias de emotividade e força.



2. Cate Blanchett por Blue Jasmine
A desequilibrada Jasmine assentou na perfeição a Cate Blanchett que mergulha na mais profunda depressão ao longo do filme de Woody Allen. A actriz transfigura-se, e alterna entre a elegância e o desespero com uma facilidade impressionante. Seguramente, um dos grandiosos desempenhos do ano.



1. Sandra Bullock por Gravidade (Gravity)
Bullock dá tudo de si, física e psicologicamente, e o resultado é uma das interpretações femininas mais fortes de 2013, e em gravidade zero. Ela veste a pele a Ryan Stone, a mulher solitária que odeia o espaço, mas, que ironicamente, fica perdida nele.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Desilusões do Ano #2013

Depois das surpresas, as desilusões de 2013. Tive aqui em conta os filmes para os quais as expectativas se elevaram demasiado para o produto final. Parte das minhas escolhas poderá ser controversa, e, em caso de dúvida, aconselho, claro, a visualização desses títulos para que se tirem as devidas conclusões.

Segue então a listagem das minhas oito desilusões de 2013:


8. Os Miseráveis / Les Misérables
Uma longa-metragem com a dimensão de Os Miseráveis merecia um tratamento à altura, ainda mais quando estamos perante um elenco de peso. Uma obra tantas vezes trabalhada é um desafio e tanto para qualquer realizador e Tom Hooper não revelou ter o estofo necessário.


7. Don Jon
Joseph Gordon-Levitt provou que deve limitar-se apenas ao lado da frente das câmaras. Em Don Jon, o que poderia ser uma sátira divertida mas com conteúdo, perdeu-se numa comédia sem sentido e com moralismos muito pouco sustentados.

6. Guia para um Final Feliz / Silver Linings Playbook
Entre indecisões, amores mais ou menos correspondidos ou irremediavelmente perdidos e sonhos de um final feliz, David O. Russell desperdiça um argumento que jogaria no campo da saúde mental e da sua interferência com a sociabilização, perdendo-se ainda em cenas demasiado longas e desnecessárias, gastando muito tempo com uma história que pouco avança. Apesar de prémios e nomeações, nada de novo.

5. O Passado / Le Passé
Falta união e foco ao mais recente trabalho de Asghar Farhadi. A temática forte, aliada aos planos sempre intimistas do cineasta, mereciam uma concretização muito superior. Assim, O Passado dificilmente volta a ser lembrado.

4. Antes de Meia-noite / Before Midnight
Não sendo fã da trilogia, o segundo filme da história protagonizada por Ethan Hawke e Julie Delpy foi o único que me cativou e fazia antever uma conclusão com mais fôlego. Em Antes da Meia-noite, contudo, o argumento perde-se em mais do mesmo.

3. Ferrugem e Osso / De rouille et d'os
A história dramática da treinadora de orcas interpretada por Marion Cotillard podia ter tudo para vingar e tornar-se um filme singular. Mas Jacques Audiard preferiu optar por outro caminho, apostando no drama atrás de drama, e em um argumento com pouco conteúdo e rebuscado que não se revelou a melhor aposta. O recuperar a vontade de viver por parte da protagonista é alcançado da forma menos provável e, digamos, menos realista.

2. Frances Ha
Noah Baumbach trouxe-nos um filme que retrata o aparente medo de crescer, de ser adulto, coisa que Frances parece querer evitar a todo o custo apesar dos seus 27 anos. A história é divertida, no meio das aventuras e desventuras da protagonista, mas não traz grandes novidades, com o argumento a querer ser muito mas não indo além da curiosidade inicial que desperta. Ao mesmo tempo, a espécie de adoração por uma personagem que não será, de todo, um exemplo de maturidade não é talvez um ponto muito positivo de Frances Ha.

1. Spring Breakers - Viagem de Finalistas
"Sexo, drogas e Britney Spears" podia ser o lema de Spring Breakers. Nem a mais interessante componente técnica desculpa o vazio argumentativo que paira sobre o novo filme de Harmony Korine. Aquilo que poderia ser uma curiosa sátira social deixa-se contagiar por esse mesmo "sonho americano" que critica, numa cultura pop degradada e ilusória, onde perdura um machismo evidente e exagerado.

*a ter em conta os filmes estreados no circuito comercial em Portugal ao longo de 2013.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Surpresas do Ano #2013

Depois dos melhores e piores posters, e, claro, dos melhores filmes do ano, o balanço cinematográfico de 2013 continua, agora fazendo uma breve análise das maiores desilusões e surpresas deste ano*. Começando pelas surpresas, aqui ficam alguns dos títulos, uns mais desconhecidos que outros, que marcaram inesperadamente o ano pela positiva.


10. Velocidade Furiosa 6 / Fast & Furious 6
Puro e descomprometido divertimento foi o que Velocidade Furiosa 6 nos trouxe. Justin Lin regressou e venceu. Sabemos que tudo aquilo a que assistimos é totalmente impossível, irrealista ou exagerado, mas o certo é que vamos gostar e querer mais. Foi uma das boas surpresas do ano e deu um novo fôlego a uma saga que já vai no sexto filme (com o sétimo em preparação, apesar da recente e trágica morte de um dos protagonistas, Paul Walker).


9. Bestas do Sul Selvagem / Beasts of the Southern Wild
Uma grande surpresa que nos trouxe um promissor jovem realizador, Benh Zeitlin, e uma talentosa pequena actriz, Quvenzhané Wallis, a mais jovem de sempre nomeada para o Oscar de Melhor Actriz. Bestas do Sul Selvagem é todo ele harmonia entre uma realidade dura e a fantasia que paira na mente de uma criança muito pouco comum. 


8. Assassinos de Férias / Sightseers
Um inesperado casal é o centro desta longa-metragem repleta de humor negro e sangue, onde a diversão é garantida. Depois de Kill List, Ben Wheatley trouxe-nos uma grande surpresa, e será impossível não simpatizar com estes protagonistas com um feitio tão complicado, porque, afinal, ninguém gosta de má educação.



7. Laurence Para Sempre / Laurence Anyways
Forte, sensível e muito feminino, Laurence Para Sempre é uma história de amor cheia de cor e contra todos os preconceitos. Ao talento de Xavier Dolan na realização, juntam-se as excelentes interpretações de Melvil Poupaud e Suzanne Clément.


6. Virgem Margarida
A emancipação feminina moçambicana foi alcançada após muito sofrimento. Virgem Margarida pretende ser um retrato fiel dessa época, e, tendo em conta os recursos que o realizador Licínio Azevedo tinha disponíveis, o resultado é competente. É impossível perder o interesse na dura realidade destas mulheres, marcada pela morte, dor e desilusão.




5. Os Amantes Passageiros / Los Amantes Pasajeros
A sensação de nonsense é apenas uma fachada. Há muito sarcasmo por detrás de personagens e acontecimentos, e o sentimentalismo aparente não passa de ironia e crítica social. Almodóvar voltou em força às comédias, dividiu opiniões e instalou a polémica. Os Amantes Passageiros foram uma das melhores  e mais divertidas surpresas do ano.



4. Isto é o Fim / This Is the End
Provavelmente, Isto é o Fim será o mais hilariante e descabido filme sobre o fim do mundo. Mas também é verdade que nessa categoria será um dos mais divertidos. James Franco, Jonah Hill, Seth Rogen, Jay Baruchel, Danny McBride e Craig Robinson vestem a sua própria pele (será mesmo?) e juntam-se a outras tantas figuras públicas para apenas e só se divertirem. Entre pecados e redenção, eles querem sobreviver ou pelo menos chegar ao Paraíso. As surpresas sucedem-se até ao último minuto e as gargalhadas não vão parar.



3. Até Ver a Luz
Muito poucos deram por ele nas salas de cinema, mas Até Ver a Luz passou pela Quinzena dos Realizadores, no Festival de Cannes de 2013, e foi, sem Sombra de dúvida, o melhor filme falado em português (e crioulo) do ano. Basil da Cunha tem aqui a sua primeira longa-metragem, intima, com personagens fortes, onde o realismo se alia à fantasia, numa espécie de estado de transe ou alucinação - onde não faltam as superstições -, que não surge, em momento algum, desfasada da narrativa. Até Ver a Luz foi uma excelente surpresa passado numa realidade muito próxima.




2. O Frágil Som do Meu Motor
A primeira longa-metragem de Leonardo António, O Frágil Som do meu Motor, trouxe muitas surpresas e um novo fôlego para um género quase inexistente no cinema português: o thriller. Ao bom elenco, junta-se uma ideia forte que melhor trabalhada poderia ter um resultado excelente. Ainda assim, esta longa-metragem foi uma das que mais se destacaram num ano difícil para o cinema nacional. E para ajudar, o filme tem um dos melhores trailers portugueses dos últimos anos.




1. A Gaiola Dourada / La Cage Dorée
Rir em bom português – e francês – foi a proposta da primeira longa-metragem de Ruben Alves, A Gaiola Dourada. A vida dos emigrantes portugueses em França é-nos apresentada cheia de animação, gargalhadas, mas também muita emoção. A Gaiola Dourada traz consigo um misto de sentimentos, que resultam numa comédia de costumes com uma qualidade acima da média. A longa-metragem francesa foi uma surpresa a todos os níveis e o filme mais visto do ano em Portugal.


*a ter em conta os filmes estreados no circuito comercial em Portugal ao longo de 2013.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os Melhores do Ano: Top 20 [20º-11º] #2013

Muitos foram os filmes que estrearam nas salas nacionais ao longo de 2013. Em jeito de balanço, o Hoje Vi(vi) um Filme apresenta o seu top 20 (sempre tendo em conta a estreias no circuito comercial de cinema português) do que de melhor se fez no cinema.

Aqui ficam os meus eleitos, do 20º ao 11º lugares.


20. Os Nossos Filhos (À perdre la raison), de Joachim Lafosse, 2012

É incrível como Os Nossos Filhos nos consegue fazer sentir compaixão por alguém capaz dos actos mais condenáveis. É necessário entrar na intimidade de uma família para compreender emoções e sentimentos, e o desespero de uma mulher. Uma história chocante, surpreendente e brutal, contada muito subtilmente - afinal, onde está a verdadeira culpa?



19. Ernest & Celestine (Ernest et Célestine), de Stéphane Aubier, Vincent Patar e Benjamin Renner, 2012

Animação tradicional, como já é raro ver, e com os mais fortes valores bem vincados, Ernest & Celestine seduz pela simplicidade e beleza, numa história original de amizade entre um urso e uma rata. Já tinha saudades de um filme de animação assim.



18. Laurence Para Sempre (Laurence Anyways), de Xavier Dolan, 2012

Forte, sensível e muito feminino, Laurence Para Sempre é uma história de amor - próprio e pelo outro - contra todos os preconceitos, que se estende durante alguns anos. Com este surpreendente trabalho, podemos ter a certeza que Xavier Dolan é uma jovem promessa no mundo da realização a quem deveremos estar atentos.



17. O Conselheiro (The Counselor), de Ridley Scott, 2013

Ridley Scott aliou-se a Cormac McCarthy e a um elenco de peso, e contra todas as críticas negativas, o resultado é um filme poderoso com excelentes diálogos e personagens com tanto de interessante como de dúbio. Um filme de mensagem forte e pormenores - alguns deles premonitórios - que o tornam singular e onde nada é o que parece. O Conselheiro prima ainda pela componente técnica e banda sonora - uma das melhores do ano.



16. Vénus de Vison (La Vénus à la fourrure), de Roman Polanski, 2013

Com Vénus de Vison, Roman Polanski volta aos temas fortes onde o poder é o grande motor da acção. O pesadelo dos autores é incorporado por Emmanuelle Seigner que trará ao de cima toda a perversidade escondida numa peça de teatro e na mente de um encenador.



15. China - Um Toque de Pecado (Tian zhu ding), de Zhangke Jia, 2013

Um brutal retrato de uma China desconhecida e contemporânea. China - Um Toque de Pecado é uma desafiante reflexão sobre uma realidade dura, retratada através de quatro histórias.



14. A Caça (Jagten), de Thomas Vinterberg, 2012

A injustiça parte da personagem mais inesperada e de quem nunca alguém irá desconfiar. A Caça inverte os papéis a que todos estamos habituados e confronta-nos com a realidade menos usual: e se uma criança mentir relativamente a abusos sexuais?



13. Blue Jasmine, de Woody Allen, 2013

Woody Allen volta aos dramas profundos, bem ao seu jeito, mas parece estar a ter menos buzz do que o esperado. Blue Jasmine é um excelente mergulho neste mood tão "blue": o "blue" dos olhos de Blanchett - o motor da longa-metragem -, o "blue" do seu estado de espírito a passar por uma forte depressão. As emoções estão à flor da pele em Blue Jasmine que é capaz de fazer rir ou chorar numa fracção de segundos. Bem-vindo de volta, Woody Allen.



12. Raptadas (Prisoners), de Denis Villeneuve, 2013

Uma grande surpresa foi o que Denis Velleneuve trouxe ao cinema em 2013. Raptadas apodera-se de uma simplicidade aparente para criar uma história cheia de reviravoltas mas com o fio condutor mais bem construído dos últimos tempos, num ambiente sombrio e frio, onde o trabalho de fotografia é exemplar. É impossível prever o que se seguirá, mas no final, tudo bate certo e não haverá nem sequer uma ponta solta. Hugh Jackman encarna brilhantemente o desespero de um pai capaz de tudo para encontrar a sua filha.



11. Como um Trovão (The Place Beyond the Pines), de Derek Cianfrance, 2012

Histórias de família é uma vez mais a proposta de Derek Cianfrance. Com mais acção, e longe do que fez em Blue Valentine, mas sem deixar de lado o seu toque autoral, Como um Trovão traz consigo uma história sensível e cheia de amor, onde um filho irá carregar o legado de um pai de quem não guarda memória. A nostalgia e o amor incondicional voltam a dominar, e Cianfrance oferece-nos mais uma obra singular.

domingo, 29 de dezembro de 2013

TOP: 10 Melhores Posters 2013

E depois dos piores, destacam-se agora aqueles que, para o Hoje Vi(vi) um Filme, são os melhores posters nacionais de 2013. Aqui ficam:

10. Noiva Prometida

9. O Frágil Som do Meu Motor

8. Só Deus Perdoa

7. Os Amantes Passageiros

6. Batalha do Pacífico

5. Django Libertado

4. The Master - O Mentor

3. Vénus de Vison

2. A Propósito de Llewyn Davis

1. O Grande Mestre

sábado, 28 de dezembro de 2013

TOP: 10 Piores Posters de 2013

Mais um ano de cinema lá vai, e, com o fim de 2013, é altura de balanços, de destacar os melhores e os piores da Sétima Arte. E antes dos melhores filmes ou actores, o Hoje Vi(vi) um Filme volta a eleger os que para si foram os 10 melhores e 10 piores posters nacionais que pudemos ver um pouco pelos cinemas portugueses ao longo do ano (a ter em conta que apenas contam aqui os filmes estreados no circuito comercial de cinema em Portugal ao longo de 2013).

Comecemos pelos piores. Muitos ficaram de fora, é certo, mas os 10 escolhidos estão neste Top por alguma razão. Seja por se tratar de um filme de grande orçamento que se limitou a fazer uma fraca montagem com as caras das personagens (aí temos, por exemplo, Os Miseráveis), ou por arruinar uma excelente ideia (Regra de Silêncio e a ideia do jornal), por não ser cativante, não dizer absolutamente nada acerca do filme em questão, ou por ser simplesmente ridículo - aqui ficam os 10 piores posters de 2013.

10. Os Miseráveis 

9.  Undisputed III: Redenção

8. Sem Ti

7. Regra de Silêncio

6. Grandes e Lindas

5. Hóspedes Indesejados

4. Bowling - Amigas em Jogo

3. Collider

2. A Deusa

1. Quarta Divisão