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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

segunda-feira, 27 de março de 2017

Sugestão da Semana #265

Das estreias da passada Quinta-feira, o destaque da Sugestão da Semana vai para o filme de ficção científica, Vida Inteligente. Acima de tudo, bom entretenimento. A crítica do Hoje Vi(vi) um Filme pode ser lida aqui.

VIDA INTELIGENTE


Ficha Técnica:
Título Original: Life
Realizador: Daniel Espinosa
Actores: Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson, Ryan Reynolds, Hiroyuki Sanada, Olga DihovichnayaAriyon Bakare
Género: Ficção Científica, Terror, Thriller
Classificação: M/14
Duração: 103 minutos

domingo, 26 de março de 2017

Crítica: Vida Inteligente / Life (2017)

*7/10*

Vida Inteligente apoia-se em ideias desenvolvidas noutros filmes para reinventá-las numa história assustadora sobre a descoberta de vida extraterrestre. No espaço, seis astronautas são as cobaias deste curioso ser trazido de Marte. Nós somos os espectadores aterrorizados e impotentes, que assistem ao crescimento desta vida de outro mundo.

Daniel Espinosa não traz novidades à ficção científica, mas consegue criar um universo cativante, onde o suspense se entranha até aos ossos. Com o seu tom mordaz e muito directo, Vida Inteligente é uma surpresa positiva neste ano cinematográfico.


Conhecemos a história dos seis membros da tripulação da Estação Espacial Internacional no momento em que a mesma se depara com uma das mais importantes descobertas na história da humanidade: a primeira prova da existência de vida extraterrestre em Marte. À medida que a tripulação inicia a pesquisa, os seus métodos acabam por ter consequências indesejadas e a forma de vida mostra ser mais inteligente do que alguma vez esperaram.

Apesar das muitas semelhanças a Alien - O Oitavo Passageiro, Daniel Espinosa não tem qualquer tipo de interesse em esconder a forma deste ser, bem pelo contrário. É fundamental que o vejamos e nos apercebamos da sua espantosa evolução. Mas na génese da sua ideia, Alien tem realmente um papel fundamental para o argumento de Vida Inteligente. O ser extraterrestre é forte e a tripulação teme, com razão, o desconhecido. Por outro lado, no que toca a semelhanças "técnicas", encontramos planos que nos lembram Gravidade, de Alfonso Cuarón. A câmara de Espinosa leva-nos a flutuar pela estação espacial, e o bom trabalho de iluminação é outra característica que recorda o filme protagonizado por Sandra Bullock.


Seamus McGarvey faz um excelente trabalho na direcção de fotografia e a banda sonora de Jon Ekstrand mantém-nos no espaço, numa curiosa sensação de claustrofobia, onde não temos como fugir mesmo que o Universo seja infinito.

Rebecca Ferguson, Jake Gyllenhaal e Ryan Reynolds são três dos seis astronautas que conhecemos em Vida Inteligente e, especialmente os dois primeiros, têm desempenhos competentes. As personagens não são especialmente complexas nem nos dão grande background da sua vida na Terra, à excepção da personagem de Gyllenhaal, a única que nos desperta verdadeiro interesse.


Acima de tudo, Vida Inteligente oferece-nos bom entretenimento, com uma história pouco original, mas, ainda assim, bastante imprevisível. Ao embarcar nesta viagem espacial, a plateia tem de suster a respiração, até ao fim.

domingo, 27 de novembro de 2016

Sugestão da Semana #248

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca Animais Nocturnos, de Tom Ford. Um thriller intenso e brutal, protagonizado por Amy AdamsJake Gyllenhaal. A crítica do Hoje Vi(vi) um Filme pode ser lida ou relida aqui.

ANIMAIS NOCTURNOS


Ficha Técnica:
Título Original: Nocturnal Animals
Realizador: Tom Ford
Actores: Amy Adams, Jake Gyllenhaal, Michael ShannonAaron Taylor-JohnsonIsla FisherArmie Hammer
Género: Drama, Thriller
Classificação: M/16
Duração: 116 minutos

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

LEFFEST'16: Animais Noturnos / Nocturnal Animals (2016)

"Do you ever feel like your life is turning into something you never intended?"

Susan
*9/10*

Estética, montagem e argumento fundem-se num filme uno, sofisticado e marcante. Tom Ford dota de elegância o seu trabalho - não só na moda, mas também no cinema - e, depois de Um Homem Singular, Animais Noturnos segue a mesma linha, num ambiente bem mais obscuro e violento.

A longa-metragem apresenta-nos a Susan (Amy Adams), dona de uma galeria de arte, que se vê assombrada pelo livro do seu ex-marido, um thriller violento que ela interpreta como um conto de vingança cheio de simbologia relacionada com a separação de ambos.

Muito mais do que um história de amor, em que a primeira paixão regressa muitos anos depois, Animais Noturnos é literatura, é moda, é arte, é cinema, é vingança. Uma inquietude insistente teima em nos acompanhar e nós, no fundo, não queremos que ela nos largue.


Animais Noturnos oferece-nos a história principal e aquela que Susan vai lendo, a acção está dentro da acção. Edward (Jake Gyllenhaal), o ex-marido, é o fantasma que assombra as duas narrativas de Animais Noturnos, ele é o motor, a causa, o desencadear de toda a acção. Ele é o passado, o presente e, quem sabe, o futuro de Susan. É a ficção e a realidade.

A construção da acção é certeira ao criar suspense e incerteza a cada momento. As imagens sugam-nos a atenção, são violentas e apaixonantes. E a realidade de Susan, noctívaga, triste, sóbria e elegante, contrasta totalmente com as cores vivas e cheias de Sol do romance que lê. Uma vingança em cores quentes oferecida a uma mulher gelada.


A par da realização, a montagem de Joan Sobel e a direcção de fotografia de Seamus McGarvey fazem um trabalho soberbo. É hipnotizante a forma como McGarvey ilumina as cenas nocturnas, como potencia a pouca luz de que dispõe, captando planos absorventes. A acompanhar as imagens, a banda sonora de Abel Korzeniowski deixa-nos embalados entre a nostalgia e a tensão das leituras e do passado de Susan. Ainda o guarda-roupa e o design de produção estão repletos de exuberância - como as obras de arte com que Susan trabalha -, num esgar irónico do realizador para todo o mundo de aparências que Animais Noturnos critica.

E como tudo é grandioso neste filme, falta falar nos actores. Num elenco cheio de talento e personagens complexas, destaque para Amy Adams, como talvez nunca a tenhamos visto: madura, triste, magoada, solitária, totalmente insatisfeita com as opções que tomou. Vive das aparências que criticava em jovem, entre sonhos desfeitos e assombrada por um passado que não quer lembrar. É com ela que lemos o livro do ex-marido, seguimos as suas reacções, as suas mudanças. Ao seu lado, numa dupla interpretação de tirar o fôlego (tem coleccionado muitas nos últimos anos), Jake Gyllenhaal é Edward e Tony e, em ambos, se entrega de corpo e alma. Entre o homem frágil que clama por vingança e o sensível destroçado que agora regressa à vida de quem o atraiçoou, o actor não descuida nenhum papel. Ainda dignos de nota são Aaron Taylor-Johnson, na pele do marginal doentio Ray, e Michael Shannon, o incansável polícia texano Bobby.


Num mundo de aparências, mentiras e traições, haverá forma de recuperar os erros do passado e alcançar a redenção? Animais Noturnos responde-nos em toda a sua subtil exuberância, na sua crueldade viciante.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sugestão da Semana #142

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana recai sobre Nightcrawler - Repórter na Noite, de Dan Gilroy e com Jake Gyllenhaal num arrepiante papel. A crítica do Hoje Vi(vi) um Filme pode ser lida ou relida aqui.

NIGHTCRAWLER - REPÓRTER NA NOITE


Ficha Técnica:
Título Original: Nightcrawler
Realizador: Dan Gilroy
Actores: Jake Gyllenhaal, Rene Russo, Bill Paxton, Riz Ahmed
Género: Crime, Drama, Thriller
Classificação: M/14
Duração: 117 minutos

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Crítica: Nightcrawler - Repórter na Noite (2014)

"What if my problem wasn't that I don't understand people but that I don't like them?"
Lou Bloom
*8/10*

A monstruosa performance de Jake Gyllenhaal comanda Nightcrawler - Repórter na Noite. Como ele vamos percorrer uma Los Angeles nocturna, entre acidentes, perseguições e crimes sangrentos, em busca do furo perfeito, o mais sensacionalista possível. Com Nightcrawler, Dan Gilroy leva-nos a integrar uma equipa de reportagem liderada por um sádico - ninguém melhor para este trabalho, efectivamente.

Lou Bloom é um homem ambicioso desesperado por conseguir trabalho, que descobre, por acaso, o mundo do crime de Los Angeles. Quando encontra um grupo de freelancers que filmam acidentes, incêndios, assassinatos e outros casos de polícia, Lou entra na mesma perigosa actividade. Ao ver em Nina (Rene Russo), uma veterana do jornalismo sensacionalista de uma televisão local, uma aliada, após uns primeiros trabalhos bem sucedidos, Lou ultrapassa a barreira do observador ao tornar-se protagonista da sua própria história.


Ritmo e emoções fortes não faltam a Nightcrawler - Repórter na Noite. Contudo, quem lhe dá o verdadeiro toque especial é, sem qualquer dúvida, Jake Gyllenhaal na pele do perturbador sociopata Lou Bloom. E quão irónico é este mesmo sociopata vir a fazer as delícias das massas, sedentas de sangue e tragédia. É nesta personagem e na aterradora interpretação do seu actor que reside a magia de Nightcrawler. Gyllenhaal surge aqui visivelmente mais magro, de traços bem vincados, dando a conhecer ao público novas expressões que quase o transfiguram. Desde o início, percebemos que algo está errado com o carácter do protagonista, que o seu discurso é de alguém com dificuldade de conviver socialmente. Vamos repudiar Lou, temê-lo, mas, ao mesmo tempo, queremos que ele vá mais longe, seremos como o seu público que anseia por más notícias sobre outros, afinal, ele é mesmo o nosso protagonista, que seguimos com entusiasmo.

A longa-metragem, escrita e realizada por Gilroy, triunfa por este seu fortíssimo protagonista de má índole, mas igualmente pela acção bem construída, emocionante, que não nos permite desviar os olhos do ecrã, com momentos inteligentes, mesmo que muitos outros sejam francamente previsíveis. Nightcrawler não traz nenhuma história ou feito visual fora do comum, é um bom filme de acção e um assustador retrato do jornalismo sensacionalista  norte-americano - que é provavelmente o mesmo modelo seguido por outros cantos do mundo.


A banda sonora adensa o ambiente sinistro de Nightcrawler, que nos convida a mergulhar na noite de crime, seguindo os rádios da polícia, sempre de câmara na mão, ao lado deste protagonista de arrepiar. Será que estamos a salvo do sensacionalismo desmedido deste lado do ecrã? Uma boa estreia para Dan Gilroy na realização e uma óptima possibilidade para Gyllenhaal conquistar - pelo menos - mais uma nomeação para os Oscars.