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segunda-feira, 7 de junho de 2021

Bafta TV Awards 2021: Vencedores

Já são conhecidos os vencedores dos prémios da televisão britânica, os BAFTA. I May Destroy You destacou-se conquistando os prémios para Melhor Minissérie e Melhor Actriz, entre outros.


Eis a lista de vencedores:

Melhor Série - Drama
Gangs Of London
I Hate Suzie
Save Me Too
The Crown 

Melhor Programa - Comédia
Charlie Brooker’s Antiviral Wipe
Rob & Romesh Vs
The Big Narstie Show
The Ranganation Production

Melhor Performance Feminina - Comédia
Aimee Lou Wood, Sex Education
Daisy Haggard, Breeders
Daisy May Cooper, This Country
Emma Mackey, Sex Education
Gbemisola Ikumelo, Famalam
Mae Martin, Feel Good

Melhor Performance Masculina  - Comédia
Charlie Cooper, This Country
Guz Khan, Man Like Mobeen
Joseph Gilgun, Brassic
Ncuti Gatwa, Sex Education
Paul Ritter, Friday Night Dinner
Reece Shearsmith, Inside No.9

Melhor Programa Internacional
Little America
Lovecraft Country
Unorthodox
Welcome To Chechnya: The Gay Purge (Storyville)

Melhor Actor
Josh O’Connor, The Crown
Paapa Essiedu, I May Destroy You
Paul Mescal, Normal People
Waleed Zuaiter, Baghdad Central

Melhor Actriz
Billie Piper, I Hate Suzie
Daisy Edgar-Jones, Normal People
Hayley Squires, Adult Material
Jodie Comer, Killing Eve
Michaela Coel, I May Destroy You

Melhor Minissérie
Adult Material
I May Destroy You
Normal People

Melhor Actor Secundário
Kunal Nayyar, Criminal: UK
Michael Sheen, Quiz
Rupert Everett, Adult Material
Tobias Menzies, The Crown

Melhor Actriz Secundária
Helena Bonham Carter, The Crown
Leila Farzad, I Hate Suzie
Rakie Ayola, Anthony
Siena Kelly, Adult Material
Sophie Okonedo, Criminal: Uk
Weruche Opia, I May Destroy You

Melhor Série Factual
Crime & Punishment - Channel 4
Hospital - BBC Two
Losing It: Our Mental Health Emergency - Channel 4
Once Upon A Time In Iraq - BBC Two

Melhor Filme para Televisão
Anthony
Bbw (On The Edge)
Sitting In Limbo
The Windermere Children 

Melhor Documentário
American Murder: The Family Next Door
Anton Ferdinand: Football, Racism & Me
Locked In: Breaking The Silence (Storyville)
Surviving Covid 

Melhor Realização - Ficção
Lenny Abrahamson, Normal People 
Benjamin Caron, The Crown (episode 3)
Michaela Coel, Sam Miller, I May Destroy You

Melhor Realização - Factual
Xavier Alford, Locked in: Breaking the Silence (Storyville)
James Bluemel, Once Upon a Time in Iraq
Teresa Griffiths, Lee Miller – A Life on the Front Line
Deeyah Khan, America’s War on Abortion (Exposure)

Podes consultar a lista completa de vencedores em https://www.bafta.org/television/awards/tv-2021.

sábado, 1 de maio de 2021

Bafta TV Awards 2021: Os Nomeados

Os nomeados para os prémios da televisão britânica, os BAFTA, foram anunciados esta semana. Small Axe, de Steve McQueen, lidera as nomeações.


Eis os nomeados nas principais categorias:

Melhor Série - Drama
Gangs Of London
I Hate Suzie
Save Me Too
The Crown 

Melhor Programa - Comédia
Charlie Brooker’s Antiviral Wipe
Rob & Romesh Vs
The Big Narstie Show
The Ranganation Production

Melhor Performance Feminina - Comédia
Aimee Lou Wood, Sex Education
Daisy Haggard, Breeders
Daisy May Cooper, This Country
Emma Mackey, Sex Education
Gbemisola Ikumelo, Famalam
Mae Martin, Feel Good

Melhor Performance Masculina  - Comédia
Charlie Cooper, This Country
Guz Khan, Man Like Mobeen
Joseph Gilgun, Brassic
Ncuti Gatwa, Sex Education
Paul Ritter, Friday Night Dinner
Reece Shearsmith, Inside No.9

Melhor Programa Internacional
Little America
Lovecraft Country
Unorthodox
Welcome To Chechnya: The Gay Purge (Storyville)

Melhor Actor
Josh O’Connor, The Crown
Paapa Essiedu, I May Destroy You
Paul Mescal, Normal People
Waleed Zuaiter, Baghdad Central

Melhor Actriz
Billie Piper, I Hate Suzie
Daisy Edgar-Jones, Normal People
Hayley Squires, Adult Material
Jodie Comer, Killing Eve
Michaela Coel, I May Destroy You

Melhor Minissérie
Adult Material
I May Destroy You
Normal People

Melhor Actor Secundário
Kunal Nayyar, Criminal: UK
Michael Sheen, Quiz
Rupert Everett, Adult Material
Tobias Menzies, The Crown

Melhor Actriz Secundária
Helena Bonham Carter, The Crown
Leila Farzad, I Hate Suzie
Rakie Ayola, Anthony
Siena Kelly, Adult Material
Sophie Okonedo, Criminal: Uk
Weruche Opia, I May Destroy You

Melhor Série Factual
Crime & Punishment - Channel 4
Hospital - BBC Two
Losing It: Our Mental Health Emergency - Channel 4
Once Upon A Time In Iraq - BBC Two

Melhor Filme para Televisão
Anthony
Bbw (On The Edge)
Sitting In Limbo
The Windermere Children 

Melhor Documentário
American Murder: The Family Next Door
Anton Ferdinand: Football, Racism & Me
Locked In: Breaking The Silence (Storyville)
Surviving Covid 

Melhor Realização - Ficção
Lenny Abrahamson, Normal People 
Benjamin Caron, The Crown (episode 3)
Michaela Coel, Sam Miller, I May Destroy You

Melhor Realização - Factual
Xavier Alford, Locked in: Breaking the Silence (Storyville)
James Bluemel, Once Upon a Time in Iraq
Teresa Griffiths, Lee Miller – A Life on the Front Line
Deeyah Khan, America’s War on Abortion (Exposure)

Podes consultar a lista completa de nomeados em https://www.bafta.org/television/awards/tv-2021.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Crítica: Small Axe: Education (2020), de Steve McQueen

*6/10*

Education é o quinto e último capítulo da minissérie Small Axe, de Steve McQueen. Depois de Mangrove, Lovers Rock, Red, White and Blue e Alex Wheatle, Education encerra a antologia de filmes sobre a comunidade das Índias Ocidentais em Londres, entre os anos 60 e 80.
 
Desta vez, somos apresentados a "Kingsley, de 12 anos, um menino com um fascínio por astronautas e foguetes. Quando Kingsley é chamado ao escritório do director por destabilizar a turma, fica chocado ao descobrir que vai ser transferido para uma escola para pessoas com 'necessidades especiais'. Ocupados a trabalhar em dois empregos, os pais não sabiam que existia uma política de segregação não oficial, que impedia a muitas crianças negras, de terem a educação que mereciam - até que um grupo de mulheres das Índias Ocidentais resolve o problema por conta própria".


Mais uma vez a discriminação e o preconceito intrincado na sociedade britânica são o foco da longa-metragem, desta vez direccionada para o ambiente escolar e a falta de oportunidades de aprendizagem para as crianças negras nas instituições de ensino. O desinteresse e constante antipatia de professores - e alguns alunos - é espelhado em Education, que revela o método pouco ortodoxo de como algumas escolas rotulavam estas crianças como tendo necessidades especiais. E McQueen é directo e cru ao retratar no grande ecrã o funcionamento destas "escolas" sem dedicação ou regras.

Steve McQueen enaltece, principalmente, as mulheres que quiseram mudar este regime, o qual predestinava as crianças negras ao insucesso escolar - e, posteriormente, profissional - e souberam fazer-se ouvir junto das famílias. Foi fundamental que as crianças pudessem ambicionar chegar mais longe, muito além das fronteiras que a sociedade britânica lhes impunha. Kingsley poderia finalmente sentir-se livre para seguir o seu sonho de chegar ao espaço.

Com Education, Steve McQueen encerra a antologia de filmes em que denunciou e deu a conhecer as dificuldades pelas quais as comunidades das Índias Ocidentais passaram, ao longo de várias décadas, numa Londres racista e injusta. Cinco filmes que testemunham a superação e a luta constante pela igualdade de oportunidades e de tratamento, numa sociedade retrógrada e humilhante.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Crítica: Small Axe - Alex Wheatle (2020), de Steve McQueen

*6/10*

Alex Wheatle é o quarto episódio da minissérie Small Axe, de Steve McQueen. O filme biográfico apresenta-nos a história verídica do escritor Alex Wheatle, desde a infância ao início da vida adulta.

"Depois de passar a infância num asilo institucional predominantemente branco, sem amor ou família, ele encontra pela primeira vez um sentido de comunidade em Brixton, assim como a descoberta da sua identidade e paixão pela música, tornando-se DJ. Ao ser preso durante a Revolta de Brixton de 1981, ele confronta o passado e vê um caminho para a cura."

O racismo intrínseco das instituições londrinas dos anos 70 e 80 volta a estar no centro desta longa-metragem de Steve McQueen. Seja pela polícia, seja na escola ou no orfanato, Alex é maltratado, injustiçado e subjugado. Apenas quando chega a Brixton a sua identidade começa a formar-se, com todos os erros e lições de vida que isso acarreta. É a partir da prisão que conhecemos a sua história,  através de vários flashbacks ao longo do filme, enquanto a recorda e relata ao seu colega de cela.

O estreante Sheyi Cole interpreta o protagonista, incorporando, com talento, as diversas mudanças na forma de estar, vestir, andar e até falar - uma estreia auspiciosa. A revolta transforma-se em vontade de crescer intelectualmente e compreender a sua própria origem e História.


Alex Wheatle não será o mais dinâmico filme desta antologia, mas traz-nos mais um testemunho real e brutal, destacando a perseverança e a vontade de vingar e percorrer os sonhos. Eis também uma oportunidade para conhecer melhor o premiado escritor e a sua obra.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Crítica: Small Axe - Red, White and Blue (2020), de Steve McQueen

*7/10*

Red, White and Blue é o terceiro episódio da antologia Small Axe, de Steve McQueen, uma longa-metragem que se foca num protagonista real, Leroy Logan, e na luta que travou para alcançar o sonho de ser polícia.

"O filme conta a verdadeira história de Leroy Logan, um jovem cientista forense que deseja fazer mais para além do seu trabalho de laboratório solitário. Quando vê o pai a ser agredido por dois polícias, relembra a sua ambição de infância de se tornar polícia - algo criado pela esperança ingénua de querer mudar atitudes racistas. Primeiro, Leroy tem que enfrentar as consequências da desaprovação do pai, assim como o racismo flagrante que encontra no seu novo papel de polícia desprezado, mesmo sendo um exemplo na Força Policial Metropolitana."


Regressamos às histórias reais e à relação da polícia com a população afro-caribenha (e não só) em Londres. A violência, o racismo e a revolta regressam ao ecrã, através da câmara de McQueen. John Boyega tem uma prestação segura e uma forte presença como Leroy Logan, ao lado de Steve Toussaint, o pai intransigente.

O preconceito em redor do jovem revelou-se da parte do pai que sempre quis que ele estudasse e que tem a surpresa da sua vida ao saber que o filho quer ser polícia - mesmo com estudos superiores -, mas igualmente da Polícia que achava que um negro não deveria ter um lugar fulcral na instituição. A força de vontade de Leroy levou-o a querer provar, tanto à família como aos colegas e superiores, que mesmo perante todas as adversidades, devemos lutar pelos nossos sonhos - por mais irrealistas que possam parecer.

Leroy queria que a polícia pudesse ter nos seus oficiais negros - e estrangeiros - uma forma de melhor compreender a população dos bairros onde actuavam, acabando, consequentemente, com o racismo institucionalizado e com os abusos policiais. As injustiças que vivenciou foram ficcionadas por Steve McQueen em Red, White and Blue, onde há uma sequência de perseguição entusiasmante e alguns planos que nos fazem sentir a presença do realizador apelando à ascensão do protagonista e da comunidade. Mais um exemplo de esperança e perseverança. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Crítica: Small Axe - Lovers Rock (2020), de Steve McQueen

*8.5/10*


Lovers Rock é o segundo filme da colecção Small Axe, de Steve McQueen. Desta vez, o ambiente é de celebração, com muito reagge, amor e alguns abusos.

A longa-metragem "conta uma história fictícia de amor jovem numa festa de Blues, em 1980. O filme é uma ode ao género musical reggae romântico chamado Lovers Rock e à juventude negra que encontrou liberdade e amor na música que ouvia nas festas em Londres, quando não era bem-vinda em discotecas 'brancas'."

Steve McQueen apresenta-nos agora um filme cheio de personalidade e garra, com um argumento simples mas uma atmosfera poderosa e, principalmente, inebriante. Através da lente do realizador, somos contagiados pela festa, pelas danças, pelas roupas, pela música, qual viagem no tempo cinematográfica - sem contudo deixar de tocar subtilmente em alguns dos problemas da comunidade, seja o racismo, a pobreza ou a violência.

Direcção artística, guarda-roupa e caracterização fazem um trabalho soberbo ao colocar-nos nesta realidade distante espaciotemporal. Ao mesmo tempo, o elenco proporciona-nos interpretações talentosas de actores em ascensão, com destaque para o casal protagonista: Amarah-Jae St. Aubyn e Micheal Ward.

Das jovens paixões avassaladoras, aos enganos, invejas, mas também com solidariedade e amizade, Lovers Rock é de uma beleza imensa, e uma obra de singular criatividade da parte do realizador.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Crítica: Small Axe - Mangrove (2020), de Steve McQueen

*6.5/10*

Small Axe é o conjunto de cinco filmes de Steve McQueen, com histórias independentes entre si, mas todos com uma temática comum: a comunidade das Índias Ocidentais em Londres, do final dos anos 1960 até meados dos anos 1980.

Mangrove é a primeira longa-metragem desta colecção, e baseia-se em acontecimentos reais.

"O filme centra-se em Frank Crichlow (Shaun Parkes), dono do restaurante caribenho Mangrove de Notting Hill, uma animada base comunitária para moradores, intelectuais e activistas. Durante um período de terror racista, a polícia local invadia Mangrove constantemente, levando Frank e a comunidade local a irem para as ruas num protesto pacífico em 1970. Quando nove homens e mulheres, incluindo Frank, a líder do Movimento dos Panteras Negras britânicos, Altheia Jones-LeCointe (Letitia Wright) e o activista, Darcus Howe (Malachi Kirby), são presos injustamente e acusados ​​de incitação a tumultos, segue-se um julgamento mediático, levando a uma vitória difícil para aqueles que lutam contra a discriminação."

Um início cheio de poder para esta antologia cinematográfica de McQueen. Mangrove é um hino anti-discriminação e anti-racismo. Um filme que clama justiça e igualdade perante a Lei e a Sociedade, Mangrove é mais uma denúncia da História vergonhosa que perdurou nos países colonizadores, mesmo depois da independência das colónias.

A corrupção da polícia de Notting Hill, as detenções ilegais e o clima de horror que se vivia nas ruas e dentro do restaurante de Frank Crichlow são captadas com realismo pela câmara do realizador. A preparação do julgamento, as reuniões da defesa - com tantas opiniões distintas sobre qual a melhor forma de agir perante o juiz conservador -, a tentativa de reunir um júri totalmente negro, os depoimentos em tribunal, alegações e todas as tensões que se geraram ao longo de várias semanas de julgamento, tudo é exemplarmente reconstituído em Mangrove.

Um elenco competente e cheio de emoção - com nomes como Shaun ParkesLetitia Wright, Malachi Kirby, Rochenda Sandall, etc. - em muito contribuiu para o resultado final do filme.

Um início empoderador para os capítulos que se seguem de Small Axe.