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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

MOTELx'15: Entrevistas - Bernardo Lima (Insónia)

MOTELx começa já no dia 8 de Setembro e para o Prémio MOV MOTELx – Melhor Curta de Terror Portuguesa 2015, o único galardão do festival, estão a concorrer 10 curtas-metragens nacionais: A Tua Plateia, de Óscar FariaAndlit, de João Teixeira FigueiraErmida, de Vasco EstevesGasolina, de João TeixeiraInsónia, de Bernardo LimaMiami, de Simão Cayatte, Efeito Isaías, de Ramón de los SantosO Tesouro, de Paulo AraújoThe Bad Girl, de Ricardo Machado, The Last Nazi Hunter 2, de Carlos Silva.


Bernardo Lima é o entrevistado que se segue, aqui pelo Hoje Vi(vi) um Filme. O realizador fala-nos da sua curta-metragem Insónia.

A noite é muitas vezes o cenário ideal para um filme de terror. Insónia não foge à regra. O que pode o público esperar deste filme?
Bernardo Lima: Pessoalmente, gosto muito da “incerteza psicológica” da noite. Pareceu-me desde cedo o setting ideal para a história que queria contar. O público pode esperar um thriller de ação com elementos subversivos. Se os espectadores tiverem uma reação visceral, alcancei o meu objetivo.

Como surgiu a ideia de filmar Insónia?
B.L.: Insónia foi o meu projeto final de mestrado em cinema. Na altura, quem quisesse assumir a posição de realizador tinha de escrever um argumento e apresentá-lo perante o orientador da disciplina e os colegas. Após alguma procrastinação, apresentei finalmente a minha ideia. Deu-se então um processo de votação através do qual foram escolhidos três argumentos para serem realizados, entre eles o Insónia. Durante a pré-produção, o argumento foi-se alterando e a história tornou-se cada vez mais abstrata. Posso dizer que o produto final difere consideravelmente da primeira ideia que apresentei em aula.

Como foi trabalhar com Nuno Pardal?
B.L.: Foi ótimo. O Nuno é um excelente ator e uma pessoa muito acessível e recetiva. Espero vir a ter a oportunidade de colaborar novamente com ele.

Qual é para o Bernardo a importância de estar entre os seleccionados de 2015 para o Prémio MOV MOTELx? E o que o levou a submeter o seu filme?
B.L.: Fazer um filme é um processo muito complexo. Acho que poucas pessoas conseguem compreender o esforço e dedicação que são necessários, especialmente quando há poucos recursos. Este projeto consumiu-me por completo, ao ponto de obsessão. Submeter o filme para um festival foi assim uma tentativa de validação, de ver todo esse esforço reconhecido de alguma forma. Fiquei muito contente ao receber a notícia e revigorou a minha vontade de fazer filmes. 

Qual o papel dos festivais de cinema no campo da divulgação do cinema nacional? Que mais pensa que pode ser feito neste campo?
B.L.: A verdade é que não existe um mercado para curtas-metragens em Portugal. Os festivais são a única plataforma que permite a divulgação deste tipo de trabalhos. O MOTELx, em particular, parece-me muito focado em estimular a produção cinematográfica em Portugal e tenho esperança que mais festivais adotem essa postura no futuro.


Sinopse
Um homem solitário vagueia pela noite, tentando combater o vazio. Depois de se cruzar com uma mulher em apuros, acaba arrastado para um submundo violento. 

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