terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Crítica: Big Hero 6 - Os Novos Heróis (2014)


"On a scale of 1 to 10, how would you rate your pain?"
Baymax


*7.5/10*

A emoção alia-se à acção na nova animação da Disney. Big Hero 6 - Os Novos Heróis faz-nos acompanhar as aventuras de Hiro Hamada e dos seus amigos que, com a ajuda muito especial do robot Baymax, vão provar como juntos podem tornar-se heróis.

A todas as características que nos encantam nos filmes da Disney, junta-se a acção e os super-heróis - o filme é inspirado numa banda desenhada da Marvel -, e o resultado é o divertido Big Hero 6 - Os Novos Heróis. Num futuro alternativo, na cidade de São Fransokyo (que combina São Francisco e Tóquio), Hiro Hamada é um menino prodígio que, com apenas 14 anos, ambiciona entrar na universidade para estudar robótica. Após apresentar um revolucionário projecto, uma tragédia acontece e Hiro vê-se envolvido numa trama perigosa. Para enfrentar os perigos que se avizinham, conta com a ajuda do robot Baymax e de um grupo de amigos - especialmente inteligentes -, que terá de transformar em heróis de alta tecnologia.

Se, por um lado, os valores da Disney se mantêm bem presentes neste filme - a amizade, a morte, a luta pelo bem e os momentos que apelam à lágrima -, por outro, estranhamos as sequências de acção, munidas de armas tecnológicas curiosas, num convite para que o espectador - mais jovem ou mais velho - queira interessar-se pelas leis da física, química e tecnologia, e com um vilão à altura dos filmes de imagem real da Marvel. E se as aventuras tecnológicas (que vão cativar os fãs de acção) podem não agradar ao público mais fiel da Disney, o lado mais emocional consegue compensar as inúmeras perseguições, explosões e armas.


O grande trunfo de Big Hero 6 - Os Novos Heróis é, no entanto, Baymax, o robot inexpressivo e de traços muito simples - um "balão-homem", como diz a certo momento o polícia -, que se revela um companheiro para todos os instantes, ingénuo e compreensivo, que proporciona os melhores momentos de humor do filme, bem como os mais emotivos. Por seu lado, Hiro, destemido e muito inteligente, vai conquistar-nos facilmente, em conjunto com os seus amigos "nerds" (Gogo, Honey, Wasabi e o divertido Fred), uns mais corajosos que outros, mas todos eles surpreendentes (e fiquem até ao fim dos créditos, por favor).

O humor certeiro (a versão portuguesa está de parabéns pelo bom trabalho), algumas falas memoráveis e uma mascote robótica que ficará para a História, marcam a mais recente animação da Disney, com a corajosa decisão de associação à Marvel e a uma dinâmica diferente do habitual, mas mantendo bem no âmago o espírito que sempre a caracterizou. 

1 comentário:

Sam disse...

Os momentos em que se limita às cenas made by Marvel de acção são mesmo o ponto menos forte do filme.

Quanto à emoção — e que bem referes —, é de salientar e admirar como os animadores da Disney continuam (sobretudo, depois de WALL-E) a conseguir exibir tantas emoções no rosto e movimentos de personagens aparentemente "inexpressivas".

Cumps cinéfilos :*