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terça-feira, 15 de outubro de 2024

Queer Porto 10: Vencedores

O Queer Porto 10 terminou este Sábado, dia 12 de Outubro, e já são conhecidos os premiados desta edição. El Polvo, de Nicolás Torchinsky, foi o vencedor da Competição Oficial.

Eis a lista completa de Palmarés:

COMPETIÇÃO OFICIAL

Melhor Filme: El Polvo / Dust, Nicolás Torchinsky (Argentina, 2023, 73’) 

Menção Especial: Lesvia, Tzeli Hadjidimitriou (Greece, 2024, 78’) 

Prémio do Público: Salão de Baile / This Is Ballroom, Juru, Vitã (Brazil, 2024, 92’)  


PRÉMIO CASA COMUM

Melhor Filme: Spillovers, Ritó Natálio (Portugal, 2024, 9’) 

Menção Especial: Carta ao Pai / Letter to Dad, Rafael Ferreira (Portugal, 2023, 10’) 


Mais informações sobre o Queer Porto e o Queer Lisboa em https://queerlisboa.pt/.

domingo, 15 de outubro de 2023

Queer Porto 9: Vencedores

O Festival Internacional de Cinema Queer - Queer Porto anunciou os vencedores da sua 9.ª edição na Sessão de Encerramento, este Sábado à noite, no Batalha Centro de Cinema. 

Kenya, Entre a Luz e o NadaDildotectónica foram os grandes premiados.


COMPETIÇÃO OFICIAL

Melhor Filme

Kenya, Gisela Delgadillo (México, 2022, 90’) 


Menção Especial

Carvão / Charcoal, Carolina Markowicz (Brasil, Argentina, 2022, 107’) 


Prémio do Público

Kenya, Gisela Delgadillo (México, 2022, 90’) 


PRÉMIO CASA COMUM

Melhor Filme

Entre a Luz e o Nada / Between Light and Nowhere, Joana de Sousa (Portugal, 2022, 20’)


Prémio do Público

Dildotectónica / Dildotectonics, Tomás Paula Marques (Portugal, 2023, 16’)


A 10ª edição do Queer Porto está marcada para Outubro de 2024.

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Queer Porto 9 leva 40 filmes ao Batalha Centro do Cinema, de 10 a 14 de Outubro

O Queer Porto 9 chega ao Batalha Centro de Cinema entre os dias 10 e 14 de Outubro, com 40 filmes. Entre as temáticas presentes na programação estão as "questões de discriminação de raça, etnia, identidade sexual e de género", numa edição "com expressiva presença feminina".

O júri da Competição Oficial é formado pela produtora da RTP Isabel Correia, pelo performer e educador Dori Nigro e pela artista e realizadora Tânia Dinis. A "secção volta a combinar ficção e documentário com o intuito de compreender as realidades dos indivíduos e comunidades queer". Entre os títulos que compõem esta competição encontram-se: Carvão, La Amiga de Mi Amiga, Kenya ou Vicente Ruiz – A Tiempo Real.

O Prémio Casa Comum lança um olhar sobre o panorama do cinema queer nacional em curta-metragem. Destaque para DildotectónicaDias de Cama, Mátria e A Minha Raiva É Underground. O júri desta secção é composto pela socióloga Paula Guerra e por Susana Serro, da Unidade de Cultura da Reitoria da Universidade do Porto. 

O Queer Focus conta com Entre Duas Culturas, ALTAR. Cruzando Fronteras, Building Bridges, Ana Mendieta: Fuego de Tierra e The Hearing. Dois filmes desta secção e um documentário das Sessões Especiais serão complementados por conversas. À exibição de ALTAR. Cruzando Fronteras, Building Bridges segue-se uma conversa entre a sua realizadora, Paola Zaccaria, "e a curadora Isabeli Santiago; a projecção de The Hearing será acompanhada por uma conversa com a Dra. Isabel Almeida Rodrigues, Secretária de Estado da Igualdade e Migrações; e a escritora e pesquisadora Hannah Bastos participará numa conversa sobre a obra e figura da teórica bell hooks, no seguimento da exibição do documentário sobre a autora de Tudo do Amor".

La Amiga de Mi Amiga

Para celebrar após as sessões de cinema, estão marcadas duas festas: uma de Abertura e outra de Encerramento, no Bar of Soap e no Maus Hábitos, respectivamente.


QUEER PORTO 9 / Programa completo

NOITE DE ABERTURA

Tudo o que Você Podia Ser / All that You Could Be, Ricardo Alves Jr. (Brasil, 2023, 83’) 


NOITE DE ENCERRAMENTO

Commitment to Life, Jeffrey Schwarz (EUA, 2023, 115’)


COMPETIÇÃO OFICIAL

A Hawk as Big as a Horse, Sasha Kulac (França, 2022, 76’) 

La Amiga de Mi Amiga / Girlfriends and Girlfriends, Zaida Carmona (Espanha, 2022, 89’)

Carvão / Charcoal, Carolina Markowicz (Brasil, Argentina, 2022, 107’) 

Des garçons de province / Smalltown Boys, Gaël Lépingle (França, 2022, 84’)

Dos Estaciones, Juan Pablo González (México, França, EUA, 2022, 99’)

Kenya, Gisela Delgadillo (México, 2022, 90’) 

The Last Year of Darkness, Ben Mullinkosson (China, EUA, 2023, 95’)

Vicente Ruiz - A Tiempo Real / Vicente Ruiz - In Real Time, Matías Cardone, Julio Jorquera (Chile, 2022, 63’)


PRÉMIO CASA COMUM

Apontamentos de Curva_Correnteza / In Curve Notes_Stream, Flavia Regaldo (Portugal, 2022, 7’)

Dias de Cama / Bed Days, Tatiana Ramos (Portugal, 2023, 20’) 

Dildotectónica / Dildotectonics, Tomás Paula Marques (Portugal, 2023, 16’)

Entre a Luz e o Nada / Between Light and Nowhere, Joana de Sousa (Portugal, 2022, 20’) 

Land Song, Inês Ariana Pereira (Portugal, 2022, 8’) 

Mátria, Catarina Gonçalves (Portugal, 2023, 26’) 

A Minha Raiva É Underground / My Rage Is Underground, Francisca Antunes (Portugal, 2023, 13’) 

Tidy Bed, Danilo Bastos Godoy (Portugal, Alemanha, Brasil, 2023, 15’) 


SESSÕES ESPECIAIS

bell hooks: Cultural Criticism & Transformation, Sut Jhally (EUA, 1997, 66’)

Feminism WTF, Katharina Mückstein (Áustria, 2023, 90’) 

Music Is My Boyfriend, Robert Kennedy (Canadá, 2022, 40’)

Un prince / A Prince, Pierre Creton (França, 2023, 82’) 

 

QUEER FOCUS: “Entre Duas Culturas”

ALTAR. Cruzando Fronteras, Building Bridges, Daniele Basilio, Paola Zaccaria (Itália, 2009, 53’)

Ana Mendieta: Fuego de Tierra, Kate Horsfield, Nereyda Garcia-Ferraz (EUA, 1987, 49’)

The Hearing, Lisa Gerig (Suíça, 2023, 81’)


RETROSPECTIVA: “No Present. No Future. No Wave.”

A Skinny Little Man Attacked Daddy, Vivienne Dick (Reino Unido, 1994, 23’)

Beauty Becomes the Beast, Vivienne Dick (EUA, 1979, 41’)

Black Box, Beth B, Scott B (EUA, 1979, 20’)

Empty Suitcases, Bette Gordon (EUA, 1980, 52’)

Guerillère Talks, Vivienne Dick (EUA, 1978, 25’)

The Irreducible Difference of the Other, Vivienne Dick (Irlanda, 2013, 27’)

Liberty’s Booty, Vivienne Dick (EUA, 1980, 48’)

Like Dawn to Dust, Vivienne Dick (EUA, 1983, 7’)

Lydia Lunch: the War Is Never Over, Beth B (EUA, 2019, 75’)

New York Conversations, Vivienne Dick (Reino Unido, 1990, 21’)

New York Our Time, Vivienne Dick (Irlanda, 2020, 79’)

Red Moon Rising, Vivienne Dick (Irlanda, 2015, 15’)

Rome ’78, James Nares (EUA, 1978, 82’)

She Had Her Gun All Ready, Vivienne Dick (EUA, 1978, 28’)

Staten Island, Vivienne Dick (EUA, 1978, 6’)


CONVERSAS

Conversa com Hannah Bastos

Conversa com Isabel Almeida Rodrigues - SEIM

Conversa com Paola Zaccaria & Isabeli Santiago


FESTAS

Festa de Abertura - 10 outubro, Bar of Soap (22h-02h)

Festa de Encerramento - 14 outubro, Maus Hábitos (00h-06h)

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Queer Lisboa e Queer Porto anunciam retrospectivas para 2023

O Queer Lisboa e o Queer Porto revelaram as retrospectivas das edições de 2023. Yvonne RainerVivienne Dick são os nomes em foco.

A 27.ª edição do Queer Lisboa acontece no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, entre os dias 22 e 30 de Setembro. Já o Queer Porto, na sua 9.ª edição, tem lugar no Batalha - Centro de Cinema, Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto e no Maus Hábitos, de 10 a 14 de Outubro.

Tornar-se Yvonne Rainer é a retrospectiva do Queer Lisboa, dedicada à norte-americana Yvonne Rainer (São Francisco, 1934), em colaboração com a Cinemateca Portuguesa. "Coreógrafa, bailarina e cineasta, Rainer é pioneira do movimento de vanguarda norte-americano, com uma carreira de mais de cinco décadas na dança e no cinema. Embora esta sua faceta seja menos conhecida, a artista é amplamente considerada uma das personalidades mais influentes da vanguarda do cinema feminista queer, com um trabalho que enfatiza o experimentalismo e que desafia formas convencionais na exploração de questões sociais, políticas e de género".

As suas sete longas-metragens, recentemente restauradas pelo MoMA – Museum of Modern Art, com o apoio da The Celeste Bartos Fund for Film Preservation, e distribuídas pela Zeitgeist Film em parceria com a Kino Lorber, abordam temáticas provocadoras, de perspectivas inovadoras que ampliam os cânones do cinema contemporâneo. Nos seus primeiros filmes, Lives of Performers (1972) e Film about a Woman Who... (1974), Rainer "desenvolve uma análise performativa da mulher como sujeito, cuja complexa posição social incorpora um potencial transformativo"; em Kristina Talking Pictures (1976) e The Man Who Envied Women (1985) continua a abordagem a "temas relacionais, focando a natureza das relações românticas". Em 1980, com Journeys from Berlin/1971, através da utilização de de várias sessões psiquiátricas como dispositivo narrativo, "explora as ramificações do terrorismo, evocando experiências de poder e repressão". As últimas duas longas da artista, Privilege (1990) e Murder and Murder (1996), são "reflexões ousadas sobre o envelhecimento, a doença e a identidade sexual".

Para além dos filmes realizados por Rainer, a retrospectiva integra ainda dois documentários sobre a sua trajetória: Feelings Are Facts: the Life of Yvonne Rainer, de Jack Walsh; e Rainer Variations, de Charles Atlas. O programa conta ainda com um debate sobre a obra da artista homenageada, em parceria com a BoCA - Bienal of Contemporary Arts, com convidades a anunciar brevemente e que terá lugar igualmente na Cinemateca Portuguesa.

No Queer Porto, a retrospetiva No Present. No Future. No Wave. dedica-se ao movimento No Wave nova-iorquino e terá um foco especial na obra da cineasta irlandesa Vivienne Dick, que marca presença no Porto durante o festival. "Vivienne Dick abandona a Irlanda rumo a Nova Iorque durante os anos 70, onde descobre o universo social e cultural da vanguarda da cidade. Mapeando-o em Guerillère Talks (1978) e em She Had Her Gun All Ready (1978), a autora retrata questões relacionadas com a identidade feminina e as normas sociais de género". Beauty Becomes the Beast (1979) e Liberty’s Booty (1980) voltam a questionar a posição da mulher face às estruturas patriarcais. New York Conversations (1990) e New York Our Time (2020) "criam uma justaposição da materialidade da cidade, como foi e como se transformou. Fora da boémia urbana, desenvolve estéticas mais poéticas a partir dos espaços onde cresceu, no poderoso retrato familiar A Skinny Little Man Attacked Daddy (1994)". Em dois dos seus filmes mais recentes, Red Moon Rising (2015) e The Irreducible Difference of the Other (2013), Vivienne Dick propõe um "questionamento existencial num mundo orientado para a guerra e o consumo".

A retrospectiva quer pôr em diálogo o cinema de Dick com filmes de outras cineastas da época, como Bette Gordon e Beth B, ou figuras proeminentes como Nan Goldin ou Lydia Lunch. A vida artística de Lydia Lunch é retratada no documentário Lydia Lunch: the War Is Never Over (2019), realizado por Beth B que, em conjunto com Scott B, assina também Black Box (1979), protagonizado também por Lunch. Empty Suitcases (1980), de Bette Gordon, "navega os conflitos sociais e económicos de uma mulher através da desconstrução da imagem e da linguagem"; Rome ’78 (1978), de James Nares, "simula uma vida romana improvisada no que talvez seja o manifesto mais seminal do movimento".

O Queer Lisboa já tinha anunciado a longa-metragem Arrête avec tes mensonges, de Olivier Peyon, incluída na Secção Panorama. No âmbito desta sessão e em parceria com o programa MaisFRANÇA, o escritor da novela na origem do filme, Philippe Besson, marcará presença no festival para uma conversa. 

FILMES ANUNCIADOS NO QUEER LISBOA 27:

RETROSPECTIVA: Tornar-se Yvonne Rainer

Feelings Are Facts: the Life of Yvonne Rainer, Jack Walsh (EUA, 2015, 83’)

Film about a Woman Who…, Yvonne Rainer (EUA, 1974, 105’)

Journeys from Berlin/1971, Yvonne Rainer (EUA, Reino Unido, antiga RFA, 1980, 125’)

Kristina Talking Pictures, Yvonne Rainer (EUA, 1976, 90’)

Lives of Performers, Yvonne Rainer (EUA, 1972, 90’)

The Man Who Envied Women, Yvonne Rainer (EUA, 1985, 125’)

Murder and Murder, Yvonne Rainer (EUA, 1996, 113’)

Privilege, Yvonne Rainer (EUA, 1990, 103’)

Rainer Variations, Charles Atlas (EUA, 2002, 42’)

* Debate: Yvonne Rainer: cinema e dança - em parceria com a BoCA


PANORAMA

Arrête avec tes mensonges / Lie with Me, Olivier Peyon (França, 2022, 98’)


FILMES ANUNCIADOS NO QUEER PORTO 9:

RETROSPETIVA: No Present. No Future. No Wave.

A Skinny Little Man Attacked Daddy, Vivienne Dick (Reino Unido, 1994, 23’)

Beauty Becomes the Beast, Vivienne Dick (EUA, 1979, 41’)

Black Box, Beth B, Scott B (EUA, 1979, 20’)

Empty Suitcases, Bette Gordon (EUA, 1980, 52’)

Guerillère Talks, Vivienne Dick (EUA, 1978, 25’)

The Irreducible Difference of the Other, Vivienne Dick (Irlanda, 2013, 27’)

Liberty’s Booty, Vivienne Dick (EUA, 1980, 48’)

Like Dawn to Dust, Vivienne Dick (EUA, 1983, 7’)

Lydia Lunch: the War Is Never Over, Beth B (EUA, 2019, 75’)

New York Conversations, Vivienne Dick (Reino Unido, 1990, 21’)

New York Our Time, Vivienne Dick (Irlanda, 2020, 79’)

Red Moon Rising, Vivienne Dick (Irlanda, 2015, 15’)

Rome ’78, James Nares (EUA, 1978, 82’)

She Had Her Gun All Ready, Vivienne Dick (EUA, 1978, 28’)

Staten Island, Vivienne Dick (EUA, 1978, 6’)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Queer Porto 8: Vencedores

O Queer Porto 8 terminou e já são conhecidos os vencedores da edição de 2022. La dernière séanceJoão Gabriel - The Last Day of Summer foram os grandes vencedores do festival.

La dernière séance

A próxima edição do Queer Porto irá decorrer em Outubro de 2023 no Cinema Batalha. 

Eis a lista completa de premiados:


COMPETIÇÃO OFICIAL

Melhor Filme: La dernière séance, Gianluca Matarrese (Itália, França, 2021, 100’)

Menção Especial: Rua dos Anjos, Renata Ferraz, Maria Roxo (Portugal, 2022, 84’)


Prémio do Público: Rua dos Anjos, Renata Ferraz, Maria Roxo (Portugal, 2022, 84’) 

João Gabriel - The Last Day of Summer

PRÉMIO CASA COMUM

Melhor Filme: João Gabriel - The Last Day of Summer, de Bernardo Nabais (Portugal, 2021, 29’)

Menção Especial: Aos Dezasseis, de Carlos Lobo (Portugal, 14’)


Mais informações sobre o festival em https://www.queerporto.pt/pt/.

sábado, 5 de novembro de 2022

Queer Porto 8: Programa completo

O Queer Porto 8 anunciou a programação da sua edição de 2022, que acontece de 29 de Novembro a 4 de Dezembro, no Teatro Rivoli, Reitoria da Universidade do Porto – Casa Comum, Maus Hábitos e Teatro Helena Sá e Costa (ESMAE).

Nelly & Nadine, de Magnus Gertten

Em Competição

Na Competição Oficial, entre os oito títulos a concurso encontram-se: Nelly & Nadine, documentário que retrata a história de amor entre duas mulheres que se apaixonam na véspera de Natal, no campo de concentração de Ravensbrück; La fin de Wonderland, sobre Tara Emory, uma artista trans que trabalha segundo as suas próprias regras na indústria do sexo; Un Varón, que comenta os conceitos de masculinidade na América Latina, através da história de Carlos, que vive num centro de acolhimento para menores; e Rua dos Anjos, construído a partir do encontro e da criação fílmica partilhada entre Renata Ferraz e Maria Roxo, enquanto trocam experiências sobre os respectivos ofícios - o trabalho fílmico e o sexual. O júri desta competição conta com o jornalista e activista francês Cy Lecerf Maulpoix, a produtora de televisão da RTP Isabel Roma e o realizador João Vladimiro.

O Prémio Casa Comum reúne obras como Tornar-se um Homem na Idade Média, de Pedro Neves Marques, sobre a possibilidade de gestação artificial no corpo masculino; Aos Dezasseis, de Carlos Lobo, sobre a construção individual na adolescência; João Gabriel – The Last Day of Summer, de Bernardo Nabais, sobre as motivações do artista plástico que conduzem à pintura através da pornografia; e Azul, de Ágata de Pinho, que abre a dimensão da catarse a partir de um estado liminal de existência. O júri desta secção é composto pela investigadora e colaboradora do CETAPS Joana Caetano, pelo cineasta José Paulo Santos, e pelo artista e fundador da Livraria Aberta Paulo Brás.

O Queer Focus regressa à Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto sob o mote EcoQueer. A secção conta com Blastogenesis X, filme experimental que desconstrói as fronteira entre humano e animal; Haldernablou Quadriflore, longa-metragem onde Tom de Pékin adapta Alfred Jarry, entre a dança e a poesia, sob um místico cenário performativo; e Metamorphosis, do The Institute of Queer Ecology que, a partir do comportamento animal, imagina estratégias para a fundação de uma utopia multiespécie, cuja sessão será seguida de uma conversa com o jornalista e activista queer pela justiça climática Cy Lecerf Maulpoix.  A exibição da primeira parte de Three (or More) Ecologies: A Feminist Articulation of Eco-Intersectionality justapõe as reflexões de Silvia Federici, proponente dos direitos laborais das mulheres, ao discurso das populações ameaçadas pelo fracking, seguindo-se uma conversa com Stephan Dahl, fundador do The Quinta Project, em Marvão. Uýra - A Retomada da Floresta fará as honras de abertura do Queer Focus, um olhar sobre a reconciliação das identidades indígena e trans, e o encerramento cabe a Water Makes Us Wet: an Ecosexual Adventure, uma viagem em torno da água e da prática das artistas Annie Sprinkle e Beth Stephens, que envolve educação ambiental, rito e expansão da sexualidade.

Uýra - A Retomada da Floresta, de Juliana Curi

Sessões Especiais - Fora de Competição

Les amours d'Anaïs, de Charline Bourgeois-Tacque, será a Sessão de Encerramento do Queer Porto 8, protagonizada por Valeria Bruni Tedeschi. O filme conta a história de uma jovem e de um triângulo amoroso que desperta um desejo profundo.

O Teatro Helena Sá e Costa acolhe uma sessões especiais desta edição do festival: o documentário brasileiro Máquina do Desejo - 60 Anos do Teatro Oficina, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski, a que se seguirá uma conversa com Weglinski.

Esther Newton Made Me Gay, de Jean Carlomusto, será exibido no Teatro Rivoli. Um documentário em que a realizadora apresenta as propostas da antropóloga e activista, na construção de comunidades queer e suas identidades, ao mesmo tempo em que mostra "como essas construções são resultado da intersecção e transversalidade de diferentes mundos, vivências e origens geográficas".

O Maus Hábitos recebe o documentário Blitzed: The 80s Blitzed Kids Story, que celebra as sonoridades dos New Romantics e o seu contributo para a estética e cultura queer. O espaço recebe também o Beyoncé Fest, e ainda a Closing Party Makes Us Wet, a festa de encerramento do festival, que irá contar com nomes como NOIA, Catxibi e Phaser

Toda a informação sobre o Queer Porto 8 em http://queerlisboa.pt/.

domingo, 17 de outubro de 2021

Queer Porto 7: Vencedores

O Queer Porto 7 anunciou os vencedores desta edição, este Sábado à noite na Sessão de Encerramento do festival. Deus tem AIDS, de Fábio Leal & Gustavo Vinagre, e Mansa, de Mariana Bártolo, foram alguns dos premiados.

Eis a lista completa de vencedores:

Competição Oficial

Melhor Filme

Deus tem AIDS, de Fábio Leal & Gustavo Vinagre (Brasil, 2021)


Menção Especial

Genderation, de Monika Treut (Alemanha, 2021) 


Prémio do Público

Deus tem AIDS, de Fábio Leal & Gustavo Vinagre (Brasil, 2021)


Competição In My Shorts

Melhor Filme

Mansa, de Mariana Bártolo (Portugal, Alemanha, 2021) 


Prémio Casa Comum

Melhor Filme

O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal, Bélgica)


Menção Honrosa

Tracing Utopia, de Catarina de Sousa e Nick Tyson (Portugal, 2021)


A próxima edição do Queer Porto irá decorrer em Outubro de 2022 no renovado Cinema Batalha. Mais informações sobre o festival em http://queerlisboa.pt/.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Queer Lisboa 25 e Queer Porto 7 com programação completa

O Queer Lisboa 25 e o Queer Porto 7 anunciaram a programação completa. Querelle, de Rainer Werner Fassbinder, marcará a noite de abertura em Lisboa, e será The Watermelon Woman, de Cheryl Dunye, a encerrar.

Em 1997, a curta-metragem Un chant d’amour (1950), do novelista e dramaturgo francês, Jean Genet, abriu a primeira edição do então Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa. E é com uma homenagem a Genet que se inicia a 25.ª edição do Queer Lisboa, com Querelle, de Fassbinder, "filme póstumo que tem por base o Querelle de Brest, de Genet, e que nos transporta para um universo marcado pela violência e pelo erotismo".

O duo musical brasileiro Noporn estará presente na Noite de Encerramento para um pocket show exclusivo onde irão interpretar faixas dos filmes Beira Mar e Tinta Bruta


Júris e Competições

O júri da Competição de Longas-metragens é composto pela argumentista e realizadora Fátima Ribeiro, a performer e actriz Jenny Larrue e o actor Manuel Moreira. Entre os oito títulos que compõe, destaque para três estreias na realização: Madalena, primeira longa de Madiano Marcheti, que narra as histórias que rodeiam o desaparecimento de uma mulher trans; The Scary of Sixty-First, realizado e protagonizado por Dasha Nekrasova, que se inspira no caso de Jeffrey Epstein para criar um thriller psicológico cheio de ironia; e Garçon chiffon, de Nicolas Maury, que também protagoniza o retrato de um actor gay que atravessa uma crise existencial.

O júri da Competição de Documentários o júri é composto por Ana Aresta, presidente da ILGA Portugal, a jornalista e produtora da RTPManuela Silva Reis, e Miguel Ribeiro, codirector do DocLisboa. Entre as temáticas dos filmes a competir está a questão das migrações em Silent Voice, de Reka Valerik, onde um refugiado checheno perde a voz como consequência da violência psicológica do processo migratório, e em Miguel's War, de Eliane Raheb, que foca a história de vida de Miguel Jelelaty, libanês radicado em Espanha. Também de Espanha chega Sedimentos, de Adrián Silvestre, que convida a embarcar numa viagem com um grupo de seis mulheres trans. Ainda de destacar, La Fabrique du Consentement: Regards Lesbo-Queer, de Mathilde Capone, uma abordagem ao tema do consentimento. 

Miguel's War, de Eliane Raheb

O júri da Competição de Curtas-Metragens conta com realizador Ricardo Branco, pela actriz Cleo Diára, e pela jornalista e crítica de cinema Teresa Vieira. Entre os realizadores repetentes no festival encontram-se Yann Gonzalez, Marc Wagenaar e Cris Lyra. Há duas curtas portuguesas em competição: A Table for One, de Carlos Lobo, que subverte e inscreve novos significados na obra de Steven Spielberg; e Luz de Presença, de Diogo Costa Amarante. Outros títulos em destaque são Red Aninsri; or, Tiptoeing on the Still Trembling Berlin Wall, de Ratchapoom Boonbunchachoke, que conta uma história de espionagem protagonizada por uma mulher trans e trabalhadora sexual; Vagalumes, de Léo Bittencourt, que revela o lado nocturno de um conhecido parque do Rio de Janeiro; e The Fans, de Seva Galkin, uma observação sobre masculinidade e homossexualidade na Rússia contemporânea. Avaliada pelo mesmo júri, a Competição In My Shorts, dedicada a filmes de escolas de cinema europeias, conta com nove obras nesta edição.

O júri da Competição Queer Art é composto pelx artista e educadore transfeminista Dani D’Emilia, e pelo montador e programador Tomás Baltazar. Destaque para Acts of Love, de Isidore Bethel e Francis Leplay; Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre; Passion, de Maja Borg; e Vaga Carne, de Grace Passô e Ricardo Alves Jr.


Queer Focus

No 25.º aniversário do Queer Lisboa e da Associação ILGA Portugal, surge uma parceria que resulta no Queer Focus deste ano: "um programa de filmes e debates, onde se procura localizar, dentro de objetos fílmicos, questões de especial relevância histórica, social e cultural para as comunidades LGBTQIA+". O documentário The City Was Ours. Radical Feminism in the Seventies, de Netty van Hoorn, recupera o movimento lésbico na Holanda e o seu lugar de destaque no feminismo holandês. À projecção do filme seguir-se-á uma conversa com Eduarda Ferreira e Daniela Bento. Do Brasil, chega Mães do Derick, de Dê Kelm, uma história de coparentalidade no seio de uma família não-monogâmica com identidades não-normativas. Cured, de Patrick Sammon e Bennett Singer, aborda a história das práticas preconceituosas da clínica e da psiquiatria, e será seguido de uma conversa com Zélia Figueiredo e Henrique Pereira. A violência dos processos migratórias em Instructions for Survival, de Yana Ugrekhelidze, será seguido de um debate com Margarita Sharapova e Sara Soares. Todo a la Vez: la Mirada de Paco y Manolo, de Alberto Fuguet, mostra-nos o olhar dos fotógrafos espanhóis criadores da revista Kink, que participarão numa conversa após a exibição do filme. 

Também em torno da sexualidade, e cumprindo a tradição das Hard Nights do festival, surge o documentário Raw! Uncut! Video!, de Ryan A. White e Alex Clausen, sobre a produtora de porno fetiche Palm Drive Video. Ainda Wojnarowicz: F**k You F*ggot F**ker, de Chris McKim, baseia-se nos arquivos do artista norte-americano e de pessoas que lhe são próximas.  Ao filme segue-se uma conversa com o realizador. 

O Queer Lisboa desafiou dois jovens performers a criarem cada um uma performance a partir do Un chant d’amour, que serão estreadas aqui no festival: Slot, de Eduardo Batata, explora a dimensão do toque, da privação e do corpo enclausurado, e A Mind Enclosed In Language Is In Prison, de Rafaela Jacinto, coloca bonecos de criança feitos de lã a fazerem "pulsar um imaginário silencioso cheio de fantasia e desejo".


Panorama e Gus Van Sant

A secção Panorama é composta por quatro filmes: Enfant Terrible, de Oskar Roehler, biopic teatral sobre a figura de FassbinderSaint-Narcisse, de Bruce LaBruce; Shiva Baby, de Emma Seligman, e P.S. Burn this Letter Please, de Michael Seligman e Jennifer Tiexiera.

As já anunciadas retrospetiva de Gus Van Sant e Carte Blanche sofreram alterações, "por motivos que se prendem com direitos do espólio de Andy Warhol": o clássico The Chelsea Girls, de Andy Warhol e Paul Morrissey, e Gerry, de Van Sant, substituem o documentário biográfico de Andy Warhol e o seu Batman Dracula, anteriormente divulgados. O restante programa mantém-se, bem como a conversa com o realizador na Cinemateca Portuguesa.


Queer Porto 7

A sessão de abertura do Queer Porto 7 fica a cargo de Socks on Fire, de Bo McGuire, uma carta de amor cinematográfica de um neto para uma avó, que tem como pano de fundo a luta por uma propriedade entre uma tia homofóbica e um tio drag queen. A Noite de Encerramento conta com Au coeur du bois, de Claus Drexel, passado no Bois de Boulogne.

A realizadora alemã, Monika Treut, marca presença no Porto para apresentar Genderation, um documentário que, passados mais de 30 anos, olha para os protagonistas do seu clássico Gendernauts, de 1986, (também incluído na programação desta edição) e que será seguido de uma masterclass com a realizadora. 

Genderation, Monika Treut

Tal como em Lisboa, o Queer Focus terá uma componente de debates após o visionamento dos filmes, trazendo para a Reitoria da Universidade do Porto The City Was Ours. Radical Feminism in the Seventies, seguido de conversa com Ana Luísa Amaral, poeta, professora jubilada, pioneira dos estudos feministas e dos estudos queer na FLUP; e Cured, juntando-se ao debate Jorge Gato, psicólogo clínico e docente da FPCEUP, e Mia de Seixas, representante da Rede Ex-Aequo Porto. Exibido numa sessão especial no Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia, chega-nos o documentário Famille tu me hais, de Gaël Morel, um retrato de um conjunto de jovens expulsos de casa devido à sua orientação sexual, e acolhidos pela associação Le Refuge. A sessão é seguida de uma conversa com Telmo Fernandes, sociólogo, representante da ILGA Portugal, e Paula Allen, psicóloga e diretora técnica do Centro Gis.

Competições

Na Competição Oficial, destaque para Tiempos de Deseo, de Raquel Marques, que acompanha a gravidez da ex-companheira; La mif, de Fred Baillif, uma incursão a uma casa de acolhimento de raparigas menores que expõe as feridas de um sistema de tutela no limite; e Deus tem AIDS, de Gustavo Vinagre e Fábio Leal, um mosaico de gestos, provocações e testemunhos de artistas soropositivos brasileiros. O júri desta competição será composto pela cineasta e programadora Amarante Abramovici, pelo encenador e programador da RTP, Daniel Gorjão, e pelx artista larose s. larose.

Há uma nova secção competitiva, em parceria com a Reitoria da Universidade do Porto, dedicada ao cinema queer português, o Prémio Casa Comum, onde estarão a concurso nove curtas-metragens. Destaque para Películas, de Tiago Resende, que faz a leitura de uma carta a Luís Miguel Nava, o poeta de Viseu, terra de onde é natural o realizador; O Berloque Vermelho, de André Murraças, que recupera um conto de António José da Silva Pinto; e O Teu Nome É, de Paulo Patrício, que nos lembra de Gisberta e da sua história. 


Durante toda a extensão do Queer Lisboa 25, e prolongando-se também para o Queer Porto 7, o público poderá aceder online ao programa Outros Sistemas, uma selecção composta por objectos "artísticos interativos cuja existência é possibilitada pelo digital, e que procura refletir sobre a emergência de novas narrativas que confrontam a expressão queer com as particularidades dos formatos digitais".

O Queer Lisboa 25 realiza-se de 17 a 25 de Setembro no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa. O Queer Porto 7 acontece de 12 a 16 de Outubro, no Teatro Rivoli, na Reitoria da Universidade do Porto, na Faculdade de Belas Artes, no Maus Hábitos e na mala voadora. Mais informações em http://queerlisboa.pt/.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Queer Lisboa assinala Dia Mundial de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia com sessão especial

O Queer Lisboa - Festival Internacional de Cinema Queer vai assinalar o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia com uma sessão do filme Famille Tu Me Hais, de Gaël Morel, no dia 17 de Maio, no Cinema São Jorge.

Esta sessão marca o início das celebrações do 25.º aniversário do festival, e terá lugar pelas 18h30 na Sala Manoel de Oliveira. A entrada é gratuita mediante o levantamento de bilhete, no próprio dia, na bilheteira do cinema.

Famille Tu Me Hais (2020) é o documentário que marca a estreia do actor e realizador Gaël Morel no registo documental, e confronta-nos com sete testemunhos de episódios quotidianos de homofobia e transfobia no seio familiar. O projecto surgiu do envolvimento de Morel com a associação Le Refuge, que acolhe jovens LGBTQI+ em situações de emergência doméstica, que tem registado um grande aumento de pedidos de ajuda nos últimos anos.

De regresso ao modo presencial, o 25.º Queer Lisboa acontece entre 17 e 25 de Setembro, no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, e o 7.º Queer Porto tem lugar entre 12 e 16 de Outubro, no Teatro Rivoli, "Casa Comum" da Reitoria da Universidade do Porto e Maus Hábitos.

As submissões de filmes continuam abertas até dia 30 de Maio de 2021. Mais informações sobre os festivais em http://queerlisboa.pt/.

domingo, 18 de outubro de 2020

Queer Porto 6: Vencedores

A 6.ª edição do Queer Porto terminou este Sábado, 17 de Outubro, com o anúncio dos vencedores de 2020. 



Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, foi eleito o Melhor Filme da Competição Oficial. Na Competição In My Shorts, À Tarde, sob o Sol, de Gonçalo Pina, conquistou o prémio para Melhor Curta-Metragem de Escola Portuguesa.

O Júri da Competição Oficial justificou a escolha do filme brasileiro por ser "um filme fundamental e desafiante nos dias que correm, tanto no Brasil como no mundo. Simultaneamente disruptivo e pedagógico, mostra a importância da rua como palco da luta social, mantendo o espectador colado ao ecrã pela sua energia, humor, algum refrescante optimismo e apelo à acção".

Relativamente à curta-metragem vencedora, os jurados escolheram-na "pelo rigor técnico. Esperamos que este jovem realizador se possa afirmar em futuras obras."

Mais informação sobre o festival em www.queerporto.pt.