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segunda-feira, 4 de março de 2024

Crítica: Dune - Duna: Parte Dois / Dune: Part Two (2024)

"I am Paul Muad'Dib Atreides, Duke of Arrakis. The Hand of God be my witness, I am the Voice from the Outer World! I will lead you to Paradise!"

Paul Atreides


*7/10*

Depois de vários adiamentos, Dune - Duna: Parte Dois viu a luz (do dia e do projector da sala de cinema, em IMAX, de preferência), dando seguimento ao filme de 2021, que trouxe para o grande ecrã - mais uma vez - o inadaptável livro de ficção científica de Frank Herbert.

"Dune - Duna: Parte Dois explora a jornada mítica de Paul Atreides, que se une a Chani e aos Fremen durante um golpe de vingança contra os conspiradores que destruíram a sua família. Ao enfrentar uma escolha entre o amor da sua vida e o destino do universo, ele lutará para evitar um futuro terrível que só ele pode prever."

A clareza que o filme anterior já apresentava continua a ser uma das grandes forças de Denis Villeneuve nesta segunda parte de Duna. O respeito pelo texto, pelo tempo da acção e das personagens, aproxima a plateia da história. E Villeneuve é exímio ao dotar as sequências de acção mais intensas de uma epicidade muito característica: mistério, ritmo e clareza. São bons exemplos disso o momento em que Paul Atreides (Timothée Chalamet) surfa um verme; a luta de Feyd-Rautha Harkonnen (Austin Butler) na arena, qual gladiador; ou a batalha final entre os dois rivais.

Por outro lado, a maior fraqueza de Dune - Duna: Parte Dois é a duração, com a jornada pelo planeta Arrakis, até ao Imperador (Christopher Walken), a ser demasiado longa - menos 20 minutos e o filme não teria quebras de ritmo. Com um início cativante, a longa-metragem segue os passos da integração de Paul e Jessica (Rebecca Ferguson) entre os Fremen, entre alguns combates com os Harkonnen, e a aprender a lidar com as desconfianças de uns e a fé de outros, que acreditam que Paul é mesmo o tão esperado Messias. Ao mesmo tempo, o clima de romance com Chani (Zendaya) intensifica-se e as visões de Paul tornam-se mais claras e frequentes.

De regresso estão as questões religiosas, sociopolíticas e até mesmo ambientais que já a primeira parte de Duna abordava. Também Hans Zimmer segue ao comando da banda sonora, assombrosa e épica, em continuidade com a sua predecessora, bem como o trabalho de fotografia, direcção artística, guarda roupa e efeitos especiais, que flutuam entre um imaginário futurista e a decadência do universo de Herbert.

Nas interpretações, as atenções viram-se para Austin Butler com uma fabulosa transformação física e psicológica para interpretar o psicopata Feyd-Rautha, herdeiro dos Harkonnen.

Em Dune - Duna: Parte DoisDenis Villeneuve termina o que bem começou no filme de 2021, deixando as pistas e o caminho aberto para os próximos episódios desta complexa saga de ficção científica.

segunda-feira, 28 de março de 2022

Oscars 2022: Os Vencedores

A 94.ª cerimónia dos Oscars acontece na madrugada deste Domingo, 27 de Março. Apesar da polémica dos vencedores de algumas categorias não serem televisionados, por aqui, estaremos, como de costume a actualizar os vencedores em tempo real.


Aqui fica a lista completa de vencedores:

Melhor Filme
Belfast
CODA
Don’t Look Up
Drive My Car
Dune
King Richard
Licorice Pizza
Nightmare Alley
The Power of the Dog
West Side Story

Melhor Actor
Javier Bardem (Being the Ricardos)
Benedict Cumberbatch (The Power of the Dog)
Andrew Garfield (Tick, Tick … Boom!)
Will Smith (King Richard)
Denzel Washington (The Tragedy of Macbeth)

Melhor Actriz
Jessica Chastain (The Eyes of Tammy Faye)
Olivia Colman (The Lost Daughter)
Penélope Cruz (Parallel Mothers)
Nicole Kidman (Being the Ricardos)
Kristen Stewart (Spencer)

Melhor Actor Secundário
Ciarán Hinds (Belfast)
Troy Kotsur (CODA)
Jesse Plemons (The Power of the Dog)
J.K. Simmons (Being the Ricardos)
Kodi Smit-McPhee (The Power of the Dog)

Melhor Actriz Secundária 
Jessie Buckley (The Lost Daughter)
Ariana DeBose (West Side Story)
Judi Dench (Belfast)
Kirsten Dunst (The Power of the Dog)
Aunjanue Ellis (King Richard)

Melhor Realizador
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
Kenneth Branagh (Belfast)
Jane Campion (The Power of the Dog)
Steven Spielberg (West Side Story)
Drive My Car (Ryûsuke Hamaguchi)

Melhor Argumento Original
Belfast (Kenneth Branagh)
Don’t Look Up (Adam McKay & David Sirota)
Licorice Pizza (Paul Thomas Anderson)
King Richard (Zach Baylin)
The Worst Person in the World (Joachim Trier & Eskil Vogt)

Melhor Argumento Adaptado
CODA (Sian Heder)
Drive My Car (Ryusuke Hamaguchi & Takamasa Oe)
Dune (Eric Roth, Jon Spaihts & Denis Villeneuve)
The Lost Daughter (Maggie Gyllenhaal)
The Power of the Dog (Jane Campion)

Melhor Filme de Animação
Encanto
Flee
Luca
The Mitchells vs. The Machines
Raya and the Last Dragon

Melhor Filme Estrangeiro
Drive My Car (Japão)
Flee (Dinamarca)
The Hand of God (Itália)
Lunana: A Yak in the Classroom (Butão)
The Worst Person in the World (Noruega)

Melhor Fotografia
Dune (Greig Fraser)
Nightmare Alley (Dan Lausten)
The Power of the Dog (Ari Wegner)
The Tragedy of Macbeth (Bruno Delbonnel)
West Side Story (Janusz Kaminski)

Melhor Montagem
Don’t Look Up (Hank Corwin)
Dune (Joe Walker)
King Richard (Pamela Martin)
The Power of the Dog (Peter Sciberras)
Tick, Tick… Boom! (Myron Kerstein & Andrew Weisblum)

Melhor Design de Produção
Dune (Zsuzsanna Sipos & Patrice Vermette)
Nightmare Alley (Tamara Deverell & Shane Vieau)
The Power of the Dog (Grant Major & Amber Richards)
The Tragedy of Macbeth (Stefan Dechant & Nancy Haigh)
West Side Story (Rena DeAngelo & Adam Stockhausen)

Melhor Guarda-Roupa
Cruella (Jenny Beavan)
Cyrano (Massimo Cantini Parrini)
Dune (Jacqueline West)
Nightmare Alley (Luis Sequeira)
West Side Story (Paul Tazewell)

Melhor Caracterização
The Eyes of Tammy Faye
House of Gucci
Coming 2 America
Cruella
Dune

Melhor Banda Sonora Original
Don’t Look Up (Nicholas Britell)
Dune (Hans Zimmer)
Encanto (Germaine Franco)
Parallel Mothers (Alberto Iglesias)
The Power of the Dog (Jonny Greenwood)

Melhor Canção Original
Be Alive — Beyoncé Knowles-Carter & Darius Scott (King Richard)
Dos Oruguitas — Lin-Manuel Miranda (Encanto)
Down to Joy — Van Morrison (Belfast)
No Time to Die — Billie Eilish & Finneas O’Connell (No Time to Die)
Somehow You Do— Diane Warren (Four Good Days)

Melhor Som
Belfast
Dune
No Time to Die
The Power of the Dog
West Side Story

Melhores Efeitos Visuais
Dune
Free Guy
Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings
No Time to Die
Spider-Man: No Way Home

Melhor Documentário
Ascension
Attica
Flee
Summer of Soul
Writing With Fire

Melhor Curta Documental
Audible
Lead Me Home
The Queen of Basketball
Three Songs for Benazir
When We Were Bullies

Melhor Curta de Animação
Affairs of the Art
Bestia
Boxballet
Robin Robin
The Windshield Wiper

Melhor Curta
Ala Kachuu — Take and Run
The Dress
The Long Goodbye
On My Mind
Please Hold

domingo, 27 de março de 2022

Oscars 2022: Melhor Filme

Para finalizar a análise aos nomeados, eis as dez longas-metragens na corrida para o Oscar de Melhor Filme. Há dois filmes muito bons - ambos merecedores da estatueta -, seguidos de perto por outros dois; mais alguns títulos acima da média e um que não deveria constar nesta lista. Sente-se a ausência de mais filmes de qualidade como The Lost Daughter ou The Card Counter, que poderiam ocupar alguns dos lugares da lista de nomeados de 2022.

Quem vota são os membros da Academia, mas o Hoje Vi(vi) um Filme não deixa de ter os seus eleitos. Eis os nomeados para o Oscar de Melhor Filme, por ordem de preferência.

1. The Power of the Dog

O Poder do Cão está repleto de subtexto, desconstruções subliminares e uma sexualidade latente, com muito para absorver para além da visualização do filme. Excelente regresso de Jane Campion, com uma obra que, na aparente simplicidade de um western, cria um turbilhão de tensões e desejos reprimidos.


2. Drive My Car

As três horas de filme propõem reflexão, introspecção e, todavia, nunca monotonia. Se, por um lado, uma morte precoce vem mudar a vida de várias personagens e o foco da acção, por outro, o Teatro - o texto e as palavras - tem um papel central na exorcização dos fantasmas que se teima em não deixar partir. Entre o teatro e o cinema, mas igualmente entre o espiritual e o terreno, Drive My Car é uma obra introspectiva e de sentimentos complexos, que leva a plateia numa viagem de entrega e partilha, conduzida por Misaki mas iniciada por Yûsuke.


3. Licorice Pizza

Licorice Pizza é uma viagem jovial e vibrante aos anos 70. Paul Thomas Anderson parte de vivências suas e do contexto da época e cria um filme que, conduzido pelas hormonas da adolescência e dos primeiros amores, percorre as mais inesperadas aventuras entre o universo cinematográfico, dos negócios e da política.


4. Dune

Denis Villeneuve anuncia a chegada do Messias em Duna, um filme que serão dois, e no qual colocou toda a sua dedicação e esmero. Os acontecimentos são apresentados com clareza, bem como a história de Paul Atreides e do planeta Arrakis, seus habitantes e forasteiros. O realizador não mostra receios em avançar com Duna e está decidido a "preservar" a história original.


5. Belfast

Belfast traz os conflitos de 1969, na Irlanda do Norte, através dos olhos de uma criança. Kenneth Branagh inspira-se na sua própria experiência para criar um universo de sonhos e medo, aventura e incerteza, na agitada vida de Buddy, um menino de nove anos, e de todos os que o rodeiam. Através da inocência do protagonista, Branagh explora a incompreensão das crianças - e de muitos adultos - acerca de um conflito adensado por diferenças religiosas; a escalada de violência e ameaças; a impossibilidade de ser-se neutro num bairro que sempre viveu em comunhão; tudo enquanto Buddy vive a experiência do seu primeiro amor.


6. CODA

CODA é uma obra simples e melodramática, que propõe uma reflexão séria sobre as dificuldades que a população surda enfrenta no que toca à integração, justiça e independência; mas igualmente põe em cheque o comportamento da sociedade, que não faz o suficiente para acolhê-la. O elenco de CODA é a prova viva de que basta uma oportunidade para mostrar o valor que cada um tem em si e alcançar a merecida notoriedade e reconhecimento.


7. West Side Story

Neste West Side Story "moderno", há menos coreografias, mas mais tempo e espaço para algum desenvolvimento emocional das personagens, sendo que quase todos os protagonistas têm um background bem definido, que justificará muitas dos actos que vêm a tomar ao longo da trama. Ao mesmo tempo, e apesar do racismo já latente na história original, o filme de Spielberg quebra alguns clichés (e tabus da época): os vândalos são os Jets, os Sharks são estudantes e trabalhadores, esforçados para melhorar as suas condições de vida; a transexualidade (ou género não-binário) de Anybodys é abordada com maior impacto; e até mesmo a multiculturalidade da cidade, que vai muito além dos porto-riquenhos e dos supostos Jets "nativos", são alguns dos elementos que tornam o filme mais actual em costumes.


8. Nightmare Alley

Nightmare Alley - Beco das Almas Perdidas não faz ressurgir um Guillermo del Toro primordial; longe da sua criatividade, o realizador tira o melhor partido de uma história que o intriga e explora os pontos que mais o inspiram: as macabras atracções circenses, o passado e a personalidade dúbia de Stanton, a psiquiatra femme fatal e todo o misticismo em torno da vida de enganos do protagonista. Explora as crenças e a questão metafísica, os traumas que assombram Stan, em sonhos e na realidade, bem como a sedução do dinheiro e dos vícios.


9. King Richard

Longe de ser memorável, King Richard: Para Além do Jogo presta uma merecida homenagem à família Williams e ao exemplo que a ascensão e conquistas das duas irmãs tenistas pode ser para todos os que lutam pelos seus sonhos, seja qual for a sua origem. A união da família, sob o comando do pai, é o motor que faz com que Venus e Serena nunca desistam dos sonhos, com dedicação constante.


10. Don’t Look Up

A crítica mordaz que tem caracterizado os últimos filmes de Adam McKay esmoreceu neste disaster movie; já a sua subtileza é agora a mesma que a de "um elefante numa loja de porcelanas". Não Olhem Para Cima faz um gritante anúncio do fim do mundo e, por mais que os cientistas tentem, ninguém quer saber do que eles dizem. Um filme que tem dividido opiniões e, definitivamente, não deveria estar nesta lista de nomeados.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Oscars 2022: Nomeados

Os nomeados para os Oscars 2022 foram revelados esta Terça-feira, 8 de Fevereiro. Leslie JordanTracee Ellis Ross fizeram o anúncio dos nomes na corrida para as estatuetas douradas. O Poder do Cão (The Power of the Dog) lidera, com 12 nomeações, já Duna (Dune) soma 10.


A 94.ª cerimónia dos Oscars está marcada para 27 de Março. 

Aqui fica a lista completa de nomeados:

Melhor Filme
Belfast
CODA
Don’t Look Up
Drive My Car
Dune
King Richard
Licorice Pizza
Nightmare Alley
The Power of the Dog
West Side Story

Melhor Actor
Javier Bardem (Being the Ricardos)
Benedict Cumberbatch (The Power of the Dog)
Andrew Garfield (Tick, Tick … Boom!)
Will Smith (King Richard)
Denzel Washington (The Tragedy of Macbeth)

Melhor Actriz
Jessica Chastain (The Eyes of Tammy Faye)
Olivia Colman (The Lost Daughter)
Penélope Cruz (Parallel Mothers)
Nicole Kidman (Being the Ricardos)
Kristen Stewart (Spencer)

Melhor Actor Secundário
Ciarán Hinds (Belfast)
Troy Kotsur (CODA)
Jesse Plemons (The Power of the Dog)
J.K. Simmons (Being the Ricardos)
Kodi Smit-McPhee (The Power of the Dog)

Melhor Actriz Secundária 
Jessie Buckley (The Lost Daughter)
Ariana DeBose (West Side Story)
Judi Dench (Belfast)
Kirsten Dunst (The Power of the Dog)
Aunjanue Ellis (King Richard)

Melhor Realizador
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
Kenneth Branagh (Belfast)
Jane Campion (The Power of the Dog)
Steven Spielberg (West Side Story)
Drive My Car (Ryûsuke Hamaguchi)

Melhor Argumento Original
Belfast (Kenneth Branagh)
Don’t Look Up (Adam McKay & David Sirota)
Licorice Pizza (Paul Thomas Anderson)
King Richard (Zach Baylin)
The Worst Person in the World (Joachim Trier & Eskil Vogt)

Melhor Argumento Adaptado
CODA (Sian Heder)
Drive My Car (Ryusuke Hamaguchi & Takamasa Oe)
Dune (Eric Roth, Jon Spaihts & Denis Villeneuve)
The Lost Daughter (Maggie Gyllenhaal)
The Power of the Dog (Jane Campion)

Melhor Filme de Animação
Encanto
Flee
Luca
The Mitchells vs. The Machines
Raya and the Last Dragon

Melhor Filme Estrangeiro
Drive My Car (Japão)
Flee (Dinamarca)
The Hand of God (Itália)
Lunana: A Yak in the Classroom (Butão)
The Worst Person in the World (Noruega)

Melhor Fotografia
Dune (Greig Fraser)
Nightmare Alley (Dan Lausten)
The Power of the Dog (Ari Wegner)
The Tragedy of Macbeth (Bruno Delbonnel)
West Side Story (Janusz Kaminski)

Melhor Montagem
Don’t Look Up (Hank Corwin)
Dune (Joe Walker)
King Richard (Pamela Martin)
The Power of the Dog (Peter Sciberras)
Tick, Tick… Boom! (Myron Kerstein & Andrew Weisblum)

Melhor Design de Produção
Dune (Zsuzsanna Sipos & Patrice Vermette)
Nightmare Alley (Tamara Deverell & Shane Vieau)
The Power of the Dog (Grant Major & Amber Richards)
The Tragedy of Macbeth (Stefan Dechant & Nancy Haigh)
West Side Story (Rena DeAngelo & Adam Stockhausen)

Melhor Guarda-Roupa
Cruella (Jenny Beavan)
Cyrano (Massimo Cantini Parrini)
Dune (Jacqueline West)
Nightmare Alley (Luis Sequeira)
West Side Story (Paul Tazewell)

Melhor Caracterização
The Eyes of Tammy Faye
House of Gucci
Coming 2 America
Cruella
Dune

Melhor Banda Sonora Original
Don’t Look Up (Nicholas Britell)
Dune (Hans Zimmer)
Encanto (Germaine Franco)
Parallel Mothers (Alberto Iglesias)
The Power of the Dog (Jonny Greenwood)

Melhor Canção Original
Be Alive — Beyoncé Knowles-Carter & Darius Scott (King Richard)
Dos Oruguitas — Lin-Manuel Miranda (Encanto)
Down to Joy — Van Morrison (Belfast)
No Time to Die — Billie Eilish & Finneas O’Connell (No Time to Die)
Somehow You Do— Diane Warren (Four Good Days)

Melhor Som
Belfast
Dune
No Time to Die
The Power of the Dog
West Side Story

Melhores Efeitos Visuais
Dune
Free Guy
Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings
No Time to Die
Spider-Man: No Way Home

Melhor Documentário
Ascension
Attica
Flee
Summer of Soul
Writing With Fire

Melhor Curta Documental
Audible
Lead Me Home
The Queen of Basketball
Three Songs for Benazir
When We Were Bullies

Melhor Curta de Animação
Affairs of the Art
Bestia
Boxballet
Robin Robin
The Windshield Wiper

Melhor Curta
Ala Kachuu — Take and Run
The Dress
The Long Goodbye
On My Mind
Please Hold

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Crítica: Duna / Dune (2021)

"Dreams make good stories, but everything important happens when we're awake."
Duncan Idaho


*7.5/10*

Denis Villeneuve anuncia a chegada do Messias em Duna, um filme que serão dois, e no qual colocou toda a sua dedicação e esmero. Outros já tentaram a tarefa de transpor para cinema o inadaptável Dune, romance de Frank Herbert, sendo David Lynch quem tinha, até agora, chegado mais próximo do livro, com o mal-amado filme de 1984.

Villeneuve alcançou o estatuto necessário para pedir mais calma aos estúdios e o resultado é especialmente entusiasmante. Os acontecimentos são apresentados com clareza, bem como a história de Paul Atreides e do planeta Arrakis, seus habitantes e forasteiros. O realizador não mostra receios em avançar com Duna e está decidido a "preservar" a história original.

"No ano 10 191, numa sociedade feudal intergaláctica, em que casas nobres são responsáveis por planetas, a Casa Atreides aceita administrar o cobiçado planeta Arrakis, rico na especiaria Melange - uma substância capaz de desbloquear o potencial da humanidade. À medida que a família toma posse de Arrakis, as tensões entre casas desencadeiam uma batalha pelo controlo do planeta."


Começou a guerra santa, a guerra pelo poder, pelo recurso mais precioso do deserto de Arrakis - a especiaria. Semelhanças com o mundo real são mera coincidência, ou talvez não, já que estamos perante uma história de ficção científica, datada de 1965, mas tão actual como se tivesse sido escrita ontem.

A esperança que o resistente e explorado povo Fremen tem na chegada do Escolhido toma forma com a chegada de Paul Atreides ao planeta. As questões religiosas e sociopolíticas preenchem uma narrativa onde não faltam também lições de lealdade e até de ecologia. Perto do final de Duna, já na travessia do deserto, sente-se, contudo, algum arrastar da narrativa, como que em busca do momento certo para seguir rumo ao próximo filme. Contudo, a plateia já está conquistada.

Timotheé Chalamet surpreende num desempenho cheio de contenção e dignidade do protagonista Paul Atreids; Oscar Isaac é o exemplo de honra e compromisso na pele do Duque Leto; Rebecca Ferguson é a mulher apaixonada, capaz de ir contra as tradições do seu povo por amor, ao mesmo tempo que é a mãe guerreira que defenderá o filho com a vida, se necessário; Stellan Skarsgård encarna um Barão Vladimir Harkonnen muito mais sombrio e perverso que o retratado no filme de 1984; e Javier Bardem, como Stilgar, ainda com poucos minutos no ecrã, não deixa ninguém indiferente.


Hans Zimmer compôs uma banda sonora inesperadamente assombrosa - no melhor sentido possível -, que envolve mais ainda na tensão que se vive no ecrã. Destaque para o excelente trabalho da direcção de fotografia de Greig Fraser, onde o deserto assume tons sombrios e decadentes, longe das cores quentes a condizer com as elevadas temperaturas; ainda os efeitos especiais muito competentes e realistas; e uma direcção artística e guarda-roupa tão sóbrios como criativos, numa adaptação honrosa do universo de Frank Herbert.

Depois de Primeiro Encontro e Blade Runner 2049Denis Villeneuve assume a maturidade necessária na ficção científica para o desafio que é filmar Duna. Agora é aguardar mais uma inspiração profunda e fôlego suficiente para a conclusão épica deste clássico.

domingo, 24 de outubro de 2021

Sugestão da Semana #478

Das estreias da passada Quinta-feira, a Sugestão da Semana destaca Duna, de Denis Villeneuve. A nova adaptação da obra de Frank Herbert conta com Timothée Chalamet no papel principal.

DUNA


Ficha Técnica:
Título Original: Dune
Realizador: Denis Villeneuve
Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Sharon Duncan-Brewster, Stephen McKinley Henderson, Zendaya, Charlotte Rampling, Jason Momoa, Javier Bardem
Género: Acção, Aventura, Drama, Ficção Cientifica
Classificação: M/12
Duração: 155 minutos

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Estreias da Semana #478

Esta Quinta-feira, chegam aos cinemas portugueses cinco novos filmes - Duna e Halloween Mata centram as maiores atenções. Nas plataformas de streaming também se contam algumas novidades cinematográficas.

A Ilha de Bergman (2021)
Bergman Island
Durante o Verão, um casal de cineastas americanos retira-se para uma ilha a fim de escrever os argumentos dos seus próximos filmes, numa peregrinação ao local que inspirou Bergman. À medida que o trabalho e o Verão avançam, as linhas entre realidade e ficção começam a esbater-se com a paisagem selvagem da ilha como cenário.

Duna (2021)
Dune
No ano 10191, numa sociedade feudal intergaláctica, em que casas nobres são responsáveis por planetas, a Casa Atreides aceita administrar o cobiçado planeta Arrakis, rico na especiaria Melange - uma substância capaz de desbloquear o potencial da humanidade. À medida que a família toma posse de Arrakis, as tensões entre casas desencadeiam uma batalha pelo controlo do planeta.

Fabian (2021)
Fabian oder Der Gang vor die Hunde / Fabian: Going to the Dogs
Berlim, 1931. Durante o dia, Jakob Fabian trabalha no departamento de marketing de uma fábrica de cigarros, à noite vagueia por bares, bordéis e estúdios de artistas com o seu próspero amigo Labude. Quando conhece Cornelia, consegue abandonar, por momentos, a sua atitude pessimista. Apaixona-se. Contudo, também se torna vítima de uma série de despedimentos enquanto Cornelia constrói a sua carreira como actriz. Mas não é apenas o mundo de Fabian que está prestes a desmoronar...

Fantasias (2021)
Les fantasmes
Confrontados com as suas fantasias, seis casais tentam explorar os lados ocultos das suas vidas íntimas. Seis perguntas sobre o acesso ao prazer. Da representação de papéis à abstinência, passando pelo exibicionismo, seis histórias separadas, mas com o mesmo tema do desejo, nos dias de hoje.

Halloween Mata (2021)
Halloween Kills
Laurie Strode, a sua filha Karen e a neta Allyson, deixaram o monstro mascarado Michael Myers enjaulado e a arder na cave. Minutos depois, Laurie é levada para o hospital com ferimentos fatais, acreditando ter finalmente matado o seu nemesis. Mas Michael consegue libertar-se da armadilha e o banho de sangue recomeça. Laurie luta contra a dor e prepara a sua defesa. Ao mesmo tempo, inspira os habitantes de Haddonfield a erguerem-se contra o monstro imparável. Um grupo de outros sobreviventes da primeira onda de violência de Michael decide tomar o assunto nas  próprias mãos e uma multidão de vigilantes reúne-se para dar caça ao assassino.

Netflix Portugal

Estreou a 20 de Outubro:

Rua da Humanidade, 8 (2021)
8 Rue de l'Humanité
Sete famílias residem no prédio do número 8, na Rua da Humanidade, em Paris. Forçados a ficar em casa devido à pandemia, terão de se adaptar à nova vida. Três meses que revelarão o melhor e o pior destes vizinhos.

TV Cine

Estreia a 22 de Outubro:

Capital Humano (2019)
Human Capital
As vidas de duas famílias colidem quando os seus filhos iniciam uma relação que leva a um trágico acidente.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Momentos Para Recordar #72

Em vésperas da estreia da nova versão cinematográfica de Denis Villeneuve, o Momentos para Recordar destaca Duna (Dune), de David Lynch, de 1984, baseado na obra de Frank Herbert. Qualquer adaptação do livro de 1965, um dos grandes marcos da ficção científica na literatura, será sempre controversa, tal é a complexidade do original, mas coragem e  dedicação não faltaram aos realizadores.

Em jeito de aquecimento para Duna, de Villeneuve, recordamos o clássico frustrado de Lynch, com uma cena icónica.

Duna (Dune), David Lynch (1984)