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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Cinemateca Portuguesa homenageia António da Cunha Telles com sessão de 'O Cerco' a 26 de Novembro

A Cinemateca Portuguesa presta homenagem a António da Cunha Telles, falecido no passado dia 23 de Novembro, com a exibição de O Cerco, este Sábado, dia 26 de Novembro, às 21h30. 

A sessão é de entrada livre, mediante levantamento de ingresso na bilheteira. O Cerco foi o primeiro filme realizado por Cunha Telles, em 1970, e conta com Maria Cabral, Miguel Franco, Zita Duarte e Ruy de Carvalho no elenco.

Citando Manuel Cintra Ferreira, no excerto partilhado pela Cinemateca Portuguesa, O Cerco é, antes de mais, um rosto. Depois uma paisagem. O rosto é Maria Cabral, a paisagem é Lisboa. Num caso como no outro, Cunha Teles apostou na diferença e na espontaneidade. Este corpo, diferente e novo no cinema de então, inscreve-se numa paisagem também diferente: Lisboa é a cidade dos corvos, mas este ex-libris toma uma conotação diferente da que lhe dá o emblema da cidade. São aves de rapina, mas sem coragem, que se afirmam na exploração dos mais frágeis”.

O filme inicialmente programado para este horário, Vanya on 42nd Street, da retrospectiva Louis Malle, mantém a sessão de 30 de Novembro, às 19h30, e passará na sala M. Félix Ribeiro. Já Les Années Lumière, de Alain Tanner, será exibido na sala Luís de Pina, no mesmo dia, às 19h00.

Mais informações em https://www.cinemateca.pt/.

domingo, 6 de novembro de 2022

Retrospectiva 'O Cinema Clássico de Dorothy Arzner' em Dezembro na Cinemateca Portuguesa

A Cinemateca Portuguesa apresenta a retrospectiva O Cinema Clássico de Dorothy Arzner, de 6 a 29 de Dezembro.

Esta que será a última retrospetiva de 2022 dará a conhecer a obra da cineasta americana Dorothy Arzner (1897-1979), "realizada entre finais dos anos 1920 e inícios dos 1940 em contracorrente, mas no seio do cânone de Hollywood que nas décadas posteriores a ignorou". Serão apresentadas 13 longas-metragens, restauradas e crescentemente divulgadas em anos recentes.

Em 1933, Dorothy Arzner foi a primeira mulher a integrar o Directors Guild of America e a única realizadora mulher a filmar regularmente nos estúdios de Hollywood durante a “idade de ouro”. Com muita experiência como argumentista e montadora, "Arzner teve de forçar a sua passagem à realização na Paramount, distinguindo-se pelo domínio do ofício, o talento para descobrir actores e actrizes que haviam de tornar-se grandes estrelas (entre os quais Fredric March, Clara Bow, Katharine Hepburn ou Joan Crawford) ou uma iniludível originalidade de perspectiva. Reconhecida pela sua personalidade vincada e por estar sempre 'à frente do seu tempo', assinou filmes marcados pela abordagem da experiência feminina e da sexualidade, questionando costumes, convenções e estereótipos".

Reunindo a obra actualmente existente da cineasta, as 13 longas-metragens, de Get Your Man, 1927, a First Comes Courage, 1943, a retrospetiva inclui ainda três outros títulos: The Red Kimona (Walter Lang, 1925, com a participação de Arzner como argumentista); o colectivo Paramount on Parade (1930, em que um dos segmentos é assinado por Arzner); o documentário alemão sobre a realizadora Sehnsucht Nach Frauen: Dorothy Arzner (Katja Raganelli, Konrad Wickler, 1983).

TÍTULOS PROGRAMADOS | RETROSPETIVA DOROTHY ARZNER, CINEMATECA, DEZEMBRO 2022

Get Your Man / À Procura de Um Noivo, prod. Paramount-Famous Players Lasky, 1927

The Wild Party / Louca Orgia, prod. Paramount-Famous Players Lasky, 1929

Sarah and Son, prod. Paramount-Famous Players Lasky, 1930

Anybody’s Woman, prod. Paramount, 1930

Honor Among Lovers / Honra de Amantes, prod. Paramount, 1931

Working Girls, prod. Paramount, 1931

Merrily We Go to Hell / Quando a Mulher se Opõe, prod. Paramount, 1932

Christopher Strong / O Que Faz o Amor, prod. RKO, 1933

Nana, prod. United Artists, 1934

Craig’s Wife / Egoísmo de Mulher, prod. Columbia, 1936

The Bride Wore Red / A Noiva de Vermelho, prod. MGM, 1937

Dance, Girl, Dance / Dança, Rapariga, Dança, prod. RKO, 1940

First Comes Courage / Crepúsculo Sangrento, prod. Columbia, 1943

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The Red Kimona, Walter Lang, prod. Mrs. Wallace Reid Productions, 1925 / Arzner participa na adaptação do argumento

Paramount on Parade / Paramount em Gala, 1930 co/r: Otto Brower, Edmund Goulding, Victor Heerman, Edwin Knopt, Rowland V. Lee, Ernst Lubitsch, Lothar Mendes, Victor Schertzinger, Edward Sutherland, Frank Tuttle, prod. Paramount, 1930 / Arzner realiza a sequência The Gallows Song – Nichavo

Sehnsucht Nach Frauen: Dorothy Arzner / Longing for Women: Dorothy Arzner, Katja Raganelli, Konrad Wickler, 1983 / documentário

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Cinemateca Portuguesa apresenta Retrospectiva de Ariel de Bigault de 19 a 24 de Setembro

A Cinemateca Portuguesa apresenta uma retrospectiva à obra de Ariel de Bigault, de 19 a 24 de Setembro. A realizadora vai marcar presença nas sessões.

A cineasta francesa é grande conhecedora da história e cultura portuguesas, com uma filmografia muito ligada à relação de Portugal com o resto do mundo lusófono, como é o caso de Fantasmas do Império, que olha para os fantasmas do passado colonialista português a partir das imagens do cinema feito em Portugal, ou os filmes Afro Lisboa (1997) e Margem Atlântica (2006).

A obra de Bigault inclui ainda retratos de figuras da música afro-brasileira: da série Éclats noirs du samba, serão exibidos neste ciclo os filmes dedicados a Martinho da Vila, Zé da Velha, Zézé Motta e Gilberto Gil, e o documentário Canta Angola, "retrato da paisagem musical de Angola, a exibir numa sessão que incluirá um conjunto de videoclips com artistas ligados à cultura negra assinados pela cineasta".

De destacar é a sessão que reúne duas obras raras da realizadora, em 16mm, sobre a infância: Eduardo e Fernando documenta as brincadeiras e o mundo de duas crianças com síndrome de Down e Estão a Ver-nos? mostra os sonhos de uma criança cega.

No dia 24 de Setembro, às 18h00, a esplanada da Cinemateca recebe o debate Das Margens para o Foco, uma conversa com Ariel de Bigault, Ângelo Torres e outros participantes, sobre a presença e a visibilidade - no teatro, televisão e no cinema em Portugal – dos actores, guionistas, encenadores e realizadores originários das ex-colónias portuguesas.

O Ciclo Ariel de Bigault: Margens Atlânticas faz parte do programa da Temporada Portugal-França 2022. Mais informações no site da Cinemateca Portuguesa.

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Doclisboa e Cinemateca Portuguesa apresentam retrospectiva de Carlos Reichenbach e há sessão de antevisão a 1 de Julho

A obra do cineasta brasileiro Carlos Reichenbach será alvo de uma retrospetiva integral em Outubro, numa parceria entre o Doclisboa 2022 e a Cinemateca Portuguesa, que vai revelar uma filmografia de cinco décadas, com vários filmes nunca antes mostrados fora do Brasil. 

Sangue Corsário, Carlos Reichenbach

A obra do realizador brasileiro junta-se à já anunciada retrospectiva A Questão Colonial. Para assinalar as duas retrospectivas, no dia 1 de Julho, às 21h45, o Doclisboa e a Cinemateca Portuguesa vão apresentar uma sessão de antevisão, com a exibição de duas curtas do realizador brasileiro: Sangue Corsário Sonhos de Vida, e ainda Cabascabo, o primeiro filme realizado pelo cineasta nigerense Oumarou Ganda. As sessões acontecem na esplanada da Cinemateca.

Reichenbach foi um dos protagonistas do Cinema Marginal, importante movimento do cinema brasileiro, a par do Cinema Novo, nascido nos anos 60, em plena ditadura militar, no centro do bairro Boca do Lixo, São Paulo, como resposta à instabilidade vivida no país. Da filmografia do cineasta destacam-se títulos como Lilian M. (1974), Amor, Palavra Prostituta (1981), O Império do Desejo (1980), Filme Demência (1985), Anjos do Arrabalde (1987), e Alma Corsária (1994).

Carlos Reichenbach explorou géneros e estéticas tão distintas como o thriller, o pornográfico ou o experimental, "criando uma heterogeneidade estilística essencial para preservar a liberdade criativa face às condições sociopolíticas e económicas que enfrentava, colocando o cinema como um gesto de revolta contra o mundo estabelecido".

SESSÃO DE ANTEVISÃO DAS RETROSPECTIVAS

1 JULHO, 21H45 | ESPLANADA DA CINEMATECA PORTUGUESA

Sangue Corsário, de Carlos Reichenbach

Brasil, 1980, 10’

"Deambulando por São Paulo, dois antigos amigos encontram-se. Viveram juntos os loucos e psicadélicos anos 1960, mas as mudanças económicas e políticas das décadas seguintes afastaram-nos por caminhos de vida diferentes. Um continua a ser poeta, o outro é agora bancário. Homenagem à contracultura brasileira e à poesia de Orlando Parolini, actor em vários filmes de Reichenbach."


Sonhos de Vida, de Carlos Reichenbach

Brasil, 1979, 10’

"Duas operárias da periferia de São Paulo, interpretadas pelas musas da Boca do Lixo Patrícia Scalvi e Misaki Tanaka, decidem procurar alguma diversão mesmo com o pouco dinheiro que têm. Primeiro filme de Carlos Reichenbach que retrata o universo das mulheres operárias brasileiras, tema depois recorrente na sua obra."


Cabascabo, de Oumarou Ganda

França, Níger, 1969, 45’

"Oumarou Ganda, o Edward G. Robinson de Eu, um Negro, assina, dez anos mais tarde, este seu primeiro filme, obra seminal do cinema nigerense. Cabascabo, escrito, realizado e interpretado por Ganda, inspira-se na sua história pessoal de antigo combatente da Infantaria francesa na Guerra da Indochina. Num tom tragicómico, seguimos as desventuras de Cabascabo, que dilapida o seu soldo enquanto tenta encontrar o seu lugar na vida civil."

O Doclisboa 2022 acontece de 6 a 16 de Outubro. Mais informações no site do festival e no  site da Cinemateca Portuguesa.

domingo, 14 de novembro de 2021

Cinemateca Portuguesa apresenta Retrospectiva de Allan Dwan de 2 de Dezembro a 31 de Janeiro

A Cinemateca Portuguesa recebe a maior retrospectiva de sempre dedicada a Allan Dwan, um dos mais prolíficos realizadores da História do Cinema, de 2 de Dezembro de 2021 a 31 de Janeiro de 2022.

The River's Edge

Serão 60 os títulos que compõem esta retrospectiva, a mais extensa da obra de Dwan (que algumas fontes creditam como tendo sido autor de cerca de 1600 títulos) realizada em qualquer parte do mundo até à data, representando todas as fases do seu trabalho, e "acompanhada por uma pequena edição dedicada ao cineasta, a primeira de uma nova colecção da Cinemateca de cadernos de apoio a ciclos de autores estrangeiros ou temas do cinema internacional".

A carreira de Allan Dwan teve início na década de 1910, "com filmes de uma bobina feitos ao ritmo de três por semana, segundo o próprio afirmava, que se estendeu até ao início dos anos 1960, data de estreia do seu último filme The Most Dangerous Man Alive"

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Centenário de Ernesto de Sousa celebra-se com 'Dom Roberto' na Cinemateca e exposições

O centenário de Ernesto de Sousa é celebrado com dupla exposição, nas Galerias Municipais de Lisboa, a partir de 27 de Novembro, e com a exibição do filme Dom Roberto e apresentação comentada de Salomé Lamas, na Cinemateca Portuguesa, no dia 29 de Novembro.


Vista de exibição Ernesto de Sousa, A Tradição como Aventura, na Galeria Quadrum em 1978, Cortesia CEMES. ©Costa Alves

No âmbito das comemorações (que se iniciaram em Abril) sobre o centenário do nascimento do artista, poeta, crítico, curador e cineasta português Ernesto de Sousa, será inaugurada a exposição Ernesto de Sousa, Exercícios de Comunicação Poética com Outros Operadores Estéticos, no dia 27 de Novembro, simultaneamente nas Galerias Quadrum e da Índia, em Lisboa.

A exposição pretende homenagear a abordagem do artista, "através de uma perspectiva e diálogo intergeracional da sua obra e dos seus arquivos. Nesse sentido, foram convocados para uma releitura da prática artística de Ernesto de Sousa vários artistas: José de Almada Negreiros, Oficina Arara, Pedro Barateiro, Isabel Carvalho, Salomé Lamas, Hanne Lippard, Sarah Margnetti, Franklin Vilas Boas Neto, Rosa Ramalho, Nils Alix-Tabeling, Nora Turato, Treffen in Guincho e Ricardo Valentim".

Com curadoria de Lilou Vidal, o projecto revisita a primeira exposição individual que o artista realizou em Portugal na Galeria Quadrum, A Tradição como Aventura, apresentada há 43 anos, "bem como uma seleção de obras, projectos interactivos, coletivos e curatoriais realizados entre as décadas de 1960 e 80 no espaço da Galeria Avenida da Índia".

A 29 de Novembro, a Cinemateca Portuguesa vai exibir a única longa-metragem realizada por Ernesto de Sousa, Dom Roberto, premiado no Festival de Cannes em 1963, protagonizado por Raul Solnado e Glicínia Quartin. A obra representou uma experiência cinematográfica inédita em Portugal, "tendo sido produzido em regime de 'cooperativa de espectadores'". Paralelamente, a artista e cineasta Salomé Lamas adopta uma selecção de textos, "desde correspondência, artigos, críticas, ensaios, guiões e outros, enquadrando a intervenção sociopolítica do artista na criação, com a apresentação inédita de alguns diapositivos do filme, nos quais Ernesto interveio no final da sua vida". Na Cinemateca será exibida uma nova cópia em película, precedida pela apresentação comentada dos diapositivos. A sessão termina com uma discussão aberta ao público em torno da realização do filme e das suas políticas de produção.

Ernesto de Sousa fundou e dinamizou o Círculo de Cinema, um dos primeiros cineclubes portugueses, encerrado em 1948 pela PIDE, com a prisão de Ernesto e de outros membros. As celebrações do seu centenário vão estender-se durante o próximo ano, já que a exposição na Galeria Quadrum vai ser apresentada na Frac Champagne Ardenne em Reims, França, em 2022.

CICLO ERNESTO DE SOUSA

Ernesto de Sousa, Exercícios de Comunicação Poética com Outros Operadores Estéticos - exposição

27 de Novembro de 2021 a 27 de Fevereiro de 2022 

Galeria Quadrum e Galeria Avenida da Índia, Lisboa

Curadoria: Lilou Vidal


Dom Roberto + performance Salomé Lamas

29 Novembro

Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, Lisboa

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Centenário de 'Amor de Perdição' comemora-se com filme-concerto na Cinemateca e no Coliseu do Porto

A Cinemateca Portuguesa celebra o centenário de Amor de Perdição (Georges Pallu, 1921), com o terceiro de uma série de filmes-concerto dedicados à Invicta Film. No dia 13 de Novembro, às 17h00, será exibido na Cinemateca e, a 14 de Novembro, será a vez de passar no Coliseu do Porto, pelas 17h30.

As sessões contam com acompanhamento ao vivo por Nicholas McNair e os solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigidos pelo Maestro Cesário Costa.

A sessão na Cinemateca marcará a primeira apresentação pública da nova cópia digital do filme, com a partitura original composta por Armando Leça, reconstruída e adaptada por Nicholas McNair. Os materiais musicais foram transcritos e estudados por uma equipa de musicólogos da NOVA FCSH, constituída por Manuel Deniz Silva e Bárbara Carvalho

Estreado a 9 de novembro de 1921, no Cinema Olímpia, no Porto, Amor de Perdição foi a mais famosa adaptação literária da Invicta Film e um dos grandes trabalhos de Pallu, "onde se destacam os vários exteriores do filme que revisitam os principais cenários do romance de Camilo Castelo Branco: as ruas estreitas de Viseu, a Universidade de Coimbra e a cidade do Porto".

A partitura original de Armando Leça para o filme "foi a primeira a ser recuperada, reconstruída e interpretada, graças à iniciativa e ao trabalho da maestrina Gillian Anderson e do pianista Nicholas McNair, na década de 1990, tendo sido apresentada com o filme em diferentes versões e dispositivos instrumentais em Lisboa, no Porto e em Washington. As fontes manuscritas sobreviventes, conservadas no espólio do compositor depositado na Área de Música da Biblioteca Nacional de Portugal, encontram-se infelizmente incompletas, sendo constituídas por uma partitura de conjunto bastante lacunar e de fragmentos das partes para cada um dos instrumentos. A versão agora apresentada retoma todas as secções completas da partitura de Armando Leça, que serão interpretadas pelo ensemble de piano e cordas. As secções em falta foram reconstruídas por Nicholas McNair, que as interpretará ao piano."

A imagem digitalizada e a música interpretada pelos solistas da OML (que será oportunamente gravada), resultarão numa cópia digital de alta definição (DCP) para projecção em sala, bem como numa nova edição DVD da Cinemateca Portuguesa, que dará continuidade à colecção de títulos do cinema mudo português.

 

Programa musical

Música para o filme AMOR DE PERDIÇÃO, de Georges Pallu (1921)

Compositor: Armando Leça (1891-1977)

Reconstrução e adaptação da partitura: Nicholas McNair

Transcrição e estudo crítico: Manuel Deniz Silva (INET-md - NOVA FCSH) e Bárbara Carvalho (CESEM - NOVA FCSH)


Solistas da Metropolitana

José Pereira, Joana Dias (violinos), Joana Cipriano (viola), Catarina Gonçalves (violoncelo), Vladimir Kouznetsov (contrabaixo), Nicholas McNair (pianista convidado / Cinemateca)

Direção Musical: Cesário Costa

sábado, 30 de outubro de 2021

Cine Fiesta e Cinemateca Portuguesa apresentam secção Heritage

A Cine Fiesta, em colaboração com a  Cinemateca Portuguesa, vai exibir quatro filmes restaurados, recuperados e digitalizados pela Filmoteca Espanhola na secção Heritage, numa homenagem ao cinema espanhol.

Esta parceria marca o regresso da Mostra de Cinema Espanhol à Cinemateca, que irá apresentar El Jefe Politico (1924), de André HugonEsa Pareja Feliz (1951), de Luis G.Berlanga e Juan Antonio Bardem; Manicomio (1953), de Fernando Fernán Gómez e Luis M. Delgado; e El diario rojo (1982), de Juan Carlos Olaria.

A abrir a secção está El Jefe Politico, de André Hugon. O filme explora temas pouco abordados na época, "como a corrupção política, e foi rodado entre Maiorca, Madrid e Paris". A sessão na Cinemateca será musicada ao vivo com theremin e piano por Miquel Brunet, que, este ano, compôs a moderna banda sonora do filme, que também já foi exibido como filme-concerto na sessão de encerramento do Atlántida Film Festival, em Maiorca.

Em jeito de comemoração dos centenários dos realizadores Fernando Fernán Gómez e Luis G. Berlanga, serão apresentados Esa Pareja Feliz, de Berlanga e Juan Antonio Bardem, exibido em Portugal pela primeira vez na sua versão restaurada, e Manicomio, de Fernando Fernán Gómez e Luis M. Delgado. As duas longas-metragens "estiveram inacessíveis durante muito tempo devido ao desaparecimento de materiais originais", entretanto recuperados e restaurados. 

A fechar a secção Heritage encontra-se, e pelas palavras de Josetxo Cerdán, director da Filmoteca Espanhola, “uma ave rara, não apenas do cinema espanhol, mas também do cinema europeu dos anos oitenta”. Trata-se de El diario rojo, de Juan Carlos Olaria, que esteve esquecido até há pouco mais de dois anos e é uma estreia absoluta em Portugal. “É um filme próximo do cinema underground e que, raramente visto à época da sua produção, se tornou recentemente num filme de culto”, explica Nuno Sena, coordenador de programação da Cinemateca Portuguesa.

O Cine Fiesta decorre de 25 a 30 de Novembro no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa. Mais informações em https://www.mostraespanha.org/.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Cinemateca celebra centenário de 'Os Fidalgos da Casa Mourisca' com Filme-Concerto no dia 16 de Outubro

A Cinemateca Portuguesa comemora os 100 anos de Os Fidalgos da Casa Mourisca com um filme-concerto, no dia 16 de Setembro, a partir das 16h00.

A partitura original do compositor Armando Leça (1891-1977), propositadamente escrita para o filme mudo português de Georges Pallu, será interpretada ao vivo pelos Solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa na Cinemateca, às 17h00. A partitura de Armando Leça foi reconstituída por uma equipa de musicólogos da NOVA FCSH, no contexto de um projecto de investigação do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md).

Trata-se da continuação de uma parceria estabelecida em 2019 entre a Cinemateca, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, através do INET-md, renovada agora com mais dois parceiros – o Coliseu do Porto e a Ágora – Cultura e Desporto E.M. – com o objectivo da reconstituição, interpretação ao vivo e gravação das três partituras originais compostas por Armando Leça para filmes da Invicta Film: A Rosa do Adro (G. Pallu, 1919); Os Fidalgos da Casa Mourisca (G. Pallu, 1920); e Amor de Perdição (G. Pallu, 1921), que será apresentado no próximo mês de Novembro, com a participação especial de Nicholas McNair.

A anteceder o Filme-Concerto, às 16h00, na Livraria Linha de Sombra, será lançado o DVD do filme A Rosa do Adro, primeiro volume da colecção DVD de filmes da Invicta Film editada pela Cinemateca. O DVD inclui a gravação da partitura original de Armando Leça, interpretada pelos Solistas da Metropolitana, bem como mais dois filmes da Invicta, Frei Bonifácio e Barbanegra, ambos com música original composta e interpretada por Filipe Raposo.

Programa musical

Música para o filme OS FIDALGOS DA CASA MOURISCA, de Georges Pallu (1920)

Compositor: Armando Leça (1891-1977) 

Transcrição e edição: Bárbara Carvalho (CESEM - NOVA FCSH)

Revisão: Manuel Deniz Silva (INET-md - NOVA FCSH)

Adaptação da partitura à cópia existente do filme: Bárbara Carvalho e Manuel Deniz Silva


Solistas da Metropolitana:

Filipe Freitas: oboé

Alexêi Tolpygo, José Teixeira: violinos

Irma Skenderi: viola

Ana Cláudia Serrão: violoncelo

Vladimir Kouznetsov: contrabaixo

Coral Tinoco: harpa

Paulo Oliveira: piano

Cesário Costa: direcção musical


Sobre o filme:

"O mais longo filme mudo português e, provavelmente, o seu maior sucesso comercial, a primeira adaptação de um romance de Júlio Dinis ao cinema contou igualmente com a primeira interpretação diante das câmaras da Invicta Film de Pato Moniz, um conhecido ator do Teatro Nacional, depois de o consagrado Eduardo Brazão ter recusado o mesmo papel. António Pinheiro, professor de teatro na Escola da Arte de Representar e aqui também no seu primeiro papel para a Invicta, orgulhou-se mais tarde de ter sido confundido com um verdadeiro lavrador durante a rodagem do filme."

Mais informações em: https://www.cinemateca.pt/Cinemateca/Noticias/100-anos-de-OS-FIDALGOS-DA-CASA-MOURISCA-celebrado.aspx

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Cinemateca Portuguesa com sessões em Agosto

As salas de cinema da Cinemateca Portuguesa vão estar abertas em Agosto, ao contrário do que costuma acontecer noutros anos. A decisão foi tomada para compensar os espectadores pelo encerramento forçado no primeiro trimestre de 2021, devido à pandemia. 

A programação de Agosto irá seguir um modelo diferente do habitual e terá duas sessões diárias de segunda a sábado ao final do dia na Rua Barata Salgueiro e uma sessão da Cinemateca Júnior no Salão Foz aos sábados de manhã. As sessões noturnas na Esplanada dos 39 Degraus, habituais durante o Verão, deverão regressar também a partir de dia 23 Agosto, num horário ligeiramente mais cedo (20h30).

O programa completo de Agosto que se foca no ciclo Por uma Canção, com filmes à volta de canções, e na habitual colaboração com o IndieLisboa, com a exibição de todos os filmes das secções Director's Cut e Director's Cut em Contexto, será divulgado nos próximos dias.

Mais informações em https://www.cinemateca.pt/.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Doclisboa'21: Obra de Cecilia Mangini em retrospectiva e sessão de antecipação na Cinemateca

O cinema de Cecilia Mangini é o foco da segunda retrospectiva do Doclisboa 2021, que acontece em Outubro. Em jeito de antecipação, no dia 6 de Agosto, o festival lisboeta e a Cinemateca Portuguesa apresentarão uma sessão que conta com a exibição de Ignoti alla città, Stendalì (Suonano Ancora) e La Canta delle Marane, os três primeiros filmes da cineasta. 

Falecida no início de 2021, a realizadora italiana Cecilia Mangini é um dos nomes maiores do documentário em Itália, sendo uma das mulheres pioneiras na realização de documentários no pós-Guerra. "Os seus filmes preservam uma actualidade importante pois exploram temas urgentes, como a condição da mulher, comunidades periféricas e marginalizadas, as raízes do fascismo, a imigração ou a injustiça social. A obra de Mangini é permeada pela poesia e pela beleza mas é, acima de tudo, a história de uma vida dedicada a pensar o cinema como uma ferramenta de resistência", refere o Doclisboa em comunicado.

A retrospectiva vai incluir também um conjunto de títulos assinados pelo seu marido, o realizador Lino Del Fra, onde a cineasta foi argumentista ou colaboradora influente.

No dia 6 de Agosto, a sessão de antecipação na Cinemateca Portuguesa, para além de apresentar os três primeiros filmes da cineasta, fruto de uma colaboração com Pier Paolo Pasolini, vai exibir ainda Laokoon & Söhne, a primeira obra de Ulrike Ottinger - a outra realizadora em retrospectiva no Doclisboa 2021 -, co-realizada com Tabea Blumenschein.

O 19.º Doclisboa acontece entre 21 e 31 de Outubro.


SESSÃO DE ANTECIPAÇÃO DAS RETROSPECTIVAS

6 AGOSTO | CINEMATECA PORTUGUESA

Ignoti alla città

Cecilia Mangini | Itália | 1958 | 10’

"O primeiro filme de Mangini, retirado de circulação pela censura da altura, retrata a vida, problemas e esperanças de um grupo de rapazes dos subúrbios marginais e pobres de Roma. Pier Paolo Pasolini, então escritor e amigo da realizadora, contribui com as palavras que nos guiam pelas imagens de Mangini."


La Canta delle Marane

Cecilia Mangini | Itália | 1961 | 10’

"Visão vibrante e sensual sobre a dissolução de fronteiras, La canta delle marane acompanha um grupo de rapazes que brinca à beira de um rio nos subúrbios de Roma. Toma a forma de um poema visual dedicado àquela zona periférica, que teve um papel importante nas narrativas de Pier Paolo Pasolini. Este filme inspira-se no romance de Pasolini, Ragazzi di vita [Meninos da Vida]."


Stendalì (Suonano Ancora)

Cecilia Mangini | Itália | 1960 | 11’

"Em Salento, no sul de Itália, mulheres vestidas de preto lamentam os mortos. Em Stendalì, Mangini retrata esta tradição num ritmo frenético, quase alucinatório, amplificado pela música vanguardista de Egisto Macchi."


Laokoon & Söhne

Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein | RFA | 1972-73 | 48’

"Num país imaginário, habitado apenas por mulheres, Esmeralda del Rio empreende uma série de transformações, tornando-se viúva na tundra gelada, patinadora no gelo e até o gigolô Jimmy. Este primeiro filme de Ottinger, raramente projetado, é em si um acto de metamorfose, com a autora a passar para o cinema após trabalhar como artista e fotógrafa. O turbilhão excêntrico de imagens, acompanhado de uma narração divertida e caprichosa, é um exercício surrealista, um ritual e um jogo requintado tão sério como só os jogos o podem ser. 'Os contos de fadas estão a chegar; os contos de fadas vieram para ficar.'"

terça-feira, 22 de junho de 2021

Cinemateca disponibiliza 'Maria do Mar' em streaming no dia 23 de Junho

O filme Maria do Mar, de José Leitão de Barros, vai estar disponível para visionamento em streaming no próximo dia 23 de Junho, durante todo o dia no site da Cinemateca Portuguesa

Esta apresentação em streaming contará com a partitura original, composta por Bernardo Sassetti, encomendada pela Cinemateca em 1999, por ocasião do restauro de 2000, orquestrada por Vasco Pearce de Azevedo, Bernardo Sassetti e Luís Tinoco e gravada em 2010 por Bernardo Sassetti (piano), Filipa Pais (voz) e a Orquestra Sinfonietta de Lisboa (conduzida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo) com José Pedro Gil, Vasco Pearce de Azevedo e Bernardo Sassetti a cargo da produção.

Maria do Mar é um "notável trabalho de integração da paisagem marítima e da vida dos pescadores da Nazaré numa ficção construída à volta do ódio entre duas famílias, de onde brota uma história de amor que ultrapassa qualquer rivalidade. Um belíssimo filme, com imagens surpreendentes e um trabalho de montagem claramente marcado pela influência da vanguarda soviética da época, onde se notam ainda muitos outros sinais do cinema europeu e americano dos anos vinte do século passado".

Esta sessão online é organizada no âmbito do programa A Season of Classic Films, financiado pelo Programa Europa Criativa e coordenado pela ACE (Association des Cinémathèques Européennes), destinado a valorizar o património cinematográfico europeu.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Filme Concerto 'Maria do Mar', de Leitão de Barros, no São Luiz Teatro Municipal a 12 de Junho

A versão restaurada do filme Maria do Mar, de Leitão de Barros, será apresentada no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, no dia 12 de Junho, às 20h00, numa iniciativa da Cinemateca Portuguesa e do São Luiz Teatro Municipal. O filme foi estreado nessa mesma sala a 20 de Maio de 1930.

A sessão conta o acompanhamento musical da Orquestra Sinfonietta de Lisboa, conduzida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo, que interpreta a partitura original composta por Bernardo Sassetti e encomendada pela Cinemateca Portuguesa, em 2000.

"Maria do Mar é um notável trabalho de integração da paisagem marítima e a vida dos pescadores da Nazaré numa ficção construída à volta do ódio entre duas famílias por causa da morte de um pescador, provocada acidentalmente por outro. Serão os filhos que, com o seu amor, irão reconciliar as famílias."

A apresentação de Maria do Mar marca o arranque do projeto FILMar, operacionalizado pela Cinemateca, no âmbito do programa EEAGRants 2020-2024, para a digitalização do cinema português relacionado com o mar, integrando ainda o programa A Season of Classic Films, da Association des Cinemathèques Europeénnes.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Gus Van Sant vem à Cinemateca em Setembro

Gus Van Sant estará na Cinemateca Portuguesa em Setembro para acompanhar uma retrospectiva da sua obra - composta por títulos escolhidos por si - e uma carta branca dedicada a Andy Warhol.

Na iniciativa, organizada em colaboração com o festival Queer Lisboa, o realizador virá apresentar cinco dos seus filmes: Mala Noche, My Own Private Idaho, Milk, Elephant e Ouverture of Something That Never Ended

A carta branca é dedicada a Andy Warhol, criador da mítica Factory em Nova Iorque, espaço que serve de mote ao primeiro espetáculo musical criado por Van Sant, a apresentar também em Setembro no Teatro D. Maria II, em contexto da próxima edição da BoCA – Biennial of Contemporary Arts. Na Cinemateca, serão exibidos os filmes Batman Dracula, de Warhol, inspirado nas aventuras da personagem de BD Batman, e o documentário ANDY WARHOL: A DOCUMENTARY FILM, de Ric Burns.

Em breve serão divulgadas mais informações.

PROGRAMA PREVISTO

Retrospectiva Gus Van Sant

MALA NOCHE (1986)

MY OWN PRIVATE IDAHO (1991)

ELEPHANT (2003)

MILK (2008)

OUVERTURE OF SOMETHING THAT NEVER ENDED (2020)


Carta Branca a Gus Van Sant sobre Warhol

BATMAN DRACULA (1964)

ANDY WARHOL: A DOCUMENTARY FILM (2006)

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Cinemateca Portuguesa retoma as sessões a 19 de Abril e anuncia novidades

A Cinemateca Portuguesa retoma as sessões públicas a 19 de Abril (tal como as salas de cinema comercial), em horário reduzido, e anunciou já alguns dos destaques da programação para os próximos meses.

Depois de três meses sem sessões de cinema em sala, a Cinemateca abre as suas portas com duas sessões diárias, às 15h30 e às 19h00, na Sala M. Félix Ribeiro. No primeiro período da reabertura, entre 19 e 30 de Abril, serão realizadas 22 sessões assentes em três eixos da programação:

- Brevemente neste cinema - 14 sessões que antecipam os temas de alguns dos principais ciclos a apresentar no resto do ano. Destaque para a inauguração do ciclo Os Mares da Europa, no dia 19 de Abril, às 19h00. Este ciclo, que integra o programa cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, e que prosseguirá depois a partir de 3 de Maio, arranca com obras dos primórdios do cinema (Irmãos Lumière e Harry Short) e com um dos mais célebres títulos de Jean Epstein, Finis Terrae (1929), com acompanhamento ao piano por João Paulo Esteves da Silva;

- Filmes portugueses em cópias novas - Primeiras exibições na sala da Cinemateca de três trabalhos de laboratório feitos no âmbito da preservação e divulgação do cinema português (analógicos ou digitais): O Movimento das Coisas, de Manuela Serra (1985), Cartas na Mesa, de Rogério Ceitil (1975), e As Armas e o Povo (colectivo, 1975);

- Novas edições - Quatro sessões especiais articuladas com o lançamento de novas edições, da Cinemateca e não só. Duas surgem a propósito da divulgação do livro Luis Miguel Cintra: o cinema, constituindo uma nova jornada de homenagem ao actor e encenador, com a presença do próprio e dos realizadores Pablo Llorca e Ricardo Aibéo. Outra refere-se a uma nova edição da casa – A Coleção Colonial da Cinemateca – neste caso em evocação dupla da autora Joana Pimentel (1953-2018) e de Joaquim Lopes Barbosa, falecido já este ano, de quem exibimos a sua única longa-metragem Deixem-me ao menos subir às palmeiras (1972). Por fim, em mais uma sessão dedicada ao cinema português, é destacado o último livro de José Bértolo (editado pela Documenta), Espectros do Cinema – Manoel de Oliveira e João Pedro Rodrigues.

A partir de 3 de Maio, a Cinemateca espera retomar as três sessões diárias e um conjunto de ciclos do cinema mundial: 

OS MARES DA EUROPA (por ocasião da Presidência Portuguesa do Conselho da U.E., com o apoio da respetiva Estrutura de Missão) 

REVISITAR OS GRANDES GÉNEROS: O NOIR (Duas partes: I NO CORAÇÃO DO NOIR, II DISPONÍVEIS PARA O NOIR)

O CINEMA ITALIANO, LADO B

ALEXANDER KLUGE (em colaboração com a Fundação de Serralves – Casa do Cinema Manoel de Oliveira)

SARAH MALDOROR (em colaboração com o IndieLisboa)

PETER BOGDANOVICH E CARTA BRANCA A P. BOGDANOVICH

O CINEMA FRANCÊS SOB OCUPAÇÃO

PÁL FEJOS 

JACQUELINE AUDRY (em colaboração com a Festa do Cinema Francês)

ALLAN DWAN

CHRIS MARKER

LOIS WEBER 

CENTENÁRIOS DE: JANE RUSSELL, DEBORAH KERR, SIMONE SIGNORET, YVES MONTAND, DIRK BOGARDE


Ainda por divulgar estão todos os ciclos dedicados ao Cinema Português, incluindo a conclusão do ciclo dedicado a Jorge Silva Melo, bem como o ciclo de homenagem a José Mário Branco.

A calendarização definitiva será anunciada posteriormente e em função das circunstâncias em que poderão decorrer as sessões de cinema. Mais informações no site da Cinemateca Portuguesa.

terça-feira, 19 de maio de 2020

Cinemateca Portuguesa reabre gradualmente a partir de 1 de Junho

A Cinemateca Portuguesa anunciou que irá começar a reabrir os seus serviços públicos, gradualmente, a partir de 1 de Junho, "na sequência das orientações superiores sobre a matéria e de acordo com as regras ditadas pelas autoridades de saúde".


Os primeiros a abrir ao público a 1 de Junho serão a Biblioteca, no edifício sede na Rua Barata Salgueiro, em Lisboa, e actividades de acesso à colecção fílmica no departamento de arquivo (ANIM), em Bucelas, "neste último caso visionamentos para investigadores e cedência de excertos de filmes". Os dois serviços "funcionarão por marcação e com algumas restrições a nível de lotação e condições de higiene e segurança para todos os funcionários e utilizadores. Quanto ao acesso à colecção fílmica, nesta fase será apenas facultado acesso público a suportes digitais".

Ainda nesta data, reabrirão o Bar/Restaurante 39 Degraus e da Livraria Linha de Sombra, com horário reduzido e as restrições ditadas para este tipo de actividade.

Para o início de Julho, está marcado o regresso da programação da Cinemateca, em regime parcial e adaptado. Assim, entre 1 e 31 de Julho, "serão organizadas duas sessões diárias no edifício sede, uma durante a tarde, na Sala M. Félix Ribeiro, e uma sessão nocturna na Esplanada". Regressarão também as sessões da Cinemateca Júnior no Palácio Foz, com algumas sessões aos sábados à tarde. "Todas as sessões terão restrições a nível de lotação e serão implementadas as medidas necessárias para garantir a segurança dos espectadores", acrescenta-se em comunicado.

O programa e horários a apresentar em Julho serão comunicados no dia 15 de Junho.

Enquanto a programação não é retomada, ao longo do mês de Junho, continuam a decorrer as iniciativas da plataforma Gestos & Fragmentos com a inserção regular de novos conteúdos e contributo.

sábado, 7 de março de 2020

Albert Serra apresenta Liberté a 7 de Março na Cinemateca

Albert Serra apresenta o seu mais recente filme Liberté, hoje, dia 7 de Março, pelas 21h30, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa. Esta será uma projecção especial antes da estreia comercial do filme nas salas portuguesas.


A sessão, organizada em colaboração com a Rosa Filmes (co-produtora do filme) e com a Nitrato Filmes (distribuidora nacional de Liberté), marca o regresso de Albert Serra à Cinemateca, onde em 2017 foi realizador convidado por altura da estreia portuguesa do seu filme anterior A Morte de Louis XIV, também exibido em antestreia na Cinemateca numa sessão que contou ainda com a presença do actor Jean-Pierre Léaud.

Liberté foi filmado em Portugal e conquistou o Prémio Especial do Júri da secção Un Certain Regard, na edição 2019 do Festival de Cannes. No filme, o realizador cria um novo olhar sobre a aristocracia europeia, nas vésperas da revolução francesa, assente na história de um grupo de libertinos em viagem que se dedica, durante uma noite, a um cerimonial de "jeu de massacre", pleno de elementos "sadeanos"

Desta vez, Albert Serra escolheu o "viscontiano" Helmut Berger para interpretar o protagonista Duque de Walcher.

domingo, 24 de novembro de 2019

'Manuel Casimiro: Pintar a Ideia' a 29 de Novembro na Cinemateca

O documentário Manuel Casimiro: Pintar a Ideia será exibido na Cinemateca Portuguesa, no dia 29 de Novembro, às 21h30, no ciclo Ante-estreias.

© Manuel Casimiro: Pintar a Ideia, Portugal, 2018
Realizado por Isabel Lopes Gomes, o filme aborda a vida e obra do pintor Manuel Casimiro. Este é o quarto documentário da realizadora sobre artistas plásticos.

Manuel Casimiro, filho do realizador Manoel de Oliveira, é pintor, fotógrafo, escultor, criador de instalações e, pontualmente, cineasta. Para além do trabalho em Portugal, o artista tem um percurso internacional, vivendo e expondo em muitos países europeus e nos EUA.

O filme conta com depoimentos de Manuel Casimiro e de outros artistas, dos filósofos Jean-François Lyotard, Vincent Descombes e Christine Buci-Glucksmann, do romancista Michel Butor, do historiador e crítico de Arte Bernardo Pinto de Almeida, do académico Jonathan Dronsfield  e de Pierre Restany, historiador e crítico de Arte.

domingo, 20 de outubro de 2019

Doclisboa'19: She / Sie (1970) + Who’s Afraid of the Bogeyman / Wer fürchtet sich vorm schwarzen Mann (1989)

O Doclisboa'19 assinala os 30 anos da queda do muro de Berlim, com a retrospectiva Ascensão e Queda do Muro - O Cinema da Alemanha de Leste. A Cinemateca é o principal palco de exibição destes filmes cuja visualização é uma oportunidade quase única. Na sessão das 19h00 de 19 de Outubro (repete no dia 23), o tema foi Mulheres Poderosas?, e foram exibidos dois filmes realizados por mulheres, sobre mulheres com poder: Sie (She), de Gitta Nickel, e Wer fürchtet sich vorm schwarzen Mann (Who’s Afraid of the Bogeyman), de Helke Misselwitz.

Wer fürchtet sich vorm schwarzen Mann, de Helke Misselwitz

Sie (She), Gitta Nickel - *8.5/10*

Sie traz-nos uma visão surpreendente das mulheres de um fábrica têxtil da Alemanha de Leste nos anos 70, que espelha a emancipação feminina no seu esplendor. Mulheres com ideias bem definidas, cultas e versáteis, com funções de chefia e capazes de planear a sua vida, trabalho e família. 

A realizadora Gitta Nickel coloca a sua câmara entre as conversas e faz entrevistas a uma médica jovem, trabalhadoras e gerentes de todas as idades, posições e contextos sociais da fábrica Treffmodelle. Expressam as suas preocupações pessoais e falam sobre relações, planeamento familiar e pílula contraceptiva, educar crianças e habilitações profissionais, direitos das mulheres e igualdade na sociedade (meritocrática) socialista.

Sie, de Gitta Nickel 
Um entusiasta elogio às mulheres da época na RDA.


Wer fürchtet sich vorm schwarzen Mann (Who’s Afraid of the Bogeyman), Helke Misselwitz - *7/10*

Wer fürchtet sich vorm schwarzen Mann (Who’s Afraid of the Bogeyman), da realizadora Helke Misselwitz, conduz-nos pelo quotidiano da empresa privada de transporte de carvão Prenzlauer Berg, na Alemanha Oriental, entre 1988 e 1989. Em vésperas da reunião do país, eis um registo de como se vivia à época, em especial naquela fábrica, gerida por uma mulher de pulso firme e sem papas na língua.

Wer fürchtet sich vorm schwarzen Mann, de Helke Misselwitz 
O trabalho físico e pesado cabe aos homens que fazem a entrega de carvão, cortam lenha, carregam e descarregam camiões, enquanto a gestão está nas mãos de uma patroa que, apesar de líder é compreensiva e nutre grande simpatia pelos empregados - e vice-versa, eles respeitam-na e admiram-na.

Nas conversas do quotidiano - em que nem a realizadora, nem a câmara parecem incomodar os intervenientes -, vamos conhecendo homens e mulheres, que desabafam sobre a sua vida pessoal ou conversam sem receios sobre o Muro de Berlim - e os seus dois lados -, casos de abuso de menores, prisão, morte, alcoolismo ou educação. Mal sabiam que o muro cairia dali a uns meses e a Alemanha voltaria a ser uma só.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

70 Anos de Cinemateca: Comemorações

Em 2018 celebram-se os 70 anos da consagração legal da criação da Cinemateca pela Lei 2027 de 1948 e o começo de implantação prática em 1949.

As comemorações irão decorrer entre o dia 5 de Novembro de 2018 (data do arranque do ciclo 70 Anos – 70 Filmes e da exposição O Livro de Cinema - viagem através das edições e da imagem gráfica da Cinemateca) e o final do primeiro semestre de 2019. Antes disso, haverá uma sessão de lançamento do primeiro volume da obra Escritos sobre Cinema de João Bénard da Costa, no dia 29 de Setembro de 2018, às 21h30.

A 5 de Novembro, inicia-se o Ciclo 70 Anos - 70 Filmes, dividido em duas partes de 35 filmes cada. A primeira parte, que decorrerá em Novembro e Dezembro de 2018, inclui obras de todas épocas do cinema mundial que marcaram a História da Cinemateca ou através das quais são evocados acontecimentos marcantes dessa História. Engloba filmes de géneros variados, sem preocupação de abrangência precisa de datas nem arrumação cronológica. A segunda parte, a exibir nos primeiros meses de 2019, inclui 35 obras de 35 autores do cinema mundial contemporâneo, entendidos como uma proposta de leitura possível, necessariamente subjectiva e mais uma vez ecléctica, da arte cinematográfica do presente.


No dia 16 de Novembro de 2018, na sede da Cinemateca, a partir das 18h00 acontece um programa especial Que faremos nós com esta espada?, com projecção contínua de bobines (fragmentos) de filmes produzidos em Portugal em todas as épocas e de todos os géneros. A partir das 22h00 terá lugar a festa comemorativa dos 70 anos.

No dia 30 de Novembro, a Sala M. Félix Ribeiro recebe o Colóquio Sobre O Passado, O Presente  e O Futuro da Cinemateca. A primeira mostra integral da obra do realizador Manoel de Oliveira vai acontecer entre Dezembro de 2018 e Janeiro de 2019. 

Entre o dia 5 de Novembro de 2018 e o final de Julho de 2019 terá lugar uma exposição O livro de cinema – viagem através das edições e da imagem gráfica da Cinemateca.

No âmbito de acção da Cinemateca Júnior, serão apresentados dois espectáculos de Lanterna Mágica por ocasião do dia da Criança, a 31 de Maio e 1 de Junho de 2019, pelo lanternista inglês Jeremy Brooker. Complementarmente, Brooker orientará uma oficina destinada à formação de lanternistas, nisso englobando a área da utilização dos aparelhos e a do património de vidros pintados para lanterna.

Nos termos definidos pela lei de bases de protecção e valorização do património cultural e da legislação de desenvolvimento (promulgadas respectivamente em 2001 e 2015), dar-se-á início a um projecto amplo e faseado tendente à classificação dos suportes matriciais do cinema português como bens de interesse nacional, o que implicará para cada um, por inerência, a designação "Tesouro Nacional". Para além deste Projecto de Classificação Patrimonial do Cinema Português, vai levar-se a cabo um outro projecto História e Memória Oral do Cinema em Portugal, uma colaboração entre a Cinemateca e a Universidade da Beira Interior (Centro de Investigação LABCOM), que se traduz na recolha de registos de imagem e som de intervenientes na actividade de cinema em Portugal em todas as vertentes desta, desde os sectores tradicionais da produção, distribuição e exibição até ao domínio da história, da crítica, da imprensa e actividade editorial, dos cineclubes ou dos espectadores.

A Cinemateca prepara ainda algumas edições especiais: uma sobre o seu percurso histórico nas diferentes vertentes (conservação patrimonial, difusão cultural, documentação); O livro de cinema – viagem através das edições e da imagem gráfica da Cinemateca (alusiva à exposição); e História do Cinema, especificamente para crianças até 10 anos de idade. Serão ainda lançados os livros referentes aos ciclos já decorridos Luís Miguel Cintra – O Cinema e António-Pedro Vasconcelos, e um novo livro dedicado à obra de Manoel de Oliveira, em dois volumes.

Mais informações sobre as comemorações dos 70 Anos da Cinemateca, aqui.