A 22.ª edição do Queer Lisboa acontece entre os dias 14 e 22 de Setembro e já se conhecem as primeiras novidades. Diamantino, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, e Bixa Travesty, Claudia Priscilla e Kiko Goifman, serão os filmes de abertura e encerramento do festival.
Um dos grandes destaques deste ano é um programa multidisciplinar em redor da temática do VIH/sida, com o título O vírus-cinema: cinema queer e VIH/sida, que reúne um ciclo de cinema, uma exposição e o lançamento de um livro de ensaios. O ciclo pretende dar a conhecer os realizadores do vídeo-activismo do VIH/sida, colocando estas obras de emergência em diálogo com algumas das longas-metragens mais emblemáticas sobre este tema. Destaque para La Pudeur ou l’impudeur (1992), de Hervé Guibert, Buddies (1985), de Arthur J. Bressan, Jr., primeira ficção sobre o VIH/sida, que será apresentada em versão restaurada, Kids (1995), de Larry Clark, ou Bright Eyes (1986), de Stuart Marshall, um dos primeiros documentários sobre a sida.
No dia 15 de Setembro é lançado o livro O vírus-cinema: cinema queer e VIH/sida, com coordenação de António Fernando Cascais e João Ferreira, que reúne um conjunto de ensaios quase, todos inéditos, onde diferentes personalidades convidadas – médicos, activistas, programadores, críticos de cinema.
O Queer Lisboa lançou ainda o convite ao artista plástico Thomas Mendonça para que ele desafiasse um conjunto de outros jovens artistas a conceberem uma peça à volta da temática do VIH/sida e dos filmes programados, procurando uma perspectiva de como a epidemia é interpretada por uma nova geração. A exposição O vírus é inaugurada também a 15 de Setembro, na Galeria FOCO, onde poderão ser vistas as obras de Christophe dos Santos, Cláudia Sofia, Diego Machargo, Fernanda Feher, João Gabriel, João Viegas, Mauro Ventura, Marta Pombo, Rui Palma e Thomas Mendonça.
O festival antecipa a 51.ª edição da ModaLisboa e apresenta três documentários que revelam a importância da cultura queer na moda e de como a moda tem contribuído para o esbatimento de noções heteronormativas de género. We Margiela (2017), sobre o nascimento da casa de moda dirigida por Martin Margiela, responsável por uma verdadeira revolução nesta indústria, é um dos filmes programados, e que dará lugar a um debate com a presença de Eduarda Abbondanza, directora da ModaLisboa e Rui Palma, fotógrafo de moda. O documentário Kevyn Aucoin - Beauty & the Beast in Me (2017), de Lori Kaye, um retrato do maquilhador Kevyn Aucoin, e a estreia nacional do documentário George Michael: Freedom - Director’s Cut (2018), de George Michael e David Austin, são os restantes destaques.
Fora de competição, na secção Panorama, o Queer Lisboa 22 vai apresentar Disobedience (2017), de Sebastián Lelio e protagonizada por Rachel Weisz, Rachel McAdams e Alessandro Nivola, e L’Amour Debout, Michaël Dacheux.
O 22.º Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer irá decorrer no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa.
Mais informações sobre o festival em http://queerlisboa.pt.
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