*7/10*
Michael Moore não perdoa e volta à carga com Fahrenheit 11/9, com mais denúncias e muita propaganda. Quem já conhece o realizador, sabe o que esperar. Este lado activista sarcástico é uma das maiores qualidades que podemos reconhecer-lhe.
Percorremos a eleição de Trump, no dia 9 de Novembro de 2016, o boicote dos democratas a Bernie Sanders, as lágrimas dos apoiantes de Hillary Clinton, a crise da água em Flint, Michigan, a desilusão Obama, a Guerra, as armas, a separação de pais e filhos mexicanos, o descontrolo total do país que se diz o melhor do mundo.
Recorrendo a imagens de arquivo de diversos momentos da História norte-americana recente, Moore não se coíbe de expor o pior lado dos EUA, a corrupção, e vai ao terreno, conhecer os problemas, falar com os que não baixam os braços, provocar e confrontar quem não tem humanidade. Ele quer justiça. A sua crítica mordaz e ironia constante estão, como sempre, presentes, ao mesmo tempo que o realizador nos apresenta a personagens com ideais e vontade de lutar.
Michael Moore tem ritmo e sabe cativar - ou chocar - a audiência, mesmo que, por vezes, divague um pouco demais. Certo é que o realizador nunca perde a coragem ou vontade de denunciar, e far-nos-á questionar profundamente muitos problemas do mundo actual.
O Doclisboa'18 apresentou o documentário em antestreia, mas em Novembro Fahrenheit 11/9 chegará às salas de cinema nacionais.
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