A 16.ª edição do Festival Temps d'Images acontece entre os dias 1 de Novembro e 2 de Dezembro, em Lisboa. Serão 24 os eventos a acontecer, entre espectáculos, concertos, exposições e cinema, reunindo 37 artistas e colectivos, num total de 15 espaços na capital.
É na Appleton Square, nos dias 1 e 2 de Novembro, que se dá o início ao festival, com Boas Garotas, uma performance de Clarissa Sacchelli que nasce a partir de uma selecção de vídeos do arquivo histórico da Videobrasil, de que a artista se apropriou e re-interpretou. No dia seguinte, projectam-se os vídeos que serviram de base ao trabalho da artista e que marcam a história da video-arte brasileira.
Na área do cinema, o Temps d'Images programa um ciclo no Cinema Ideal, onde se inclui a estreia dos filmes Utopia.Doc e In The Comfort of Your Own Home, de Christiane Jatahy, com exibições intercaladas entre 11 e 14 de Novembro. No dia 10 de Novembro, um catálogo fílmico da exposição Acção/Decisão (inaugurada no passado mês de Maio no Centro José de Guimarães), apresentando trabalho de Arthomem, João Fiadeiro e Vânia Rovisco.
Vão ainda ser exibidas uma selecção de curtas do arquivo da Escola Superior de Teatro e Cinema, no dia 9 de Novembro, e uma selecção de curtas em película da mesma escola na Cinemateca Portuguesa no dia 7.
Outros espectáculos
No Palácio Pancas Palha, onde está instalada a Companhia Olga Roriz, Sara Vaz e Marco Balesteros apresentam, no dia 3 de Novembro, Ensaio Para Livro - Caracter #1 Da Imagem, uma investigação sob a forma de ensaio, que aborda a imagem como personagem que assume uma forma cénica e uma forma editorial. O artista Jonathan Saldanha mostra pela primeira vez o seu trabalho em Lisboa e fá-lo com SØMA, uma peça que se situa na intersecção do vídeo com a sonoplastia. Para ver nos dias 9 e 10 de Novembro na Culturgest.
No CAL - Centro de Artes de Lisboa, o artista Miguel Bonneville apresenta nos dias 3 e 4 de Novembro MB#6 (2008/2018), uma reposição de um espectáculo de 2008, onde algumas mulheres falam sobre as suas experiências por serem mulheres, adultas, artistas, no formato de vídeo-retratos e uma revisitação deste mesmo espectáculo dando origem a uma nova peça, 10 anos depois. Henrique Furtado e Chiara Taviani apresentam também neste espaço o espectáculo Stand Still You Ever-moving Spheres of Heaven, nos dias 16 e 17 de Novembro, e Carolina Campos e Márcia Lança repõem o espectáculo Nome, nos dias 23 e 24. Ainda no CAL, os SillySeason estreiam a sua nova peça Testamento em Três Atos, um trabalho biográfico a partir da obra de Shakespeare, para ver de 28 Novembro a 2 de Dezembro.
O espectáculo Onde Está o Casaco?, de Ana Jotta, Cyriaque Villemaux e João dos Santos Martins, é apresentado em Lisboa nos dias 17 e 18 de Novembro, na Sociedade Musical Ordem e Progresso. Nos mesmos dias, no MAAT, Sala dos Geradores, é apresentada De Perto, Uma Pedra, uma performance-conferência de João Fiadeiro e Leonardo Mouramateus, a partir do espectáculo From afar it was an island.
De Perto, Uma Pedra |
Carlota Lagido apresenta Jugle Red no dia 21 de Novembro, no Teatro Ibérico, um espectáculo sobre a nostalgia do paraíso. Já André Uerba apresenta Burn Time no Teatro do Bairro, uma performance-instalação, para ver nos dias 21 e 22. No mesmo espaço, no dia 25, Ana Renata Polónia apresenta Carrossel, espectáculo em que o carrossel surge como uma metáfora do percurso da humanidade.
Na Rua das Gaivotas 6, entre os dias 23 e 25 de Novembro, Clara Amaral estreia em Lisboa Do You Remember That Time We Were Together and Danced This or That Dance?, uma performance que apresenta, presencialmente, uma publicação imaterial, em sessões individuais de 30 minutos. No Damas, no dia 29 de Novembro, é lançada a edição de artista A Morte Nos Olhos, de Alexandre Pieroni Calado, João Ferro Martins e José Miranda Justo e, de seguida, realiza-se o concerto Catarata, em que Bruno Humberto e André Tasso se juntam no palco a Ferro Martins. A entrada é livre.
No Espaço Alkantara são apresentados www.we want waffles #1, de João Estevens, a estreia de um projecto de investigação e uma série de performances que pensam os nossos mecanismos de percepção e as nossas interacções na realidade digital, a 30 de Novembro e 1 de Dezembro. E Geminis, de António Torres e Sérgio Matias, no dia 1, um work in progress de entrada livre, onde se tenta encontrar uma coreografia do possível a partir do encontro de dois corpos.
A terminar programação do festival, Maria Duarte e João Rodrigues apresentam A Balada de Amor e de Morte do Porta-estandarte Christoph Rilke, uma estreia absoluta para ver nos dias 1 e 2 de Dezembro, na Biblioteca de Marvila.
Toda a informação sobre o Festival Temps d'Images em http://www.tempsdimages-portugal.com/.
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