*7/10*
Partindo de entrevistas a diversas personalidades transgénero, entre realizadores, actores, modelos ou pensadores, e excertos de filmes, séries ou entrevistas, faz-se uma desconstrução do impacto de Hollywood na comunidade trans.
A figura do transsexual na Sétima Arte, desde o cinema mudo à actualidade, é o ponto de partida da reflexão de todos os intervenientes, que falam na primeira pessoa da sua experiência enquanto espectador trans e, posteriormente, enquanto actor ou realizador. Desde os filmes onde a personagem transformista era motivo de humor; à posterior incorporação da violência associada ao processo da mudança de sexo; ou ao transgénero como profissional do sexo; criaram-se, ao longo das décadas, estereótipos e violência, que a sociedade absorveu, denegrindo e dificultando a integração.
Entre os intervenientes do documentário contam-se as actrizes Laverne Cox, Bianca Leigh, Jen Richards, Alexandra Billings, Rain Valdez, a historiadora Susan Stryker, os realizadores Yance Ford e Lilly Wachowski, os actores Brian Michael Smith, Elliot Fletcher, Marquise Vilson, e muitos mais.
Judith de Bethulia (1914), The Lucy-Desi Comedy Hour (1959), Flip (1971) The Jeffersons (1975), Soap (1977), Yentl (1983), O Beijo da Mulher-Aranha (1985), O Silêncio dos Inocentes (1991), Soapdish (1991), Jogo de Lágrimas (1992), Ace Ventura - Detective Animal (1994) , Os Rapazes Não Choram (1999), The L Word (2006), O Clube de Dallas (2013), Orange Is the New Black (2013), A Rapariga Dinamarquesa (2015), são alguns dos muitos títulos citados para contar esta parte da História.
No mês do Orgulho LGBTQ+, Disclosure: Ser Trans em Hollywood é um filme pertinente e discute, sem pudor ou preconceitos, um tema que precisa ser mais normalizado e compreendido. É preciso despertar consciências.
Sem comentários:
Enviar um comentário