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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Crítica: O Segredo do Refúgio / The Rental (2020)

*5/10*
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The Rental (O Segredo do Refúgio, em português) marca a estreia do actor Dave Franco na realização e foi o filme de encerramento do MOTELx 2020. Um thriller de terror, com boas intenções mas que perde o fulgor inicial.

Não marcando pela originalidade, o filme faz recordar muitos títulos em que um grupo de amigos resolve ir de férias e tudo corre mal (lembrou-me bastante Sei o Que Fizeste no Verão Passado), mas adaptado à tecnologia dos tempos actuais. Um convite para que deixemos de arrendar casas via plataformas digitais de arrendamento local (como o airbnb) ou o façamos com muito cuidado. 

"Dois casais, numa escapadela junto ao mar, começam a suspeitar que o anfitrião da casa aparentemente perfeita que alugaram está a espiá-los. Rapidamente, o que deveria ter sido uma viagem comemorativa de fim-de-semana transforma-se em algo muito mais sinistro, à medida que segredos bem guardados são expostos e os quatro velhos amigos vêem-se sob uma luz totalmente nova."


O nevoeiro cerrado que rodeia a casa, a cave secreta e outros clichés de filme de género servem aqui mais para criar ilusão do que para desvendar o mistério, o que é um ponto a favor da estreia de Franco. Apesar de cair em alguns facilitismos narrativos, The Rental consegue ainda deter alguns momentos inspirados, com um chuveiro que lembra Psycho, e um sociopata tecnológico.

O alojamento local serve de pretexto para o surgimento do medo e da desconfiança, seja por ser uma casa desconhecida e isolada, ou pelo comportamento do arrendatário ser suspeito, mesmo antes de o conhecerem. 

Dan Stevens, Alison BrieSheila VandJeremy Allen White cumprem o seu papel, sem grande destaque. Contudo, a culpa aqui recai em Dave Franco, que faz das mortes em série um desfile pouco entusiasmante e com pouca luta, mesmo que, visualmente, nos proporcione alguns planos interessantes.


Em The Rental, Franco faz cumprir essencialmente a função de entretenimento, mantendo a tensão a fluir, entre drogas, álcool, traições, voyeurismo e um cão desaparecido.

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