sábado, 26 de dezembro de 2020

Crítica: Soul - Uma Aventura com Alma (2020)

"Life is full of possibilities. You just need to know where to look. Don't miss out on the joys of life."

Joe

*7/10*

Soul - Uma Aventura com Alma é uma animação inspirada e um convite a viver a vida ao máximo. O limbo entre a vida e a morte é constantemente posto à prova, e a procura pela verdadeira razão de ser é o mote desta aventura cheia de jazz.

Joe Gardner é um professor de música do ensino básico que tem a oportunidade da sua vida para tocar no melhor clube de jazz da cidade. Mas um acidente leva-o das ruas de Nova Iorque à Grande Ante-vida, um sítio fantástico onde as novas almas ganham personalidade, características e interesses, antes de irem para a Terra. Determinado a regressar à sua vida, Joe junta-se a 22, uma alma precoce que nunca entendeu o encanto da experiência humana. Joe quer descobrir as respostas às questões mais importantes da vida, enquanto tenta desesperadamente mostrar a 22 o que há de bom em viver.

Toda a fantasia de Soul resulta de uma imaginação fértil e pouco comum nos últimos filme da Pixar - e o realizador Pete Docter é o principal responsável pelo feito. Uma longa-metragem que trata de temas sérios com simplicidade e coloca elementos metafóricos cheios de significância. O universo da Grande Ante-vida apresenta-se como uma dimensão onírica e cheia de perspectivas, tanto para Joe como para 22. Será também através desta pequena alma (que já teve os melhores mentores alguma vez imaginados e nunca se convenceu a querer ser humana) que nos iremos cruzar com personagens secundárias fundamentais para o desenrolar da acção. 

Tecnicamente, Soul - Uma Aventura com Alma traz-nos um trabalho de animação cada vez mais realista e onde a iluminação assume um papel relevante, quer em palco, com a banda de jazz, quer na Grande Antevida e nos seus caminhos secretos. Tudo isto ao som da banda sonora de Trent Reznor e Atticus Ross.

Se, por um lado, Soul é um filme que será melhor compreendido pelos adultos, o seu encanto não passará despercebido aos mais novos. Um belo desenho do sentido da vida no ecrã, acompanhado pela música de Joe e pelos pequenos prazeres da curta experiência de vida de 22, fazem com que tenhamos, também nós, mais vontade de viver.

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