A 3.ª edição do Festival Imaterial regressa a Évora de 19 a 27 de Maio, e conta com um Ciclo de Cinema Documental no Auditório Soror Mariana.
O ciclo começa no dia 19 de Maio, pelas 21h30, com a estreia mundial do filme Ballaké Sissoko Kora Tales, de Laurent Benhamou e Lucy Duran, com presença dos realizadores. O filme gira em redor do músico e do "seu instrumento, a Kora, uma harpa de 21 cordas da África Ocidental, cujas origens estão envoltas em lendas. Viajando mais para oeste, numa canoa, em direção ao Senegal e à Gâmbia, de onde a sua família é oriunda, Ballaké cruza o rio Casamance para se encontrar com uma família de tocadores de kora que mantém vivo o velho estilo tradicional do instrumento. Inspirado, Ballaké toca a kora pela noite dentro, ao som dos grilos e dos pássaros noturnos, recordando a sua própria herança naquela parte do mundo". O documentário é narrado pelo rapper maliano Oxmo Puccino.
No dia 21 de Maio, às 18h30, é exibido o documentário The Sounds of Masks, de Sara Gouveia, que viaja até Moçambique. "Atanásio Nyusi é um poderoso contador de histórias e lendário dançarino de Mapiko. Leva-o numa jornada surreal que entrelaça o passado colonial e o presente de Moçambique. Usando música, dança e o corpo como arquivo de um saber colectivo, este documentário mostra o horror da guerra através da beleza da dança e da poesia". A sessão será apresentada pela historiadora Giulia Strippoli.
A 22 de Maio, pelas 18h30, a viagem segue até Cuba com La Tumba Mambi, do DJ Jigüe e Alexandrine Boudreault-Fournier. Trata-se de um filme de ficção documental "baseado na Tumba Francesa La Caridad de Oriente, sedeada na cidade de Santiago de Cuba", destacando como "o presente assenta numa história de luta pela liberdade".
No dia 23 de Maio, às 18h00, será exibido Dance My Daughter, de Karen Boswall de Givandás (que marcará presença na sessão), apresentando "uma perspectiva feminina sobre o lento progresso de Moçambique no sentido do reconhecimento dos direitos humanos das mulheres e meninas em todo o país. Aqui, onde as vozes das mulheres e das meninas muitas vezes não são ouvidas, sem uma linguagem comum, o canto e a dança funcionam como veículos de protesto e de provocação, de lamento e de celebração".
A 25 de Maio, às 18h00, The Soil, de Zuzana Kolaciewicz, filma "a relação entre as mulheres, a música e a terra na Polónia. São as canções e as suas letras, comentando com humor e pungência a vida, o amor, a terra e a acção feminina, que fornecem uma estrutura narrativa ao filme: crua, autêntica e desprovida de intervenções modernas".
A encerrar o Ciclo de Cinema Documental estará Eyes Open, Youssou N´Dour in Dakar, de Lucy Durán e Celia Lowenstein, no dia 26 de Maio, às 18h00. "Filmado no local e narrado por Youssou N'Dour, o filme explora os sons fantásticos da sua cidade natal, Dakar, capital do Senegal, onde ainda vive, e cujas influências moldaram a sua música. A imagem deste músico e da sua cidade fundem-se para formar um retrato poderoso e belo de um griot moderno, uma figura pública que é, também, um dos mais famosos músicos de África".
O Festival Imaterial tem entrada livre. Toda a informação sobre o evento pode ser consultada em: http://festivalimaterial.pt/.
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