quarta-feira, 12 de julho de 2023

Crítica: Missão: Impossível – Ajuste de Contas Parte Um / Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One (2023)

"Your life will always matter more to me than my own."
Ethan Hunt


*7/10*

Cinco anos depois de Missão: Impossível - Fallout e com uma pandemia pelo meio, Missão: Impossível – Ajuste de Contas Parte Um chegou, por fim, às salas de cinema. 

O incansável Tom Cruise - verdadeiro defensor do projecto e do Cinema enquanto experiência em sala - dá, como sempre, tudo de si, quer em frente da câmara, quer no trabalho de bastidores. A trabalhar com Christopher McQuarrie desde Nação Secreta (2015), a dupla tem dotado os filmes de uma forte personalidade e unidade, tornando a saga mais sólida e coerente.


"Em Missão: Impossível – Ajuste de Contas Parte Um, Ethan Hunt (Tom Cruise) e a sua equipa IMF embarcam na missão mais perigosa de sempre: localizar uma nova e terrível arma que ameaça toda a humanidade, evitando que caia nas mãos erradas. O destino do mundo está em jogo. Com o controlo do futuro em risco e forças obscuras do passado de Ethan a aproximarem-se, começa uma corrida mortal à volta do globo. Confrontado por um inimigo misterioso e todo-poderoso, Ethan é forçado a considerar que nada pode ser mais importante do que a sua missão - nem mesmo as vidas daqueles com quem ele mais se preocupa."

Com a equipa de novo reunida e preparada para os maiores desafios, Missão: Impossível – Ajuste de Contas Parte Um começa de mansinho, ganhando intensidade e adrenalina a cada nova cena. Perseguições, explosões, inimigos sem fim - é, aliás, este um ponto menos forte da longa-metragem, com personagens secundárias que não param de surgir -, os perigos espreitam em cada esquina.


E, mais do que uma luta entre o bem e o mal - tudo isso é relativo -, há uma guerra entre a Inteligência Artificial e o analógico, entre a verdade e as notícias falsas e mentiras. Numa corrida contra o tempo e entre tiroteios no deserto, saltos de mota em queda livre, comboios desgovernados, corridas sem fim (como já é hábito para Tom Cruise) pelas ruas de Veneza ou condução perigosa entre o trânsito, já caótico, da cidade de Roma, Ethan e a sua equipa lutam para proteger os seus e, ao mesmo tempo, evitar todos os inimigos e que o mundo seja dominado por uma poderosa Entidade.


De regresso, saídas dos filmes mais recentes da saga, estão Vanessa Kirby (Viúva Branca) e Rebecca Ferguson (Ilsa Faust), a quem se junta uma nova e misteriosa mulher, a engenhosa ladra Grace, interpretada por Hayley Atwell, à altura dos seus pares.

Numa verdadeira roda viva de emoções, sequências de acção de tirar o fôlego e as já habituais cenas que desafiam a física ou a lógica, eis que surge a primeira parte de Missão: Impossível – Ajuste de Contas. Já sexagenário (ainda é difícil acreditar), Tom Cruise continua aí para as curvas. Que venha o próximo filme.

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