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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Crítica: Wonka (2023)

"I'm making chocolate, of course. How do you like it? Dark? White? Nutty? Absolutely insane."
Willy Wonka


*7/10*

Os primeiros passos de Willy Wonka no mundo dos chocolateiros, antes de construir a sua Fábrica de Chocolate, podem ser acompanhados em Wonka, de Paul King, protagonizado por Timothée Chalamet. Um filme familiar e musical que incentiva a sonhar e usa truques que lembram - e muito - Mary Poppins.

Baseado na personagem central de Charlie e a Fábrica de Chocolate, o livro infantil de Roald Dahl, Wonka conta a história de Willy Wonka. "Antes de criar a fábrica de chocolates e de conhecer os mpa-Lumpas, Willy Wonka já tinha o desejo de mudar o mundo com os seus deliciosos chocolates".


Depois do sucesso de PaddingtonPaul King criou um filme cheio de magia, um humor eficaz e com o foco em valores positivos. Para conseguir singrar nas Galeries Gourmet e fazer frente ao cartel dos gananciosos chocolateiros, a amizade é o bem mais precioso que Willy Wonka tem (a par do seu talento). Ao mesmo tempo, a sua arte tem de ser mostrada e compreendida, a todo o custo, num local onde todos parecem corrompidos, não por dinheiro, mas por chocolate (desde o padre ao chefe da polícia local).

Timothée Chalamet revelou-se a escolha acertada para o papel deste Willy muito jovem, solitário e talentoso, cuja exuberância contrasta com uma inocência e ingenuidade que o prejudicam, mas cuja criatividade e sonhos o levarão longe. A figura de Chalamet funde-se com a personagem com naturalidade e revela-se uma boa surpresa - para muitos inesperada, tendo em conta a figura de Wonka adulto que o cinema já apresentou noutras ocasiões.


Wonka distingue-se pelo seu visual, colorido e mágico, onde se destaca o excelente trabalho de guarda-roupa e direcção artística - na construção de uma realidade onírica -, e onde a música assume um papel importante, a par das coreografias que a acompanham.

Paul King criou um filme cheio de amor e encanto, que apela a que todos lutem pelos seus sonhos, por muito difícil que pareça alcançá-los. E porque mesmo na desgraça é preciso sorrir, humor não falta a acompanhar as dificuldades do protagonista, para gáudio de crianças e adultos.

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