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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Crítica: Encontro (2022)

*5.5/10*

Encontro, de François Manceaux, é uma visita guiada entre Lisboa e Cabo Verde, através de uma história de amores desencontrados.

"No telemóvel de Alain, um realizador belga na casa dos 50 anos, aparece uma imagem misteriosa. Reconhece Luísa, a actriz portuguesa que amou com paixão há sete anos, durante a rodagem de um filme inacabado. Atraído pela fotografia, percebida como um convite divino, deixa a sua casa na Bélgica e regressa a Lisboa para rever a actriz. Uma vez na cidade, descobre que ela desapareceu e uma desconhecida oferece-lhe ajuda para a procurar. Começa assim uma viagem hipnótica, guiada pelo sonho do passado, pelo presente em Lisboa, e por um mundo imaginário em Cabo Verde, onde emerge a dualidade entre aquelas duas mulheres."

Inevitavelmente, é uma imagem que desperta a memória e a curiosidade de um realizador para deixar a Bélgica e voltar ao local onde foi feliz, sete anos antes: Lisboa. Ele vem em busca de um amor que abandonou e que parece ter desaparecido sem deixar rasto. Numa incessante busca, com a ajuda de uma amiga jornalista (interpretada por Dalila Carmo), qual detective a recolher pistas, Alain conhece uma nova e misteriosa mulher, que desperta memórias de Luísa, mas também vislumbres de um futuro em Cabo Verde.

O argumento não vai muito além de lugares comuns e momentos algo previsíveis. No entanto, é nas visões futuristas do protagonista que surge o misticismo de Encontro, e onde se encontram os melhores momentos do filme, num limbo entre o que é real e o que não passa de imaginação. E tudo isto em Cabo Verde, da animação do Carnaval do Mindelo, em São Vicente, à Natureza da ilha de Santo Antão. Grande destaque para para a direcção de fotografia em Cabo Verde, de João Pedro Plácido

Em Encontro, François Manceaux cria um exaustivo postal turístico de Lisboa, momentos inspirados num Cabo Verde místico, e muita música, a acompanhar uma história que não chega muito longe - e perde-se pelo caminho.

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