sexta-feira, 29 de março de 2013

Crítica: Terra Prometida / Promised Land (2012)


*6.5/10*

Depois de Inquietos, em 2011, Gus Van Sant oferece-nos agora Terra Prometida, um drama que arranca bem, cheio de pertinentes dilemas morais e éticos e com Matt Damon a liderar o elenco.

Steve Butler (Matt Damon) é um comercial de uma empresa de gás natural, que é enviado para McKinley, uma pequena cidade rural, com a sua parceira de vendas, Sue Thomason (Frances McDormand). McKinley foi gravemente afectada pelo declínio económico dos últimos anos, pelo que os dois comerciais acreditam que os habitantes aceitarão facilmente a oferta monetária da sua empresa, em troca dos direitos de perfuração nos terrenos. Contudo, o que lhes parecia um simples trabalho e uma curta estadia, torna-se mais complicado pelas advertências do respeitado professor Frank Yates (Hal Holbrook). Ao mesmo tempo, Dustin Noble (John Krasinski), um activista ambiental, chega à cidade, e as tensões aumentam, atingindo um ponto de ebulição.

Com um argumento forte, de John Krasinski e Matt Damon, a partir da história de Dave Eggers, há uma série de temas importantes e actuais em jogo. Problemas ambientais, dilemas ético-morais, verdades e mentiras, manobras das grandes empresas para lucrar e se expandirem. Muitas questões vão também pairar na cabeça da plateia que tomará uma das partes que se defrontam em Terra Prometida.

As questões surgem, desde logo, na tela: devem aquelas pessoas arrendar os seus terrenos em troco de dinheiro, mesmo com todas as acusações que começam a surgir? E do lado dos comerciais, será justo tentar comprar estas pessoas, mesmo tendo dúvidas sobre a veracidade do que se diz acerca das consequências da exploração daquela Terra Prometida? A reflexão está lançada.

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