"I thought we would be safe forever. But "forever" isn't as long as I'd hoped."Bella
*7/10*
Uma das sagas adolescentes de maior sucesso a nível mundial foi sempre marcada, quase desde o início, por uma qualidade muito inferior à popularidade que detém. Eis que o capítulo final veio contrariar essa tendência: A Saga Twilight: Amanhecer Parte 2 deixa o romance num plano secundário e a acção acontece.
Os livros de Stephenie Meyer (que nunca li) são um sucesso mundial, e os filmes seguiram-lhe os passos. Reunindo uma legião de fã por todo o planeta, a saga Twilight deu origem a cinco filmes (Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e os dois Amanhecer), todos eles sucessos de bilheteira, mas uma desilusão cinematográfica – à excepção do derradeiro.
Amanhecer Parte 2 deixa de lado as “lamechices” a que os seus precedentes nos habituaram. A indecisão constante de Bella, entre o vampiro Edward e o lobisomem Jacob, o dilema em tornar-se ou não vampira, e pouco mais do que isso. No ano passado, na primeira parte deste Amanhecer (muito nublado, como expliquei na crítica que pode ser relida aqui), o casamento e posterior gravidez da protagonista lançaram os dados para a última longa-metragem da saga.
O filme começa no ponto exacto onde o anterior terminou. Bella desperta transformada: agora é mãe e, finalmente, vampira. A “recém-nascida” Bella nunca se sentiu tão viva e detém agora capacidades fora do comum. Ao mesmo tempo, Jacob Black vê o seu destino marcado por Renesmee, a excepcional filha de Bella e Edward. A chegada da criança funciona como elo de ligação para esta família alargada, mas acaba também por desencadear forças que ameaçam destruí-los a todos. Os Volturi acreditam que Renesmee constitui uma ameaça ao seu poder e existência e querem destruí-la. Para protegerem a sua família, Bella, Edward e os Cullen recorrem à ajuda de vários aliados, um pouco por todo o mundo, e preparam-se para a batalha final.
O realizador, Bill Condon, mantém-se desde Amanhecer Parte 1, mas faz um trabalho superior, onde a ligeira mudança no argumento também ajuda. Apesar da fantasia continuar (de outra forma não poderia ser), o último filme distancia-se da passividade dos anteriores, onde nada acontecia, para nos proporcionar uma experiência diferente e mais violenta, no meio de vampiros e lobisomens. A história flui e há um sentido, há motivos que fazem a história finalmente avançar. O regresso dos Volturi, que já no terceiro filme da saga proporcionaram momentos de tensão, muito contribui para estes desenvolvimentos, e a segurança da pequena Renesmee é o centro de tudo. A acção avança e cativa atenções, e é atingido um clímax excelente, que culmina num twist surpreendente.
Lê a crítica completa no Espalha-Factos: "Surpresa ao Amanhecer"
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