Começa hoje - dia 18 de Abril - o IndieLisboa'13, que comemora nesta edição o seu 10º aniversário sob o mote "Hollywood está a ficar sem ideias - Vem ao IndieLisboa ver algo novo". Para além das obrigatórias sessões de abertura e encerramento - Não e Before Midnight - e a especialíssima para os fãs do festival, Spring Breakers, o Hoje Vi(vi) um Filme destaca outras sessões que merecem toda a atenção.
Competição Internacional - Longas
Onze títulos estão em competição nesta categoria. Um dos principais destaques aqui vai para Francine, de Brian M. Cassidy e Melanie Shatzky, protagonizado por Melissa Leo na pele de uma ex-presidiária solitária que evitar criar laços afectivos com as pessoas, e cujo amor pelos animais prevalece acima de tudo. Leviathan, de Lucien Castaing-Taylor e Véréna Paravel, merece também atenção, mais que não seja pela experiência diferente que este documentário promete oferecer. Ainda Simon Killer, a segunda longa-metragem de Antonio Campos (After School), debruça-se sobre um jovem universitário em viagem a Paris, a recuperar do fim de um namoro e desesperadamente à procura de uma nova relação amorosa, num filme que promete uma forte experiência sensorial e sensual.
Observatório - Longas
Para além dos já destacados filmes de abertura e encerramento e Spring Breakers, outros título merecem destaque na secção Observatório. João Canijo traz ao 10º IndieLisboa a sua nova longa-metragem É o Amor, com um retrato muito especial das mulheres das Caxinas. Death Row, de Werner Herzog, também merece especial atenção, com o realizador a trazer para o grande ecrã, uma vez mais depois de Into the Abyss, a temática da pena de morte nos Estados Unidos da América. Assumidamente contra a execução, Herzog reúne, sem sentimentalismos, os relatos de quatro criminosos no corredor da morte, no Texas e na Flórida. Frances Ha, de Noah Baumbach, é uma comédia a preto e branco, protagonizada por Greta Gerwig, na pele de uma mulher que se depara com a obrigação de entrar forçosamente na idade adulta, que parece querer evitar. Tudo acontece quando a sua colega de casa decide viver sozinha. Por seu lado, Brillante Mendoza traz a este IndieLisboa Sinapupunan, onde volta a colocar a temática da maternidade no centro do filme. O realizador questiona e desconstrói o papel da mulher enquanto esposa e mãe, no meio de uma comunidade, com determinada tradição.
Cinema Emergente
São inúmeros os títulos - entre longas e curtas-metragens - que a secção Cinema Emergente nos oferece este ano no IndieLisboa. Breve destaque nas longas para Campo de Flamingos sem Flamingos, de André Príncipe, Exit Elena, de Nathan Silver, Le grand soir, de Benoît Delépine e Gustave Kervern, A Liar's Autobiography, de Ben Timlett, Bill Jones e Jeff Simpson, ou When Night Falls, de Liang Ying. Nas curtas, André Gil Mata regressa com O Coveiro, e Bao, de Sandra Desmazières, debruça-se sobre a perda de um ente querido. A dupla Filipa Reis e João Miller Guerra regressam com Fragmentos de uma Observação Participativa, Patrick Mendes está de volta ao IndieLisboa com A Herdade dos Defuntos, Gonçalo Waddington traz consigo o seu Imaculado, e Jorge Jácome oferece-nos Plutão, produzido e protagonizado pelo actor David Cabecinha.
Novíssimos e Pulsar do Mundo
Vale ainda a pena espreitar a secção Novíssimos - onde se encontram títulos como Adeus Sr. António, de João Costa, filmado em Super 8, ou De Manhã, de Flávio Gonçalves, por exemplo - e Pulsar do Mundo - com filmes como The Act of Killing, de Joshua Oppenheimer, ou Doméstica, de Gabriel Mascaro.
O IndieJúnior reúne, como sempre, um conjunto de obras para os mais pequenos - e não só -, e para os amantes de música o Indiemusic não vai dar descanso, aliado às festas do Indie by Night no Ritz Clube. Não faltam ainda as Sessões Especiais, a secção Director's Cut, e as LisbonTalks para animar este 10º IndieLisboa.
O programa completo e todas as informações de que precisa podem ser consultados aqui.
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