João Botelho esteve presente para apresentar esta Sessão Especial do IndieLisboa'15 onde foram exibidos dois filmes seus de carácter mais "didáctico", como o próprio realizador os definiu. Nos Campos em Volta e A Arte da Luz Tem 20.000 Anos convidam-nos a descobrir e visitar dois locais em Portugal que escondem em si muitas lendas e História.
Nos Campos em Volta - 6/10
Através dos campos em redor de Serpa, descobrimos lendas antigas e vestígios de um passado muito longínquo, de outras civilizações que por ali passaram. Margarida Vilanova é a nossa narradora e conta-nos histórias as fantásticas que acompanham as imagens das paisagens e convidam à descoberta, pelas margens do Guadiana.
A Arte da Luz Tem 20.000 Anos - 8/10
João Botelho traz-nos, neste filme, uma fascinante viagem ao passado através das pinturas rupestres de Foz Côa, numa visita guiada que nos convida fortemente a descobrir o local o mais depressa possível. Mais do que um registo turístico, A Arte da Luz Tem 20.000 Anos traz para o cinema os artistas de quem ninguém fala, de quem ninguém sabe o nome, e que, muitos milénios antes do Cinema, já queriam captar a imagem em movimento que a Sétima Arte reclama como sua.
No percurso desta visita, acompanhamos Joana Botelho na viagem de comboio, no Museu do Côa e por caminhadas no Parque Arqueológico do Vale do Côa, a descobrir a arte mais antiga, as gravuras rupestres, de traço tão decidido e que, felizmente, chegaram até nós. Vemos e escutamos o ruído "de um rio sem barragem" - como diz a certo momento o director do museu, António Martinho Baptista - e só queremos lá estar.
João Botelho sabe tirar partido da beleza das imagens e paisagens, oferecendo-nos planos fabulosos, jogando com o contraste luz/sombra como tão bem sempre o faz. A Arte da Luz Tem 20.000 Anos leva-nos a viajar no tempo e convida-nos a proteger a herança que a História nos deixou.
Sem comentários:
Enviar um comentário