*7.5/10*
Jean-Gabriel Périot está no IndieLisboa'15 e trouxe consigo Une jeunesse allemande, um documentário que recorre totalmente a imagens de arquivo para contar uma parte importante da História da Alemanha nos anos 60 e 70. O filme faz parte da Competição Internacional do festival.
Esta longa-metragem pretende lançar um olhar sobre o mundo de hoje através do nascimento da RAF (Fracção do Exército Vermelho) e as suas origens na primeira geração pós-III Reich de estudantes de cinema em Berlim Ocidental.
A crescente agitação nas ruas, os conflitos entre os jovens e as forças policiais, até aos mais graves acontecimentos terroristas da época na RFA, todos esses momentos são-nos apresentados neste retrato da juventude alemã que saiu das Universidades, ao que parece assombrada pelos fantasmas do nazismo - e contagiada pelo clima que se vivia pela Europa no momento -, tomando os caminhos do activismo e extremismos. Desde os filmes-propaganda ou meramente jocosos, o crescendo da tensão política no país é-nos apresentado pelo realizador muito clara e aprofundadamente, sem tomar partidos, apenas e só a partir de imagens da época, quer com testemunhos, programas de televisão, notícias e excertos de filmes realizados pelos jovens que dão título ao documentário de Périot. Personagens fundamentais neste trabalho são, claro, a jornalista Ulrike Marie Meinhof - que nos acompanha ao longo de todo o documentário -, um dos principais nomes deste movimento extremista, o advogado Horst Mahler, ou os artistas Andreas Baader e Gudrun Ensslin.
Com esta Une jeunesse allemande, o realizador Jean-Gabriel Périot trouxe ao público do IndieLisboa uma excelente lição de História e um bom ponto de partida para a reflexão sobre o antes e o agora.
Com esta Une jeunesse allemande, o realizador Jean-Gabriel Périot trouxe ao público do IndieLisboa uma excelente lição de História e um bom ponto de partida para a reflexão sobre o antes e o agora.
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