*8/10*
Helmut Berger, Actor faz parte da secção Director's Cut do IndieLisboa, e mostra-nos um outro lado daquele que já foi considerado "o homem mais bonito do universo" pela revista Vogue. O realizador Andreas Horvath partiu à aventura e apresenta-nos um Berger decadente, entre a depressão e a loucura.
O documentário mostra-nos o seu estado actual: "entre a tempestuosa demência de um Klaus Kinski e o narcisismo megalómano de uma Norma Desmond". Por seu lado, Andreas Horvath tem de saber lidar com as alterações bruscas de humor do actor, bem como com os seus pedidos mais bizarros.
Acompanhamos o realizador, que passa alguns dias com Berger, na sua casa, em hotéis, etc. Percebemos o estado do actor não apenas pelas suas palavras, conflituosas, desinteressadas, mimadas, mas igualmente pelo estado da sua casa, envolta em desarrumação e sujidade. E é nesse espaço que conhecemos Viola, que ali trabalha e tenta colocar alguma limpeza e organização naquele apartamento, ao mesmo tempo que conta à câmara algumas inconfidências do seu patrão.
Um filme arrojado e provocador, que deixou a plateia (quase cheia) da cinemateca entre as gargalhadas e a estupefacção. E, ironicamente, chegamos ao final com uma dúvida a assolar-nos: tudo o que vimos é a realidade ou será Helmut Berger, Actor em uma das suas personagens?
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