Na secção Director's Cut do IndieLisboa, encontramos duas curtas-metragens muito ligadas à História do Cinema e seus intervenientes: Film noir 001 // 002 // 003, de La Ribot e O cinema que vê, de Beatriz Saraiva. Os dois filmes passaram esta Terça-feira, dia 26 de Abril, na Cinemateca Portuguesa.
Film noir 001 // 002 // 003 - *7.5/10*
La Ribot convida-nos a olhar de outra forma para o ecrã de cinema, quase num desafio. De repente, parecemos perdidos ao assistir a uma cena de um clássico como Lawrence da Arábia ou Ben-Hur, já que em Film noir 001 // 002 // 003, em foco está o trabalho dos figurantes.
As estrelas de Hollywood desaparecem da tela e o foco são os desconhecidos que também fizeram com que o filme acontecesse. Esta curta-metragem é um elogio a estes anónimos que ficarão para sempre na memória física que é o cinema. Um exercício curioso e original, em tom de homenagem ao trabalho daqueles que quase passam despercebidos.
O Cinema Que Vê - *6.5/10*
Não sendo uma ideia totalmente original, O cinema que vê traduz-se numa bonita homenagem às origens do cinema. Trata-se de um ensaio sobre o cinema “como extensão do olho humano”, construído através de excertos de filmes dos irmãos Lumière, Vertov e Varda. Em apenas quatro minutos, Beatriz Saraiva mostra a sua paixão pela Sétima Arte neste regresso aos primórdios.
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