terça-feira, 27 de setembro de 2016

Doclisboa'16 vai Da Terra à Lua e não só

O Doclisboa'16 apresentou esta Segunda-feira o seu programa completo. Na sua 14.ª edição, o festival que celebra o género documental apresenta uma nova secção, Da Terra à Lua, terá 18 filmes na Competição Internacional, seis deles em estreia mundial, a secção Riscos fará uma homenagem ao realizador Peter Hutton e Manoel de Oliveira: 50 anos de Carreira, realizado em 1981 por Augusto M. Seabra e José Nascimento, será o filme de abertura desta secção.


Da Terra à Lua é a nova secção do Doclisboa que irá apresentar, fora de competição, os mais recentes filmes de realizadores de renome no panorama documental. Ta’ang, de Wang Bing, Bein Gderot, de Avi Mograbi, Lo and behold, Reveries of the Connected World, de Werner Herzog, e Exil, de Rithy Panh, são alguns dos filmes em destaque.

A Noi ci dicono, de Ludovica Tortora de Falco, 300 Miles, de Orwa Al MokdadCorrespondências, de Rita Azevedo Gomes, Vangelo, de Pippo Delbono, Mata Atlântica, de Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval são alguns dos títulos na Competição Internacional. Já na Competição Nacional, encontramos filmes de Edgar Pêra (Espectador Espantado), Joana Linda (Layla e Lancelot), Mário Macedo (Maria sem Pecado) ou Cláudia Varejão (Ama-San), entre outros.

Alvo de retrospectiva será Peter Watkins, vencedor de um Oscar para Melhor Documentário em 1966 com The War Game. O realizador é um dos pioneiros do docudrama e do falso documentário. É ainda um dos principais nomes do cinema político e de resistência e um crítico dos meios audiovisuais enquanto instrumentos de poder. O Doclisboa apresenta ainda a retrospectiva Por um Cinema Impossível: Documentário e Vanguarda em Cuba. Nos anos 60, por oposição política e estética ao cinema de Hollywood, nasce um novo cinema em Cuba, em que o documentário tem um papel fundamental. Esta retrospectiva traz-nos o trabalho duma nova vaga de documentaristas cubanos (que tem em Santiago Álvarez e Julio García Espinosa as suas figuras centrais), perspectivando-o com as obras de cineastas estrangeiros que mantiveram relações com Cuba, na década de 1960 (Agnès Varda, Chris Marker e Joris Ivens, por exemplo).

A secção Riscos tem, uma vez mais, um programa desafiante. Boris Lehman, Peter Hutton, Masao Adachi, André Gil Mata e Bertrand Bonello estão entre os realizadores em destaque.

O Doclisboa oferece-nos ainda, como habitual, as secções Cinema de Urgência - dividindo-se em três temáticas: #ForaTemer, Falemos de Furos e No pasarán -, Verdes Anos, que continua a destacar o melhor cinema documental feito por jovens realizadores e estudantes, e Doc Alliance (que conta com seis filmes, entre eles o vencedor do prémio Doc Alliance 2016, Gulîstan, Terre de Roses, de Zaynê Akyol).

Os filmes de abertura e encerramento e a programação da secção Heart Beat já tinham sido anunciados. Mais informações sobre o Doclisboa'16 podem ser encontradas aqui.

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