domingo, 13 de agosto de 2017

Em Português: Aquele Querido Mês de Agosto (2008)

Agosto chegou e com ele o lembrete do quanto gosto do mais jovial filme de Miguel Gomes, Aquele Querido Mês de Agosto. Desde que o vi, fiquei fascinada por esta docuficção, pelas personagens reais e ficcionais, pelo argumento original e audaz.


O site da produtora do filme O Som e a Fúria descreve Aquele Querido Mês de Agosto da seguinte forma: "No coração de Portugal, serrano, o mês de Agosto multiplica os populares e as actividades. Regressam à terra, lançam foguetes, controlam fogos, cantam karaoke, atiram-se da ponte, caçam javalis, bebem cerveja, fazem filhos. Se o realizador e a equipa do filme tivessem ido directamente ao assunto, resistindo aos bailaricos, reduzir-se-ia a sinopse: «Aquele Querido Mês de Agosto acompanha as relações sentimentais entre pai, filha e o primo desta, músicos numa banda de baile». Amor e música, portanto." Está tudo dito.

Adoro o mês de Agosto e dificilmente outro filme traduz melhor o que significa este mês de regresso às origens, de reencontros, de festas, romarias e procissões, de praia (no mar ou no rio) e calor que potencia os famosos amores de Verão. Miguel Gomes traz para a tela o melhor e o pior desta época do ano, filmando desde as concentrações motards aos incêndios que, todos os anos, assolam o país.


Aquele Querido Mês de Agosto é um excelente retrato do Portugal mais profundo, que se enche de gente no oitavo mês do ano. Todos já fomos, ou conhecemos alguém que vá para a "terra" (aquela que, mesmo que esteja longe, parece partilhar do nosso sangue) nesta altura, dance ao som da música "pimba" das festas das aldeias ou vá dar um mergulho à praia fluvial.


Há uns anos, escrevi uma declaração de amor a este filme, ao quanto ele representa para mim. Hoje destaco-o nesta rubrica. Tudo mais que possa haver para dizer sobre Aquele Querido Mês de Agosto está aqui.

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