"The press was to serve the governed, not the governors."
*7/10*
Nos tempos áureos em que o jornalismo era o quatro poder, os jornais norte-americanos coleccionaram histórias de denúncia das mentiras dos governos ou outros órgãos de poder e influência na sociedade. Ao longo dos anos, sucedem-se os filmes - inspirados ou não em factos reais - sobre casos onde o jornalista foi um herói: o recente O Caso Spotlight (2015), Boa Noite, e Boa Sorte (2005), O Informador (1999), Os Homens do Presidente (1976), A Última Ameaça (1952), O Grande Carnaval (1951), O Mundo a Seus Pés (1941), O Grande Escândalo (1940), entre tantos outros.
Claro que quando a ficção tem por base casos verídicos, as atenções são ainda maiores. The Post tem esse bónus e ainda é realizado por Steven Spielberg e protagonizado por Meryl Streep e Tom Hanks. Eis os ingredientes ideais para um filme de sucesso.
Katharine Graham (Meryl Streep) do Washington Post, a primeira mulher na liderança de um dos principais jornais norte-americanos, alia-se a Ben Bradlee (Tom Hanks), o editor do jornal, e entram na corrida com o New York Times para expor um dos maiores segredos governamentais que durou três décadas e passou por quatro presidentes americanos. Os dois protagonistas têm de ultrapassar as suas diferenças enquanto arriscam as carreiras e a própria liberdade para desenterrar verdades há muito escondidas do público.
Mais um hino à liberdade de imprensa, contra qualquer censura, onde a guerra do Vietname é a temática secreta para o governo de Nixon (e seus antecessores). De repente, a censura queria entrar, em plenos anos 70, pelas redacções e proibir a publicação de factos. Os então chamados Pentagon Papers foram ouro nas mãos dos jornalistas.
Spielberg conta esta história que opõe jornalistas ao governo e fá-lo bem à sua maneira. Sucedem-se os planos sequência, onde seguimos as personagens, a direcção de fotografia faz-nos entrar ecrã adentro directamente para a época do filme, num trabalho estupendo de Janusz Kaminski.
É grande igualmente o destaque que o realizador dá ao papel de Katherine Graham, a mulher entre os homens, alvo de desconforto da parte masculina e de admiração das mulheres que ainda não conseguiram a emancipação. Meryl Streep e Tom Hanks estão à vontade nas suas personagens. Ela, uma mulher pioneira em cargos de poder, perturbada com o dilema em que a sua posição a coloca. Ele, decidido e corajoso, o editor que tem a verdade nas mãos.
The Post é um bom filme de jornalistas, mais um que se junta ao rol acima enunciado. Não é o melhor Spielberg de sempre mas traz-nos o cineasta, fiel a si mesmo, com uma equipa de peso a acompanhá-lo.
Katharine Graham (Meryl Streep) do Washington Post, a primeira mulher na liderança de um dos principais jornais norte-americanos, alia-se a Ben Bradlee (Tom Hanks), o editor do jornal, e entram na corrida com o New York Times para expor um dos maiores segredos governamentais que durou três décadas e passou por quatro presidentes americanos. Os dois protagonistas têm de ultrapassar as suas diferenças enquanto arriscam as carreiras e a própria liberdade para desenterrar verdades há muito escondidas do público.
Mais um hino à liberdade de imprensa, contra qualquer censura, onde a guerra do Vietname é a temática secreta para o governo de Nixon (e seus antecessores). De repente, a censura queria entrar, em plenos anos 70, pelas redacções e proibir a publicação de factos. Os então chamados Pentagon Papers foram ouro nas mãos dos jornalistas.
Spielberg conta esta história que opõe jornalistas ao governo e fá-lo bem à sua maneira. Sucedem-se os planos sequência, onde seguimos as personagens, a direcção de fotografia faz-nos entrar ecrã adentro directamente para a época do filme, num trabalho estupendo de Janusz Kaminski.
É grande igualmente o destaque que o realizador dá ao papel de Katherine Graham, a mulher entre os homens, alvo de desconforto da parte masculina e de admiração das mulheres que ainda não conseguiram a emancipação. Meryl Streep e Tom Hanks estão à vontade nas suas personagens. Ela, uma mulher pioneira em cargos de poder, perturbada com o dilema em que a sua posição a coloca. Ele, decidido e corajoso, o editor que tem a verdade nas mãos.
The Post é um bom filme de jornalistas, mais um que se junta ao rol acima enunciado. Não é o melhor Spielberg de sempre mas traz-nos o cineasta, fiel a si mesmo, com uma equipa de peso a acompanhá-lo.
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