quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Crítica: Bohemian Rhapsody (2018)

"How many more Galileos do you want?"
Roger Taylor


*5/10*

A ascensão de Freddie Mercury e dos Queen, desde o tempo em que o cantor dava pelo nome de Farrokh Bulsara, ao afastamento e posterior reunião da banda para o Live Aid, em 1985. É este o percurso que Bohemian Rhapsody segue.

Envolvido em polémicas desde o início (e ainda continuam...), o biopic dos Queen realmente aconteceu, realizado por Bryan Singer - que deixou as filmagens semanas antes do filme estar concluído -, e protagonizado por Rami Malek. Mas todos merecíamos um filme com a mesma alma da banda - e essa não está lá.


Bohemian Rhapsody conta a história por detrás da ascensão da banda através de suas canções e som revolucionário. Relata também a quase implosão da própria banda graças ao estilo de vida corrosivo de Mercury, e da sua reunião triunfante em vésperas do Live Aid, onde Mercury, lutando contra uma doença mortal, guia a banda por uma das maiores actuações da história do rock. 

É através da música que nos sentimos ligados ao filme, bem como aos elementos da banda - todos tão semelhantes aos originais -, por entre um argumento pouco eficaz em cativar a plateia, tocando os temas de forma superficial e pouco corajosa. Os momentos com Mary e o concerto no Live Aid são, sem dúvida, os grandes momentos de Bohemian Rhapsody.


E é mesmo Rami Malek quem conduz o filme e o faz valer a pena. Uma interpretação quase idêntica ao verdadeiro Freddie, o que vai para além da caracterização ou parecenças físicas. Malek estudou minuciosamente os gestos, os movimentos a forma de andar de Freddie Mercury... Uma interpretação convincente e cheia de dedicação.

A celebração de Queen e o recordar do ícone que Mercury foi e continua a ser para todos é o que realmente podemos guardar de mais positivo de Bohemian Rhapsody - e, claro, Rami Malek - "porque o espectáculo tem de continuar"

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