*5/10*
Introspectivo e experimental, repleto de metáforas - visuais e literárias -, Nails in My Brain, de Hilal Baydarov, fez parte do programa Deslocações do Doclisboa'20.
"Um jovem deambula pelas ruínas do que pode ou não ser a sua casa de infância, onde cada umbral a desmoronar-se abre para o passado. Independentemente do quanto tentou mudar, o jovem regressa sempre aos mesmos sítios, às mesmas questões, aos mesmos rostos, às mesmas memórias – os mesmos pregos no cérebro."
Num tom muito pessoal, Hilal Baydarov reflecte sobre experiências passadas, pensamentos, beleza, religião, com antíteses e paradoxos em massa e muito desencanto. Nas imagens, vemo-lo deambular por cenários gelados, degradados, animais em redor, e uma casa em ruínas onde prega os pregos do título, e incendeia páginas de memórias.
Em Nails in My Brain, as palavras roubam demasiado espaço às imagens e a fórmula, inicialmente desafiante, gasta-se em pouco tempo, num arrastar repetitivo de ideias.
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