*7/10*
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro, faz parte do programa Ficaram Tantas Histórias Por Contar do Doclisboa 2021. Um filme que aborda fantasmas do passado, ao mesmo tempo que serve de elogio a um homem, símbolo dos antigos escravos afro-brasileiros.
"Memórias do passado esclavagista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um ensaio poético visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilidade do povo negro em diáspora, numa jornada íntima e sensorial."
Em 10 minutos de filme, Rodrigo Ribeiro é capaz de nos arrebatar, ao mostrar-nos imagens de arquivo, acompanhadas das frases de uma carta de suicídio de Timóteo, um escravo afro-brasileiro do século XIX.
A Morte Branca do Feiticeiro Negro é um trabalho experimental que nos toca, com uma banda sonora alinhada com a estética da curta-metragem, em que o passado continua presente e, como diz a nota final do filme, continuará "ecoando no vazio surdo do tempo até encontrar no coro de vozes a liberdade plena e justa".
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