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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Crítica: Being the Ricardos (2021)

*5.5/10*

Aaron Sorkin escreve e realiza Being The Ricardos, filme que apresenta a história de duas figuras icónicas da televisão norte-americana, Lucille Ball e Desi Arnaz

Apesar do grande sucesso da sua sitcom I Love Lucy, a relação pessoal e profissional de Lucille Ball (Nicole Kidman) e Desi Arnaz (Javier Bardem) fica ameaçada por graves acusações pessoais e políticas por parte da imprensa.

Being The Ricardos leva a plateia aos bastidores da sitcom dos anos 50 e à intimidade do casal, entre acusações de comunismo, desconfianças, difíceis decisões criativas e a censura na televisão. Para além da tensão presente entre os protagonistas e aqueles com quem trabalham, Aaron Sorkin intercala a acção com situações do passado do casal, desde o momento em que se conheceram, à passagem de Lucille pela rádio e a sua chegada à televisão. Por vezes, Being the Ricardos transforma-se ainda num falso documentário, com os testemunhos dos argumentistas e realizador da sitcom - mais velhos - a contar a sua versão dos acontecimentos. 

Nicole Kidman e Javier Bardem fazem um trabalho consistente na pele de Lucille e Desi, com destaque para a actriz, que incorpora maneirismos e a forma afectada mas decidida da sua personagem, ao mesmo tempo que é capaz de ir da comédia ao drama em breves instantes. Caracterização e direcção artística fazem um excelente trabalho na reencenação da época dos acontecimentos, e de todo o ambiente de bastidores de I Love Lucy.

Being The Ricardos será talvez bom entretenimento para os que conhecem a sitcom e os protagonistas, mas não fugirá da monotonia para quem não está familiarizado com o casal - pouco original, pouco dinâmico e pouco empático.

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