A 21.ª edição da MONSTRA | Festival de Animação de Lisboa terminou no dia 27 de Março com o anúncio dos vencedores deste ano. O Homem do Lixo, de Laura Gonçalves, foi o filme mais premiado com três distinções.
Mata e Foge da Cidade, de Mariusz Wilczyński, e Bestia, de Hugo Covarrubias, levaram o Grande Prémio MONSTRA da Competição Longas-metragens e Competição Curtas-metragens, respectivamente. O filme de Wilczyński destacou-se por ser uma “profunda viagem pela subconsciência e memórias concretizadas nos desenhos e animação artística”, segundo o júri, representado por Anna Zača, Maria João Wolmar, Nadezhda Marinchevska, Sérgio Azevedo e Wilson Lazaretti. O filme recebeu ainda o prémio para Melhor Banda Sonora.
Já Bestia, do chileno Hugo Covarrubias, venceu o Grande Prémio MONSTRA, na Competição de Curtas-metragens. O júri composto por Camilla Kater, Gonçalo Gato, Juergen Hagler, Lea Vidakovic e Sofia Esperto, destacou “um estilo visual extraordinário e um desenho de personagens inesquecível”, além de “abordar um tema político forte de uma forma subtil, visceral e perturbadora”.
Nas curtas-metragens, foram ainda atribuídas Menções Honrosas a O Que se Ouve no Silêncio (What Resonates in Silence), de Marine Blin, e Duas Irmãs (Two Sisters), de Anna Budanova; o prémio para Melhor Curta-metragem Experimental foi para A Quarta Parede (The Fourth Wall), de Mahboube Kalaei; Terra Prometida (Promised Land), de Andrea Pierri, venceu o prémio para Melhor Curta-metragem Documental; o Prémio Especial do Júri foi para Um Caso de Arte (Affairs of the Art), de Joanna Quinn; e O Homem do Lixo, de Laura Gonçalves, conquistou o prémio para Melhor Curta-metragem Portuguesa nesta competição. O Prémio do Público foi entregue a Degelo, de Susana Miguel António e Filipa Gomes da Costa.
O Homem do Lixo, de Laura Gonçalves, venceu também o Prémio SPA | Vasco Granja, da Competição Portuguesa, a que se juntou também o Prémio do Público. O júri, composto por Anri Koulev, Mónica Santos e Roberto Catani, justifica a escolha pelas suas “características gráficas e poéticas”, mas igualmente pela “capacidade de transformar o simples e familiar da nossa vida quotidiana num sentimento universal”. “À medida que o vemos, percebemos, pela sua ambiência, que este filme foi feito com uma grande ternura”, completa. Na Competição Portuguesa, o júri concedeu também duas Menções Honrosas: Degelo, de Susana Miguel António e Filipa Gomes da Costa, e A Criação, de José Xavier.
Até os Ratos Merecem o Céu (Even Mice Belong In Heaven), de Denisa Grimmová e Jan Bubenicek, foi eleito Melhor Filme Infância e Juventude, A Travessia (The Crossing), de Florence Miailhe, conquistou o Prémio Especial do Júri, e Bob Cuspe, Nós Não Gostamos de Gente (Bob Spit, We Don’t Like People), do brasileiro Cesar Cabral, recebeu uma Menção Honrosa e o Prémio do Público.
Na Competição MONSTRINHA, o Grande Prémio foi para O Segredo do Sr. Nostoc (The Secret of Mr. Nostoc), dos franceses Patrice Seiler e Maxime Marion. “A inventividade com que reutiliza os materiais faz do Sr. Nostoc uma personagem profundamente altruísta e humanizadora, ao serviço de um mundo de fantasia e de magia”, explicou o júri formado por Carlos Samina, Célia Costa e Elsa Cerqueira. O mesmo filme conquistou ainda o Prémio do Público do programa MONSTRINHA Pais e Filhos, enquanto O meu nome é Medo (My Name is Fear), de Eliza Płocieniak-Alvarez, o do programa MONSTRINHA Escolas.
Ainda na MONSTRINHA, foram atribuídas Menções Honrosas a Ensaio da Orquestra, de Tatiana Okruzhnova (programa 3 aos 5), O Meu Nome é Medo, de Eliza Płocieniak-Alvarez (programa 6 aos 9), Admirando a Infância, de Camille Scudier (programa 10 aos 14), Todas as Sensações na Barriga, de Marko Dješka (programa Geração M), e Há Chuva nas Estrelas, de Sara Namjo (programa Pais e Filhos).
Na Competição de Curtas-metragens de Estudantes - Júri Júnior, foram eleitos Noite do Medo Vivo (Night of the Living Dread), de Ida Melum (Melhor Curta-metragem de Estudantes); No Meio de Nada, de Sam Marques (Melhor Curta-metragem de Estudantes Portuguesa); e atribuídas Menções Honrosas a Dois Dedos de Conversa (Chitchat), de Flore Péan, Elisa Baudy, Jeanne Damas, Gabin Ageorges e Bradley Lejeune, e Voo Diário (Dayfly), de Yi Baoxingchen.
Na mesma competição, o Júri Sénior escolheu A Queda do Rei Ibis (Fall of The Ibis King), de Josh O’Caoimh e Mikai Geronimo (Melhor Curta-metragem de Estudantes); No Meio de Nada, de Sam Marques (Melhor Curta-metragem de Estudantes Portuguesa); e concedeu Menções Honrosas a Na Sua Misericórdia (In His Mercy), de Christoph Büttner, Irmãs (Sisters), de Andrea Szelesová, e Memórias Flutuantes (Floating Memories), de Se-young OK. O Prémio do Público foi entregue a Noite do Medo Vivo (Night of the Living Dread), de Ida Melum.
Na Competição Curtíssimas, distinguiram-se Dias Infelizes (Inertness), de Jakub Krzyszpin (Melhor Curtíssima); Ouch!, de Carolina Nunes (Melhor Curtíssima Portuguesa); e Menções Honrosas para WYH, de Florian Grolig, e Sensorial (Sensory), de Alicia Frøy Johnsen.
A 21.ª edição da MONSTRA realizou-se de 16 a 27 de Março de 2022. Mais informações sobre o festival em https://monstrafestival.com/pt/.
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